Bora galera. Ainda tem tempo!
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Festa geral
Agora que as eleições acabaram, os partidos podem fazer a festa. E todos
vão encontrar motivo para comemorar. O DEM, por exemplo, continua
definhando, mas pode usar a tábua de salvação da vitória do deputado ACM
Neto (DEM-BA) em Salvador. E logo em cima do PT, que é apontado como o
partido que mais cresceu. Petistas vão governar 636 prefeituras, mas o
cálculo que eles mais gostam de fazer é o número de eleitores que
depositaram confiança na legenda. Os novos prefeitos do PT vão
administrar a vida de 37 milhões de habitantes. Só que nesta conta entra
a cidade de São Paulo e seus quase 11 milhões de habitantes.
O PMDB, embora tenha perdido espaço, também pode comemorar o fato de ter vencido no maior número de prefeituras, mais de 1 mil. E ainda se gabar. Se o PT levou São Paulo, o peemedebista Eduardo Paes foi reeleito com folga no Rio de Janeiro, ainda no primeiro turno. A grande maioria dos eleitos pelo PMDB, no entanto, está nos grotões pelo país afora, nas cidades menores.
Também o PSB presidido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pode se gabar de ter sido o grande vitorioso, porque foi o partido que mais elegeu prefeitos de capitais, cinco no total. Só que, nesta conta, entra o prefeito reeleito Marcio Lacerda, de Belo Horizonte. Pode-se dizer que foi uma vitória socialista? Está muito mais para tucana, do governador Antonio Anastasia e do senador Aécio Neves.
Cada um dos partidos enxerga o resultado das eleições deste ano sob a ótica que melhor lhe convém. É fácil fazer isso, os números são para serem manipulados ao gosto do freguês. O que fica claro, no entanto, é que há um grande problema na cena política brasileira. Na lista de “vencedores” podem ser incluídas outras legendas, como o PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o PDT, o PP, os ideológicos, sem contar os partidos nanicos. Essa pulverização nada tem de ideológica e não obedece a uma lógica política clara.
O PMDB, embora tenha perdido espaço, também pode comemorar o fato de ter vencido no maior número de prefeituras, mais de 1 mil. E ainda se gabar. Se o PT levou São Paulo, o peemedebista Eduardo Paes foi reeleito com folga no Rio de Janeiro, ainda no primeiro turno. A grande maioria dos eleitos pelo PMDB, no entanto, está nos grotões pelo país afora, nas cidades menores.
Também o PSB presidido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pode se gabar de ter sido o grande vitorioso, porque foi o partido que mais elegeu prefeitos de capitais, cinco no total. Só que, nesta conta, entra o prefeito reeleito Marcio Lacerda, de Belo Horizonte. Pode-se dizer que foi uma vitória socialista? Está muito mais para tucana, do governador Antonio Anastasia e do senador Aécio Neves.
Cada um dos partidos enxerga o resultado das eleições deste ano sob a ótica que melhor lhe convém. É fácil fazer isso, os números são para serem manipulados ao gosto do freguês. O que fica claro, no entanto, é que há um grande problema na cena política brasileira. Na lista de “vencedores” podem ser incluídas outras legendas, como o PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o PDT, o PP, os ideológicos, sem contar os partidos nanicos. Essa pulverização nada tem de ideológica e não obedece a uma lógica política clara.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Entreguem os passaportes
O procurador-geral da República,
Roberto Gurgel, pediu nesta semana ao STF que determine a apreensão dos
passaportes dos condenados no processo do mensalão. A medida é
preventiva e tem como objetivo evitar que os réus saiam do país.
O pedido teria sido feito ao Supremo na última quarta-feira, 24, e está no gabinete do ministro Joaquim Barbosa, relator do processo. De acordo com matéria da Folha de S.Paulo, JB avisou os outros ministros sobre o fato durante o intervalo de uma das sessões de julgamento e não chegou a dizer o que faria.
Nem o gabinete de Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão, nem a assessoria de imprensa da Procuradoria confirmaram oficialmente o pedido de Gurgel. Pela assessoria de imprensa, JB afirmou que não comentaria o assunto.
O pedido poderá ser analisado por Barbosa sozinho ou ser levado por ele para apreciação do plenário.
sábado, 27 de outubro de 2012
Deu na The Economist
A tradicional revista britânica The Economist, desta vez, não foi
econômica nos adjetivos. Pelo contrário, exagerou na matéria em que
coloca o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, como o político de “maior visibilidade no país”. Mais que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus recordes de aprovação
popular? Mais que a presidente Dilma Rousseff, que também tem índices de
satisfação dos brasileiros nas alturas? Mais que isso, fala de desgaste
de PT e PSDB depois de estarem no poder. Campos é novidade, Dilma foi a
novidade de Lula e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) também é novidade
fora dos limites de Minas Gerais.
O fato é que as eleições municipais pelo país afora, tanto no primeiro quanto neste segundo turno, é que não trouxeram novidades. O julgamento do escândalo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, por mais que tenha chamado a atenção, não provocou o desgaste que setores da sociedade esperavam. As urnas de amanhã vão continuar distribuindo o poder municipal entre os vários partidos brasileiros, com ligeira vantagem para PSDB e, quem diria, PDT, se as pesquisas estiverem certas. E isso em número de prefeitos eleitos. Se for levado em conta o tamanho do eleitorado, São Paulo teria que ser hors concours.
O recado do brasileiro é outro: na minha cidade, o desejo é de um sistema público de transporte eficiente, de escolas bem cuidadas, de serviços de saúde que consigam atender bem a população. O prefeito que conseguiu ficar perto disso se reelege. O que não, é trocado. Simples assim.
Dois exemplos: em São Paulo, Gilberto Kassab (PSD) ajudou a aumentar o calvário de José Serra (PSDB), que já não tinha a confiança do eleitor por ter deixado a prefeitura para alçar voos maiores. Em Juiz de Fora, Custódio Mattos (PSDB) ficou em terceiro. Tinha aprovação baixa. É essa a lógica.
O fato é que as eleições municipais pelo país afora, tanto no primeiro quanto neste segundo turno, é que não trouxeram novidades. O julgamento do escândalo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, por mais que tenha chamado a atenção, não provocou o desgaste que setores da sociedade esperavam. As urnas de amanhã vão continuar distribuindo o poder municipal entre os vários partidos brasileiros, com ligeira vantagem para PSDB e, quem diria, PDT, se as pesquisas estiverem certas. E isso em número de prefeitos eleitos. Se for levado em conta o tamanho do eleitorado, São Paulo teria que ser hors concours.
O recado do brasileiro é outro: na minha cidade, o desejo é de um sistema público de transporte eficiente, de escolas bem cuidadas, de serviços de saúde que consigam atender bem a população. O prefeito que conseguiu ficar perto disso se reelege. O que não, é trocado. Simples assim.
Dois exemplos: em São Paulo, Gilberto Kassab (PSD) ajudou a aumentar o calvário de José Serra (PSDB), que já não tinha a confiança do eleitor por ter deixado a prefeitura para alçar voos maiores. Em Juiz de Fora, Custódio Mattos (PSDB) ficou em terceiro. Tinha aprovação baixa. É essa a lógica.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Empate
Por mais que cada lado conte vantagem, apresente números daqui e dali
(afinal, com mais de cinco mil cidades na disputa fica fácil
manipulá-los), tudo indica que vai dar empate nas eleições municipais
deste ano. Não há um grande vencedor, muito menos um grande perdedor.
Neste segundo turno, por exemplo, se as pesquisas estiverem certas, há
três casos emblemáticos dessa situação. E todos eles serão comemorados e
por partidos diferentes.
Em São Paulo, se não houver uma grande surpresa de última hora, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai comemorar como nunca a vitória do ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) na briga pela prefeitura. Primeiro, porque vai derrotar o ex-governador José Serra (PSDB), um dos tucanos por quem tem menos simpatia. Segundo, porque levará um poste para o lugar de Gilberto Kassab (PSD). Um poste que Lula inventou e bancou, apesar de todas as críticas quando Haddad ainda patinava nas pesquisas.
O troco do PSDB deve vir de Manaus. E aí, sim, com o tucano de que Lula menos gosta. O ex-senador Arthur Virgílio (PSDB) lidera com folga as pesquisas e não desce na garganta do ex-presidente, de quem foi o mais ácido crítico na época em que o petista comandava o Palácio do Planalto. Virgílio dá a volta por cima, mesmo com a presidente Dilma Rousseff tentando dar uma forcinha para Vanessa Grazziotin (PT) na última hora.
E até o moribundo Democratas terá o seu fênix. O deputado ACM Neto (DEM-BA) deve conseguir fazer renascer o carlismo em Salvador, enfrentando o deputado Nelson Pelegrino (PT-BA) e o governador Jaques Wagner (PT). Na lista, poderiam entrar também algumas vitórias importantes do PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
O resumo da ópera das urnas deste ano, que será encenada domingo, será: entre mortos e feridos, todos se salvaram.
Em São Paulo, se não houver uma grande surpresa de última hora, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai comemorar como nunca a vitória do ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) na briga pela prefeitura. Primeiro, porque vai derrotar o ex-governador José Serra (PSDB), um dos tucanos por quem tem menos simpatia. Segundo, porque levará um poste para o lugar de Gilberto Kassab (PSD). Um poste que Lula inventou e bancou, apesar de todas as críticas quando Haddad ainda patinava nas pesquisas.
O troco do PSDB deve vir de Manaus. E aí, sim, com o tucano de que Lula menos gosta. O ex-senador Arthur Virgílio (PSDB) lidera com folga as pesquisas e não desce na garganta do ex-presidente, de quem foi o mais ácido crítico na época em que o petista comandava o Palácio do Planalto. Virgílio dá a volta por cima, mesmo com a presidente Dilma Rousseff tentando dar uma forcinha para Vanessa Grazziotin (PT) na última hora.
E até o moribundo Democratas terá o seu fênix. O deputado ACM Neto (DEM-BA) deve conseguir fazer renascer o carlismo em Salvador, enfrentando o deputado Nelson Pelegrino (PT-BA) e o governador Jaques Wagner (PT). Na lista, poderiam entrar também algumas vitórias importantes do PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
O resumo da ópera das urnas deste ano, que será encenada domingo, será: entre mortos e feridos, todos se salvaram.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Lewandowisky e os camarões
Acreditem, é o mesmo
Magistrado. Parece mentira, mas é verdade! |
É o mesmo Lewandowski
que inocentou João Paulo Cunha. Demonstrando a dureza de seus votos quando
não se trata dos Petralhas, negou, como relator do caso, um Habeas Corpus a um
pescador condenado a um ano e dois meses de prisão por
pescar 12 camarões em época de defeso.
Vejam a diferença de tratamento.Tudo por causa de uma dúzia de camarões.
Vejam a diferença de tratamento.Tudo por causa de uma dúzia de camarões.
Chega ao STF um "crime
ambiental" contra um catarinense que pescou durante a "época do defeso".
Nem só de mensalão vive o STF. Anteontem (21) à tarde, os ministros participaram de julgamentos das turmas do tribunal, examinando casos prosaicos. Na 2ª Turma do STF, coube ao ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, proferir "votos duros".
Na pauta estava o caso de um homem condenado por ter pescado 12 camarões com uma rede irregular, em época de defeso, na Baía de Babitonga, em Santa Catarina. O pedido de habeas corpus foi feito pela Defensoria Pública da União, em Joinville.
Relator do caso, Lewandowski admitiu que, possivelmente, seria vencido pelos colegas, mas quis expor seu ponto de vista. "A rede tinha uma malha finíssima, a pena é razoável, e há antecedentes" - disse o ministro, ressaltando a importância das leis ambientais para a vida no planeta e defendendo que o pescador cumprisse a pena.
A sentença estabeleceu um ano e dois meses de detenção; depois, ela foi reduzida pelo TJ-SC para uma pena restritiva de direitos.
O ministro Joaquim Barbosa enrugou a testa, fez um sinal negativo com a cabeça, e proclamou seu voto em seguida. "Ah, não, com 12 camarões, não" - disse ele, favorável ao pedido de habeas corpus.
Gilmar Mendes concordou com JB, e, assim, o pescador será solto. No pedido, o defensor público diz que é despropositada a afirmação de que a retirada de uma dúzia de camarões seja suficiente para desestabilizar o ecossistema.
Nem só de mensalão vive o STF. Anteontem (21) à tarde, os ministros participaram de julgamentos das turmas do tribunal, examinando casos prosaicos. Na 2ª Turma do STF, coube ao ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, proferir "votos duros".
Na pauta estava o caso de um homem condenado por ter pescado 12 camarões com uma rede irregular, em época de defeso, na Baía de Babitonga, em Santa Catarina. O pedido de habeas corpus foi feito pela Defensoria Pública da União, em Joinville.
Relator do caso, Lewandowski admitiu que, possivelmente, seria vencido pelos colegas, mas quis expor seu ponto de vista. "A rede tinha uma malha finíssima, a pena é razoável, e há antecedentes" - disse o ministro, ressaltando a importância das leis ambientais para a vida no planeta e defendendo que o pescador cumprisse a pena.
A sentença estabeleceu um ano e dois meses de detenção; depois, ela foi reduzida pelo TJ-SC para uma pena restritiva de direitos.
O ministro Joaquim Barbosa enrugou a testa, fez um sinal negativo com a cabeça, e proclamou seu voto em seguida. "Ah, não, com 12 camarões, não" - disse ele, favorável ao pedido de habeas corpus.
Gilmar Mendes concordou com JB, e, assim, o pescador será solto. No pedido, o defensor público diz que é despropositada a afirmação de que a retirada de uma dúzia de camarões seja suficiente para desestabilizar o ecossistema.
E vencido ficou o
Lewandowski, grande amigo dos Petralhas, que absolve um político corrupto mas condena um pescador
por doze camarões.
PT cumpre ameaça
PT cumpre ameaça feita por Gilberto Carvalho e começa a disputar espaço com evangélicos. Ou: O partido quer ter a sua própria versão dos evangelhos, a sua própria imprensa, a sua própria OAB, a sua própria ciência, a sua própria democracia...
Não! Este texto não é sobre religião e política. Este é um texto que repudia os que pretendem fazer da política uma religião.
O
comando de campanha de Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura de
São Paulo, convocou alguns pastores evangélicos — de pouca expressão, é
verdade — para uma reunião no diretório municipal do partido. Ali se
redigiu uma espécie de manifesto daqueles poucos líderes em favor do
petista. Não se toca no nome do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de
Deus, que expressou seu apoio ao tucano José Serra. Quem se encarregou
de criticar Malafaia foi o próprio Haddad: “Na verdade, houve uma reação
aos modos e aos termos que o pastor [Malafaia] utilizou para se referir
à minha pessoa. Inclusive uma pessoa que nem é de São Paulo”. Haddad
acha que religião tem de ter base territorial, entende? Haddad acha que o
divino tem de respeitar fronteiras territoriais. Adiante! O líder
religioso da Assembleia de Deus emitiu uma nota (ver post abaixo)
apontando o que considera “as mentiras” do petista. Não! À diferença do
que podem pensar alguns, não farei um texto sobre religião. Tratarei de
algo até mais amplo. A ameaça feita em janeiro por Gilberto Carvalho
começa a se cumprir. O PT já começou a sua mobilização para disputar
influência com os evangélicos. Para tanto, decidiu provocar um confronto
entre os religiosos. Por quê?
Porque
o PT quer ter a sua própria “igreja”. Também quer a sua própria
imprensa. A sua própria OAB. O seu próprio STF. A sua própria SBPC. A
sua própria universidade. Com sua vocação totalizante e totalitária, o
partido quer submeter todas as instâncias da sociedade a seus ditames.
Por isso, atribui a um manifesto de meia dúzia de evangélicos o que nem
mesmo está lá. O texto não ataca Malafaia, mas Haddad o vende como uma
reação ao líder religioso que não o apoia.
PT começa a cumprir ameaça contra evangélicos
O PT começa a cumprir uma ameaça. No Fórum Social de Porto Alegre, no fim de janeiro, o ministro Gilberto Carvalho (secretário-geral da Presidência), homem mais importante no PT depois de Lula e seu provável futuro presidente, deu uma palestra. Na plateia, estava ninguém menos do que assassino e terrorista Cesare Basttisti, que ficou no Brasil por vontade Lula e Tarso Genro. Tudo em casa!
Carvalho
estava muito à vontade. Confessou lá que o governo tem a intenção de
criar uma mídia estatal para a classe C. Entenderam? A imprensa que está
aí não serve. O estado precisaria financiar outra, mais adequada às
necessidades do partido. Carvalho foi além: anunciou a disposição do PT
de fazer “uma disputa ideológica coma as lideranças evangélicas para
conquistas a classe C”. À época, escrevi um post sobre essa palestra e produzi uma série de textos a respeito.
Estava
claro ali: o objetivo era mesmo confrontar os evangélicos. A fala deu
um barulho danado, especialmente depois que demonstrei aqui o seu
alcance e gravidade. Dilma teve de sair em socorro do ministro. Disseram
que não era bem aquilo, que ele havia se expressado mal. Na esteira do
mal-estar, Dilma deu o Ministério da Pesca para Marcelo Crivella,
sobrinho de Edir Macedo, da Igreja Universal, que representa fatia
relativamente pequena dos evangélicos. Os petistas, como deixa claro o
mensalão, estão acostumados a comprar apoios — seja com dinheiro de
propina, seja com ministérios...
Muito
bem! Não se esqueçam de uma coisa: o PT jamais desiste de uma ideia,
ainda que diga o contrário. E não desistiu, estejam certos, de disputar a
influência com os evangélicos, como se fosse também uma igreja...
Ocorre que a existência de correntes cristãs que têm a fidelidade de
seus fiéis soa uma traição ao partido que quer ser impor como imperativo
categórico. É ele, partido, que tem de estar em todos os lugares. Por
isso, agora, essa cruzada contra a Malafaia e contra os pastores que não
estão com Haddad. E como é que os petistas contam levar a cizânia ao
seio evangélico? Ora, usando alguns... evangélicos, que aceitam se
comportar como inocentes úteis em troca de algumas promessas. Isso
reforça a tese do PT de que tudo tem um preço, de que tudo pode ser
reduzido a dinheiro — às vezes, dinheiro vivo, como se viu no mensalão.
Substituir a sociedade
Não! O partido não pode aceitar que haja um líder religioso ou que haja correntes religiosas que se oponham à sua orientação. Sendo assim, então, ele decide criar a sua própria igreja, seduzindo alguns evangélicos com migalhas. É o mesmo partido que não aceita o STF — que representaria, segundo Rui Falcão, a elite “suja e reacionária”. Ora, José Genoino está por aí a dizer que não se sente um condenado, como se isso fosse matéria subjetiva. Quem sabe a cadeia o faça mudar de ideia... Jorge Viana, senador pelo PT do Acre, já disse achar inadmissível que o governo nomeie ministros que depois condenem membros do partido. O PT quer, em suma, ter O SEU STF, ASSIM COMO QUER TER A SUA IGREJA.
Também
rejeita uma disputa franca e aberta pelo comando da OAB, por exemplo.
Está metido na disputa pelo comando da Ordem dos Advogados do Brasil
porque não aceita, como é o certo, uma OAB que vigie o poder. Ao
contrário: o PT quer um poder que vigie a OAB.
O
partido vive às turras com o jornalismo independente porque, confessou
Carvalho, quer ter a sua própria imprensa, que se ocupe não de noticiar
o que é do interesse do conjunto da população, mas o que é útil a seu
próprio fortalecimento. O diabo é que quer fazer isso com dinheiro
público! Existir um jornalismo que se oriente segundo critérios que não
são os da legenda ofende esses patriotas — assim como os ofende haver
igrejas ou entidades de classe e categoria que não estejam a serviço de
seus anseios.
O
petismo também quer a sua própria universidade, de que é expressão
gente como Marilena Chaui (ver post na home), esta detestável senhora
capaz de torcer miseravelmente os fatos em favor da sua ideologia, sem
qualquer compromisso com a verdade. Há anos o partido transformou a
academia num mero quintal de seu projeto de poder.
Nada,
assim, pode escapar a seu controle e a sua visão torta de mundo. A
guerra que decidiu promover contra Malafaia expressa a pior e a mais
típica natureza do petismo. Repete o que o partido vem fazendo em outros
setores da sociedade de maneira contumaz e organizada. No que diz
respeito à imprensa, por exemplo, ninguém ignora o desavergonhado
financiamento ao subjornalismo, mobilizado para atacar autoridades do
Judiciário, líderes da oposição e a imprensa independente.
Esses
são os petralhas. E o país que eles imaginam se parece, deixem-me ver,
com a Venezuela, com Cuba, com o Equador ou com a Argentina de Cristina
Kirchner. Neste blog não passam. Como tenho afirmado nos lançamentos do
meu livro mais recente, eles não se cansam de dizer mentiras sobre si
mesmos, e eu não me canso de dizer a verdade sobre quem são.
Por Reinaldo Azevedo
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Barata ao vivo
Uma barata subiu pelo corpo do repórter Robert Kovacik,
da NBC Los Angeles, enquanto ele estava ao vivo. No vídeo é possível ver
a barata subindo pelo ombro do repórter, dando a volta em seu pescoço e
descendo logo em seguida.
O fato virou, ´hit´ na Internet. Foram também feitas algumas montagens mostrando a barata indo e voltando várias vezes.
Mas no real, o trajeto feito pelo inseto foi um só, ida-e-volta, em poucos segundos: veio da direita para a esquerda; e em seguida retornou no sentido inverso.
Mesmo assim, o bizarro de poucos segundos surpreendeu o apresentador que estava no estúdio e centenas de telespectadores que ligaram - muitos reclamando, outros querendo saber se era uma brincadeira.
O fato virou, ´hit´ na Internet. Foram também feitas algumas montagens mostrando a barata indo e voltando várias vezes.
Mas no real, o trajeto feito pelo inseto foi um só, ida-e-volta, em poucos segundos: veio da direita para a esquerda; e em seguida retornou no sentido inverso.
Mesmo assim, o bizarro de poucos segundos surpreendeu o apresentador que estava no estúdio e centenas de telespectadores que ligaram - muitos reclamando, outros querendo saber se era uma brincadeira.
O repórter, inclusive, comentou o fato no Twitter, brincando sobre a situação. “Obrigado aos nossos espectadores por terem notado a nossa ‘convidada’ durante a reportagem ao vivo".
Picaretas
A redução da jornada de trabalho dos deputados, a meu ver, deveria ser
aplaudida e não vaiada. Pois a história recente mostra que esse pessoal,
salvo raras e honrosas exceções, quanto mais trabalha mais estragos
produz. Quem sabe da próxima vez haja uma nova redução, passando de três
para nenhum dia. Assim eles irão para casa e ficaremos livres dos
picaretas. Mesmo pagando seus salários para nada fazerem, a conta, no
frigir dos ovos, acabará mais barata para o contribuinte. O rombo
certamente será menor, e haverá mais justiça neste país. A Lei da Ficha
Limpa mostra que o povo sabe fazer leis melhor que eles.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Lula duas caras
Com amigos assim, ninguém precisa de inimigos. A uma semana da disputa
em segundo turno pela Prefeitura de São Paulo contra o ex-ministro
Fernando Haddad (PT), que lidera as pesquisas com boa folga, José Serra
já é alvo de especulações dos próprios colegas. A articulação é que ele
poderia assumir a presidência nacional do PSDB. E é atribuída aos dois
maiores caciques do tucanato paulista: o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso e o governador Geraldo Alckmin. Já jogaram a toalha? Não dava
para esperar que os votos na urna eletrônica fossem contados?
Quem se aproveita é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E a cara não queima. Na capital paulista, defende Haddad como “o novo”. Tenta dar a ele a condição de candidato capaz de renovar a prefeitura, já que são altos os índices de rejeição do prefeito Gilberto Kassab (PSD), que apoia Serra. Não muito longe dali, no domingo, em palanque do candidato à reeleição em Diadema, Mário Reali, Lula fez exatamente o contrário. Alertou para o “novo” e defendeu a continuidade da gestão do PT, que já está há 12 anos no comando da cidade.
E ainda se esmerou, citando Fernando Collor de Mello, hoje senador pelo PTB e aliado ao Palácio do Planalto, para pedir que os eleitores não “troquem o certo pelo duvidoso” só porque o adversário na cidade seria uma novidade.
É esse o compromisso dos políticos quando sobem no palanque. Pelo voto e para vencer as eleições, vale deixar de lado e esquecer a coerência política, o debate de idéias, a apresentação de programas de governo e planos consistentes para melhorar a vida da população.
Pois é assim a eleição em São Paulo. De um lado, tucanos buscam alternativa para que Serra não fique no ostracismo. Do outro, os petistas ignoram os limites para ganhar ou continuar nas prefeituras. Coitado do eleitor.
Quem se aproveita é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E a cara não queima. Na capital paulista, defende Haddad como “o novo”. Tenta dar a ele a condição de candidato capaz de renovar a prefeitura, já que são altos os índices de rejeição do prefeito Gilberto Kassab (PSD), que apoia Serra. Não muito longe dali, no domingo, em palanque do candidato à reeleição em Diadema, Mário Reali, Lula fez exatamente o contrário. Alertou para o “novo” e defendeu a continuidade da gestão do PT, que já está há 12 anos no comando da cidade.
E ainda se esmerou, citando Fernando Collor de Mello, hoje senador pelo PTB e aliado ao Palácio do Planalto, para pedir que os eleitores não “troquem o certo pelo duvidoso” só porque o adversário na cidade seria uma novidade.
É esse o compromisso dos políticos quando sobem no palanque. Pelo voto e para vencer as eleições, vale deixar de lado e esquecer a coerência política, o debate de idéias, a apresentação de programas de governo e planos consistentes para melhorar a vida da população.
Pois é assim a eleição em São Paulo. De um lado, tucanos buscam alternativa para que Serra não fique no ostracismo. Do outro, os petistas ignoram os limites para ganhar ou continuar nas prefeituras. Coitado do eleitor.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Saúde da boca + saúde do corpo = vida longa
No próximo dia 25 é o dia do dentista. Aproveito para mandar um abraço para o dentista da família, Mário Groissman (foto).
|
O cuidado com a saúde vai muito além do checkup anual com o
acompanhamento de um clínico geral, mas, também deve passar pelo
acompanhamento odontológico. Isso é necessário porque a saúde do corpo
está diretamente ligada à saúde bucal, já que diversos problemas podem
ser originados por doenças na região oral. As infecções na boca podem
desencadear disfunções nos rins, estômago, pulmões e, até, doenças no
coração. Quem cuida da boca evita a proliferação de doenças em outras
partes do corpo. Esse é o alerta neste mês de outubro em que comemoramos
o Dia Nacional da Saúde Bucal e Dia do Dentista Brasileiro (25/10).
Para exemplificar, podemos citar alguns problemas no estômago provocados por uma mastigação ineficiente. Isso acontece porque a boca é a primeira fase do processo digestivo e se o paciente não tem uma salivação adequada ou os dentes não cumprem bem a função da mastigação, o alimento é pouco triturado, aumentando a carga de trabalho do estômago. E, por isso, podem surgir azia, refluxo, mau hálito, gastrite, úlceras e outros problemas gastrointestinais. É comum as pessoas que têm a arcada dentária faltando um ou mais dentes sentirem dificuldade de mastigar.
A nossa boca possui milhões de microorganismos e bactérias, muitas deles são benignos para o nosso organismo, porque contribuem para a digestão dos alimentos. Outros são completamente danosos, já que provocam patologias como cárie, gengivite e periodontite. Se não for feita uma limpeza adequada, essas bactérias podem penetrar nos tecidos e entrar na corrente sanguínea, liberando substâncias tóxicas que levam a inflamações e, até, infecções graves no organismo.
Para exemplificar, podemos citar alguns problemas no estômago provocados por uma mastigação ineficiente. Isso acontece porque a boca é a primeira fase do processo digestivo e se o paciente não tem uma salivação adequada ou os dentes não cumprem bem a função da mastigação, o alimento é pouco triturado, aumentando a carga de trabalho do estômago. E, por isso, podem surgir azia, refluxo, mau hálito, gastrite, úlceras e outros problemas gastrointestinais. É comum as pessoas que têm a arcada dentária faltando um ou mais dentes sentirem dificuldade de mastigar.
A nossa boca possui milhões de microorganismos e bactérias, muitas deles são benignos para o nosso organismo, porque contribuem para a digestão dos alimentos. Outros são completamente danosos, já que provocam patologias como cárie, gengivite e periodontite. Se não for feita uma limpeza adequada, essas bactérias podem penetrar nos tecidos e entrar na corrente sanguínea, liberando substâncias tóxicas que levam a inflamações e, até, infecções graves no organismo.
Qualquer lesão, como afta e herpes, pode ser contaminada por micro-organismos da própria boca ou adquiridos de outras pessoas. A saburra, placa esbranquiçada e amarelada que fica localizada na língua, também possui bactérias que podem provocar doenças cardíacas, reumatismo, acidente vascular cerebral e também pneumonias, justamente porque levam à contaminação do sangue provocando infecções. Uma higiene adequada dos dentes e da língua diminui esse risco.
Outro problema que começa na boca é a endocardite. Nesse caso, a bactéria chega até o coração, e se prolifera. Quando o diagnóstico é tardio, a doença pode provocar insuficiência renal, edema pulmonar e embolia cerebral, já que ocorre a formação de coágulos a partir do coração. Ela também pode afetar os rins, aparelho digestivo, articulações e olhos, causando infecções e, nos casos mais graves, leva o paciente à morte. A endocardite incide sobre pessoas que não fazem a higiene bucal e possuem algum problema no coração e predisposição genética para doenças cardíacas. Estudos indicam que algumas bactérias contribuem para a formação de placas nos vasos sanguíneos, agravando o entupimento provocado pela gordura, levando a infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
A boca também é a porta de entrada para doenças sexualmente transmissíveis como o HPV, sífilis, gonorréia e hepatite C. Isso pode acontecer por causa de um simples beijo ou pelo sexo oral. E, finalmente, o câncer de boca com o aparecimento de feridas que não cicatrizam, além de lesões que podem ser doloridas ou não, manchas esbranquiçadas nos lábios e na mucosa da boca.
Quem deseja ter saúde e qualidade de vida deve fazer uma boa higienização da boca, passando pela limpeza dos dentes, gengiva, bochechas e língua, além de ter um acompanhamento profissional periódico. A maior parte das doenças citadas pode ser prevenida apenas com uma boa escovação. O tabagismo e o alcoolismo são fatores que aumentam a pré-disposição na maioria dessas doenças, e também prejudicam o pós-operatório, afetando a cicatrização, e levando a uma menor durabilidade de próteses dentárias fixas e móveis. O dentista está habilitado a avaliar todos esses indícios e orientar para o melhor tratamento, multidisciplinar, quando necessário.
Azeite azedo
Em tempos idos, até aproximadamente o fim dos anos de 1960, conseguíamos
adquirir produtos de expressiva qualidade. Mesmo não apresentando a
excelência daqueles comercializados nos países de Primeiro Mundo, eram
inegavelmente muito satisfatórios. Eu me lembro, por exemplo, do azeite
que eu consumia naquela época. Seu sabor inesquecível não se encontra
mais em nenhuma das marcas vendidas atualmente. Provavelmente, os
azeites importados produzidos criteriosamente estejam sendo alterados no
processo de engarrafamento, retirando-lhes todas as suas propriedades
qualitativas. Várias marcas são vendidas no mercado brasileiro, nenhuma
delas correspondendo ao que se conhece universalmente por azeite. As
pessoas pagam pelo produto, mas acabam levando uma embalagem contendo
uma substância estranha parecendo óleo de soja, de girassol, de milho,
ou óleo de freio, menos o azeite que pretendiam. Embora na minha idade
isso tenha pouca importância, eu sinto saudade do azeite de outrora. A
população não deve conhecer o verdadeiro azeite. Se conhecesse, todas as
marcas desse produto expostas nos supermercados permaneceriam lá para
sempre.
sábado, 20 de outubro de 2012
E agora, como é que fica?
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Teve um dedo da Presidente Dilma Rousseff na pesada condenação a José Dirceu e José Genoíno por corrupção ativa. A suspeita, aparentemente contraditória, já virou tese na cabeça de alguns membros da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores. Eles já propagam o temor de que Dilma tenta se fortalecer politicamente para romper com o partido. Por isso, já tem uma minoria pensando em sair com Dilma antes que ela “traia” o PT.
A teoria conspiratória sobre a ação de bastidores de Dilma, enxergada pelos petistas que não toleram a ex-brizolista na Presidência, seria justificada com os contundentes votos dados contra o núcleo político do PT no julgamento da Ação Penal 470 pelos ministros Luiz Fux e Rosa Maria Weber. Pelo raciocínio de alguns petistas da cúpula, como os dois magistrados foram indicados por Dilma para o STF, se poderia atribuir uma participação oculta da Presidente na destruição dos réus do mensalão, sobretudo José Dirceu, que nunca topou bem com Dilma.
O temor de uma minoria na Executiva do PT – onde José Dirceu tem grande influência – é que Dilma consiga se tornar independente do partido, para descartá-lo no momento em que for conveniente. O medo maior é que Dilma, com alta popularidade nas pesquisas de opinião, supere o mito (em decadência) Luiz Inácio Lula da Silva e inviabilize um possível retorno dele à Presidência, em 2014. Ainda de acordo com a crença conspiratória dos petistas (que enxergam golpistas e inimigos por todos os lados), Dilma estaria contando com o desgaste público que o julgamento do Mensalão vai causar, para tirar do governo quem tenha relações fortes com os réus condenados à execração pelo STF.
Uma certeza dos petistas é concreta. Dilma tem um projeto próprio de poder e gostaria de consolidá-lo sem depender do PT. Até agora, ela tem dado manifestações públicas de fidelidade e lealdade a Lula da Silva. No entanto, já contrariou fortemente o ex-presidente, atropelando o PT para emplacar sua poderosa amiga Maria das Graças Foster na presidência da Petrobrás, no lugar de José Sérgio Gabrielli – cuja gestão virou alvo de críticas da Graça, que fazia parte dela como diretora. Além do caso Gabrielli, petistas reclamam do corpo mole de Dilma em subir no palanque paulista de Fernando Haddad (como ela fez muito a contragosto) e no apoio escancarado ao amigo José Fortunati (PDT) que venceu facilmente a disputa pela Prefeitura de Porto Alegre.
No entanto, o episódio mais recente de desgaste e confronto de Dilma com um cardeal da legenda aconteceu na antevéspera da eleição municipal. A Presidenta mandou que Gilberto Carvalho se retratasse publicamente sobre o infeliz comentário acerca do julgamento do Mensalão: "Aquela coisa do outro lado da rua dói muito". Reservadamente, Dilma comentou que o gesto de Carvalho foi “idiota”. Dilma ficou contrariada porque seu Secretário-Geral da Presidência da República jamais poderia ter cometido tamanho ato de agressão e desrespeito ao Supremo Tribunal Federal - cujo prédio fica em frente ao Palácio do Planalto, no outro lado da Praça dos Três Poderes.
Outra manifestação lida nas entrelinhas pela cúpula petista contra Dilma foi a atitude dela em deixar claro que quem fosse condenado no Mensalão deveria deixar o governo assim que terminasse o julgamento no STF. A pressão interna feita por ela foi tão violenta – desagradando a oligarquia partidária – que José Genoíno foi praticamente coagido a entregar ontem seu cargão de assessor especial do Ministro da Defesa. Genoíno foi saído, “PT da vida”, com Dilma.
A personalidade marciana de Dilma, que não tem medo de enfrentamentos internos e toma decisões enérgicas na velocidade em que Lula nunca tomou, assusta os membros da executiva nacional do PT. Lula também não ousa contrariá-la publicamente porque sabe que Dilma não responderia como uma vaquinha de presépio – o que poderia precipitar um rompimento prematuro entre a criatura e seu criador. O fato real é que a brizolista Dilma nunca foi bem digerida pela turma do “Sapo (Boi)Barbudo” – como o falecido caudilho Leonel de Moura Brizola se referia a Lula, sempre que ambos divergiam politicamente.
A grande questão, que só o tempo irá resolver, é quando ocorrerá um confronto final. Qual justiçamento político acontecerá primeiro: Lula e o PT romperão com Dilma? Ou a Presidenta deixará à deriva o titanic dos petralhas? Pelo cenário atual, o PT é um barco com previsão de afundamento (que pode ser lento ou rápido) após o julgamento do Mensalão e na hora em que os membros de sua cúpula (Dirceu e Genoíno) forem obrigados pela Lei a pagar suas penas vendo o sol nascer quadrado. O caldo deve entornar de vez se novas e inevitáveis investigações relacionarem diretamente Luiz Inácio Lula da Silva ao verdadeiro comando do esquema mensaleiro.
O Alerta Total já entecipou que o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem tudo para enfrentar problemas sérios no desdobramento judicial do Mensalão. Com a condenação de seu ex-chefe da Casa Civil por corrupção ativa, será impossível sustentar a tese de que José Dirceu agia sozinho na operação de “compra” de partidos base aliada, sem que seu superior hierárquico “soubesse de nada”. Sob a presidência de Joaquim Barbosa no STF, a partir de 18 de novembro, o mito Lula deverá enfrentar o rigor da Justiça – com o agravante de que agora não tem mais foro privilegiado para se blindar.
Dilma Rousseff, ao contrário de Lula, é estrela em ascensão. É favorita, facilmente, à reeeleição em 2014. Até agora, não há concorrentes de peso. Eduardo Campos (PSB) ou Aécio Neves (PSDB) não são páreo para ela. Se o PT cometer o arakiri político de detonar Dilma da legenda - insistindo no retorno de Lula -, a presidenta tem a opção de retornar ao PDT ou ser adotada por um partido gigante como o PMDB, cujo desejo permanente é ser governista. Brigar com Dilma é péssimo negócio. Mas como os petralhas são autofágicos, têm tudo para cometer mais um erro político fatal.
Na conjuntura até 2014, só um nome poderia enfrentar Dilma com chances de vitória - ao menos perante a opinião pública: Joaquim Barbosa. Mas nada indica que ele tenha pretensões de deixar o STF e ser candidato ao Palácio do Planalto.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
A conta não vai fechar
A equipe econômica do governo já estava preocupada com a estimativa de
receitas para o Orçamento da União para o ano que vem de R$ 1,03
trilhão, com medo de que a crise mundial se agrave. Só que o temor não
convenceu o relator da proposta no Congresso, Cláudio Putin (PT-PA), que
vai aumentar o valor em R$ 22 bilhões, para atender, entre outras
coisas, ao ressarcimento aos estados da Lei Kandir. Por isso, cresce a
expectativa da presença da ministra do Planejamento, Míriam Belchior, na
Comissão de Orçamento no próximo dia 30. E olha que, depois do debate
com a ministra, será aberto o prazo para as emendas dos parlamentares.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Enterraram a CPI... o cacete!
A ideia era acabar logo com isso. Afinal, o tiro já tinha saído pela
culatra. Imaginada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como
instrumento eleitoral para fustigar caciques tucanos, a Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) tornou-se um peso para o governo. Não
atingiu José Serra (PSDB) em São Paulo e pouco fará com o governador de
Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Afinal, a prerrogativa de processá-lo
para tentar um impeachment é da Assembleia goiana. E lá, ele tem maioria
folgada.
A ordem do Palácio do Planalto, que sempre resistiu, era para pôr fim aos trabalhos. PT e PMDB já tinham firmado, na semana passada, um acordo para preparar o funeral da CPI, com direito a enterro de luxo e marcha fúnebre. Só que os peemedebistas recuaram e propuseram que ela fosse prorrogada por mais 30 dias. A oposição se aproveitou e o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), quer porque quer que ela ganhe uma sobrevida de 180 dias. Com a desculpa de não contaminar a campanha eleitoral, uma decisão só será tomada dia 30, quando as urnas estiverem fechadas. Boa desculpa, não é mesmo?
Até lá, nenhuma reunião da comissão será feita. Em plena ressaca do segundo turno, para que a CPI seja prorrogada, será necessário arranjar 151 assinaturas de deputados e 27 de senadores. Já que estamos falando em números, estão na fila sem votar nada menos que 509 requerimentos de convocação de testemunhas e acusados e de quebra de sigilos bancários e telefônicos. A matemática eloqüente.
Com as urnas fechadas, o PMDB do governador do Rio, Sérgio Cabral, aquele do champagne com o dono da Delta Engenharia, Fernando Cavendish, em Paris, perderá o interesse na prorrogação. Sem prejuízos nas urnas, apresenta-se o relatório final, indicia-se um ou outro e entra-se firme contra Carlinhos Cachoeira, que já está acostumado com a cadeia. E não se fala mais nisso.
A ordem do Palácio do Planalto, que sempre resistiu, era para pôr fim aos trabalhos. PT e PMDB já tinham firmado, na semana passada, um acordo para preparar o funeral da CPI, com direito a enterro de luxo e marcha fúnebre. Só que os peemedebistas recuaram e propuseram que ela fosse prorrogada por mais 30 dias. A oposição se aproveitou e o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), quer porque quer que ela ganhe uma sobrevida de 180 dias. Com a desculpa de não contaminar a campanha eleitoral, uma decisão só será tomada dia 30, quando as urnas estiverem fechadas. Boa desculpa, não é mesmo?
Até lá, nenhuma reunião da comissão será feita. Em plena ressaca do segundo turno, para que a CPI seja prorrogada, será necessário arranjar 151 assinaturas de deputados e 27 de senadores. Já que estamos falando em números, estão na fila sem votar nada menos que 509 requerimentos de convocação de testemunhas e acusados e de quebra de sigilos bancários e telefônicos. A matemática eloqüente.
Com as urnas fechadas, o PMDB do governador do Rio, Sérgio Cabral, aquele do champagne com o dono da Delta Engenharia, Fernando Cavendish, em Paris, perderá o interesse na prorrogação. Sem prejuízos nas urnas, apresenta-se o relatório final, indicia-se um ou outro e entra-se firme contra Carlinhos Cachoeira, que já está acostumado com a cadeia. E não se fala mais nisso.
Como LEWANDOWSKI julgaria HITLER...
"Senhores, não existem filmes, fotos, nem testemunhas de Hitler abrindo
registro de gás em campos de concentração, nem apertando o botão de uma
Bomba V2 apontada para Londres, pilotando um caça Stuka, dirigindo um
tanque Panzer, disparando um torpedo de um submarino classe U-Boat sobre
seu comando a navegar no Atlântico ou mesmo
Por isso, parece claro que não existe nada a incriminá-lo. Com certeza, ele não sabia de nada. Não via nada. A oposição diz que foram queimados documentos incriminatórios importantes, mas nada, absolutamente nada foi comprovado, apenas evidenciou-se a existência de cinzas e destroços por todos lados que somente foram trazidos com a chegada dos americanos e russos que não fazem parte da peça de acusação do processo entregue pelo "Parquet"; o Sr. Procurador.
O holocausto, em que pessoas de diversas racas e etnias talvez tenham tido um suicídio coletivo ao estilo do provocado há anos nos EUA pelo pastor Jim Jones, é, ainda hoje, um tema controverso. Assim trago aos pares, como contraponto, a tese defendida pelo filósofo muçulmano Almanidejah que garante a inexistência de tal desgraça da humanidade.
Assim já estou me dirigindo para encerrar meu voto Sr. Presidente afirmando acreditar que todos eles foram usados, trapaceados por algum aloprado tesoureiro de um banco alemão que controlava financeiramente a tudo e a todos; especialmente os projetos políticos e as doação corruptivas. E tudo em nome da realização de um plano maquiavélico individual de domínio total que concebeu e monitorava do porão da sua pequenina casa nos Alpes.
Enfim, depois de exaustivas e minuciosas vistas nos autos, especialmente nos finais de semana, trago aos pares novos dados que peço ao meu colaborador Adolfo para distribuir a todos. Depois desta minha "assentada", declaro a improcedência da ação, inocentando por completo o réu por falta de provas. É como voto, Sr. Presidente."
Ass: Sinistro Ricardo Livrandowsky.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
UPP é o cacete
As autoridades cariocas estão se mobilizando para atacar a violência no
Rio, pela via das UPPs, cuidando dos efeitos e esquecendo-se das causas,
como quase tudo que depende de decisões políticas no Brasil. Pergunto
aos especialistas da política e da sociologia, cuja responsabilidade é
interpretar a realidade e apresentar soluções para o problema: a cidade
tem 1.225 favelas e um terço da sua população morando nelas ao lado dos
ratos, da desorganização e da criminalidade.
Não vimos nenhum movimento
local, estadual ou federal para mudar esse cenário, recuperando espaço e
dando endereço, dignidade e alguma esperança para os moradores da
periferia da cidade maravilhosa. O romantismo toma conta do noticiário
enquanto o crime muda de endereço, saltando de um morro para o outro
como no desenho animado Tom e Jerry. Vale lembrar que o programa do
governo federal Minha casa, minha vida não tem como foco o fim das
favelas, ele pretende dar a oportunidade para quem vive de aluguel e tem
renda para ter o seu próprio imóvel.
Com efeito, chega a ser cômico, se
não fosse trágico, ver as autoridades policiais querendo fazer
segurança pública nesse terreno, enxugando gelo, já que para a
marginalidade o problema territorial é apenas uma questão de tempo. Mais
do que traficar drogas e armas, eles cumprem o papel do Estado
oferecendo proteção e às vezes até emprego para quem não tem esperança.
UPP, portanto, além de não resolver o problema, perpetua a
desorganização e transfere o problema de um local para o outro, deixando
os políticos com a sensação do dever cumprido, o que é um equívoco
grave. Sem organização e dignidade, não existe segurança pública nem
aqui, nem na China.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Fernando Avelino dá cara nova ao DETRAN/RJ
Quem conhece meu trabalho sabe o quanto sou crítico com
relação aos serviços públicos – municipal estadual e federal.
Em sua grande maioria, os políticos e autoridades afirmam
conhecer a essência dos problemas públicos e quase sempre apresentaram projetos
mirabolantes durante as campanhas eleitorais, mas jamais algum deles (com raras
exceções!) concretizou qualquer solução efetiva. Tais projetos parecem
excelentes estratégias de marketing para as campanhas, mas carecem de
consistência para a necessária solução no plano da realidade.
Mas, hoje tive uma experiência - que, na verdade, não merece elogios,
afinal é obrigação de o servidor atender bem ao contribuinte – mas, reconhecer
um bom trabalho não custa nada.
Fui ao DETRAN/RJ para tentar resolver um problema referente a
multas prescritas. Pedi pra falar com a chefa do setor, e acredite, ela me
recebeu com a maior rapidez e solicitude. Orientou-me e até me deu um copo d’água.
Brincadeiras a parte, a forma com que fui atendido é um reflexo de uma boa
administração do Órgão. O funcionário nada mais é do que o espelho do chefe!
Não votei no governador Sérgio Cabral, mas alguns de seus
secretários são dignos de todo meu respeito, como por exemplo, Christino Áureo
(Agricultura), Wagner Victer (CEDAE) e agora Fernando Avelino (DETRAN).
Não vou me estender numa matéria de fácil entendimento.
Obrigado, Alessandra silva, essa da foto - simpatia...
domingo, 14 de outubro de 2012
Juiz Vitor Bizerra traficante de crianças pobres
Vocês viram o tal do juiz que tirou quatro crianças de famílias pobres do nordeste para "exportá-los" para famílias ricas de São Paulo?
Relembre quem é esse pilantra:
Juiz de Monte Santo, Vitor Bizzera (Bizerra com "I" de infame!"), esclarece atraso em voo ao tentar viajar com armas. (Em 28/01/2012)
Segundo a assessoria da companhia aérea Gol, a tentativa do Juiz da Comarca de Monte Santo, Dr. Vitor Bizerra de embarcar com uma quantidade acima da permitida de armamento e munição atrasou a decolagem de um voo da Gol com saída de Salvador na noite da última quinta-feira (26).
.
De acordo com um passageiro da aeronave, o voo estava previsto para decolar às 20h45 com destino ao Rio de Janeiro, porém com a confusão foi decolar quase duas horas depois. “Todos chegaram a embarcar, mas percebemos a demora na decolagem. Inicialmente pensamos que fosse alguma questão técnica, mas depois soubemos que se tratava de um problema administrativo”, conta.
.
Testemunhas contaram que após a confusão, alguns passageiros se negaram a viajar, Após muitas negociações entre o juiz e Policiais Federais, o mesmo teria concordado em despachar o armamento para que o voo pudesse ser realizado.
Relembre quem é esse pilantra:
Juiz de Monte Santo, Vitor Bizzera (Bizerra com "I" de infame!"), esclarece atraso em voo ao tentar viajar com armas. (Em 28/01/2012)
Segundo a assessoria da companhia aérea Gol, a tentativa do Juiz da Comarca de Monte Santo, Dr. Vitor Bizerra de embarcar com uma quantidade acima da permitida de armamento e munição atrasou a decolagem de um voo da Gol com saída de Salvador na noite da última quinta-feira (26).
.
De acordo com um passageiro da aeronave, o voo estava previsto para decolar às 20h45 com destino ao Rio de Janeiro, porém com a confusão foi decolar quase duas horas depois. “Todos chegaram a embarcar, mas percebemos a demora na decolagem. Inicialmente pensamos que fosse alguma questão técnica, mas depois soubemos que se tratava de um problema administrativo”, conta.
.
Testemunhas contaram que após a confusão, alguns passageiros se negaram a viajar, Após muitas negociações entre o juiz e Policiais Federais, o mesmo teria concordado em despachar o armamento para que o voo pudesse ser realizado.
sábado, 13 de outubro de 2012
Suplente é o cacete!
Para que este país se torne uma grande nação, respeitada mundialmente,
teremos que lutar muito ainda para mudar certos absurdos da nossa
democracia. A reforma, urgente, do sistema político se torna mais
evidente a cada dia em que ouvimos e lemos as notícias. Após as
apurações das eleições municipais, fico sabendo que um deputado mineiro
foi eleito prefeito de uma cidade próxima a BH e que sua vaga na
Assembleia será ocupada pelo primeiro suplente na lista do seu partido.
Acontece que esse cidadão ocupa uma cadeira na Câmara de BH,
candidatou-se à reeleição e perdeu, porque não fez um bom trabalho.
Agora, vejam o ‘paraíso da política brasileira’: perde seu lugar na
Câmara Municipal e ganha uma cadeira na Assembleia. Perdeu a renda
municipal, mas ganha uma renda estadual, maior. Perde seus benefícios
como vereador, mas ganha uma cesta muito mais cheia de vantagens como
deputado. Como isso é possível? São aberrações como essa que temos de
eliminar definitivamente de nosso sistema político.
Nobel da paz
Ironia do destino. O anúncio foi feito em Oslo, como sempre. A
União Europeia, contrariando a maioria das apostas dos analistas
internacionais, ganhou o Prêmio Nobel da Paz. A ironia é o fato de a
Noruega já ter feito dois plebiscitos para aderir ao bloco e, em ambos, a
população ter dito não. E as pesquisas continuam a indicar que dois
terços da população se recusam a participar da integração. Mais curioso
ainda é o momento em que a homenagem chega. Já faz tempo que o bloco
europeu disputa a indicação do Nobel. E o prêmio chega logo agora,
quando ele enfrenta a sua pior crise econômica. Pior: quando ameaça
excluir países como a Grécia caso não cumpram as exigências de corte de
gastos públicos e de benefícios estatais para a população.
Talvez
seja esse o verdadeiro motivo da escolha, a julgar pelas declarações do
presidente da comissão do Nobel, Thorbjoern Jagland: “É uma mensagem
para que a Europa faça todo o possível para garantir o que foi alcançado
até agora”. Sintomático, não? Para despistar, Jagland acrescentou que a
União Europeia foi fundamenlal para a “transformação de continente de
guerras em um continente de paz”. Como o prêmio é para paz, ele deveria
acrescentar: “E tenho dito!”
Se o euro está em crise, é
importante destacar que, apesar das dificuldades econômicas, a
integração europeia tem seus méritos. Não é fácil conciliar os
interesses de 27 países, com culturas e condições de vida tão
diferentes, como a rica e poderosa Alemanha e Estônia e Lituânia, por
exemplo.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Guerra é guerra
A briga pela Prefeitura de São Paulo promete ser “sangrenta”. Pelo
menos, é esta a expectativa dos tucanos. Eles esperam que o governo
federal entre com toda a força na disputa, jogando com todas as armas a
que tiver direito para eleger Fernando Haddad (PT). Mas avisam, por
outro lado, que José Serra está preparado para a guerra e que já
acumulou um grande arsenal para o contra-ataque. A principal munição
será o julgamento do escândalo do mensalão no Supremo Tribunal Federal
(STF). Mas a caixa de ferramentas tucana tem armamento escondido para
levar a campanha até o nível do último degrau se for necessário. Afinal,
Serra sabe que, se perder, será sua última eleição.
A outra face pra bater
“Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater
na face direita, oferece-lhe também a outra.” O versículo do Evangelho
de São Mateus não serve para as eleições deste ano. Pelo menos, para a
presidente Dilma Rousseff. Com a presença do vice-presidente da
República, Michel Temer, licenciado do comando nacional do PMDB, o
candidato Gabriel Chalita (PMDB) acertou o apoio a Fernando Haddad (PT)
na disputa pelo segundo turno na briga pela Prefeitura de São Paulo. Com
direito até a um documento assinado, em que propostas do programa de
governo peemedebista serão incorporadas às de Haddad. É tudo para inglês
ver. Na guerra paulistana, PT e PMDB já tinham combinado oferecer a
face um ao outro no segundo turno.
O mesmo, no entanto, não aconteceu em Salvador. O peemedebista Geddel Vieira Lima, que é vice-presidente da Caixa Econômica Federal, ofereceu a outra face à candidatura do deputado ACM Neto (DEM-BA), que ficou em primeiro lugar no primeiro turno. Brigado com o governador Jaques Wagner (PT), que sustenta a candidatura de Nelson Pellegrino (PT), Geddel se recusou a seguir o preceito religioso. Virou a cara e foi para a oposição ao governo do qual faz parte. No jogo político, os ensinamentos bíblicos nem sempre são seguidos à risca.
Tanto que a única candidatura que não é do PT a ser prestigiada pela presidente Dilma Rousseff é a da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que disputa o segundo turno em Manaus. Tem explicação. Do outro lado, está o ex-senador Artur Virgílio (PSDB-AM), que, no Congresso, era arqui-inimigo do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem atazanava o tempo todo, tanto em plenário quanto nas comissões parlamentares de inquérito (CPIs), inclusive na dos Correios, que desvendou o escândalo do mensalão. Dilma, por lá, não vai oferecer a outra face. Vai partir para o ataque com toda a munição que tiver.
O mesmo, no entanto, não aconteceu em Salvador. O peemedebista Geddel Vieira Lima, que é vice-presidente da Caixa Econômica Federal, ofereceu a outra face à candidatura do deputado ACM Neto (DEM-BA), que ficou em primeiro lugar no primeiro turno. Brigado com o governador Jaques Wagner (PT), que sustenta a candidatura de Nelson Pellegrino (PT), Geddel se recusou a seguir o preceito religioso. Virou a cara e foi para a oposição ao governo do qual faz parte. No jogo político, os ensinamentos bíblicos nem sempre são seguidos à risca.
Tanto que a única candidatura que não é do PT a ser prestigiada pela presidente Dilma Rousseff é a da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que disputa o segundo turno em Manaus. Tem explicação. Do outro lado, está o ex-senador Artur Virgílio (PSDB-AM), que, no Congresso, era arqui-inimigo do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem atazanava o tempo todo, tanto em plenário quanto nas comissões parlamentares de inquérito (CPIs), inclusive na dos Correios, que desvendou o escândalo do mensalão. Dilma, por lá, não vai oferecer a outra face. Vai partir para o ataque com toda a munição que tiver.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Simplismente, Márcia Regina
A mulher simples realmente tem feito uma grande diferença na história política
do nosso país principalmente quando vem junto o carisma, a dedicaçao, um
trabalho com base forte no social e principalmente amor pelo que faz…
Nas eleições da semana que passou, observei em Miraí, pequena cidade de MG, o quanto a dona de casa Márcia Regina se destacou quando tentaram comprar seu voto por 2 mil reais. Pra mim, Márcia Regina deveria ser hoje uma paixão em Miraí, principalmente pelos jovens. E de quebra pega uma carona segura, como uma "primeira dama" conhecedora de um valente trabalho social. Parabéns a ela pela coragem que, tenho certeza, está inspirando muitas mulheres da redondeza.
Márcia Regina, vc além de bom caráter e inteligente, ajudou muito o "22" chegar a prefeito de Miraí.
Até o presente momento, não li nenhum elogio ou agradecimento a força (e exemplo!) que essa mulher deu a Zé Ronaldo, para ser eleito prefeito de Miraí.
**********************************************
Prezado Eduardo Homem De Carvalho, quero me apresentar como uma das
advogadas que está acompanhando o caso de Márcia e me explicar o por que
de nosso silêncio por tanto tempo. Infelizmente, aqui, durante nossa
campanha eleitoral muitos fatos eram distorcidos, especialmente, após a
grave denúncia de Marcia, sobre a compra de votos. Boletins assinados
pela coligação adversária e outros anônimos tentavam inverter a situação
e nos acusavam de estar "criando"um factóide" usurpando de uma pessoa
"desequilibrada". Portanto, resolvemos deixar o caso nas mãos da Justiça
e da imprensa, esta, que teve papel fundamental para colocar a questão
em debate por toda a nossa região da zona da Mata e por outros meios,
inclusive, os eletrônicos, como foi com seu blog. Agora, temos a
possibilidade de festejar a vitória, festejar a Márcia e tudo o que ela
representa: INTEGRIDADE, LIBERDADE E DEMOCRACIA. No nosso último comício
(30/09) fiz questão de tê-la ao meu lado, de falar da sua coragem e do
quanto nos orgulhamos dela. Márcia passa a ser um marco na nossa
política, sinalizando que outros tempos estão chegando em nossa
pequenina Mirai. Viva a Márcia e as Márcias do nosso Brasil! Obrigada
pela sua atuação corajosa e sempre pertinente. Isso muito fortaleceu a
nossa imprensa local, que chegou a sofrer algumas intimadações. Estou à
disposição para esclarecimentos. Abraços. Vamos em frente!
Fabiana Rase
E agora Eduardo Paes?
Assim que assumir o cargo, no dia 1º de janeiro, o prefeito do Rio de
Janeiro, reeleito terá um desafio hercúleo pela frente. Além
de administrar a segunda maior metrópole do país, com todos os seus
problemas e dificuldades, precisará deixar a cidade pronta para abrigar,
em um intervalo de apenas dois anos, os eventos esportivos de maior
visibilidade do mundo, a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. Trata-se de
um momento único, capaz de mudar para sempre a vida dos cariocas, que
sonham receber ao fim de seu mandato uma infraestrutura urbana renovada e
ampliada. No domingo 7 de outubro, 4,7 milhões de eleitores foram às
urnas escolher o responsável por conduzir a etapa mais importante desse
gigantesco processo de transformação. Ganhou Duda Paes!
Da mesma forma que reúne atributos únicos que justificam sua escolha
como sede do Campeonato Mundial de Futebol e dos Jogos Olímpicos, o Rio
padece de mazelas crônicas, típicas do crescimento desenfreado. O
município ficou em último lugar entre as capitais brasileiras ao ter
avaliados seus serviços de saúde ligados à rede SUS, de acordo com
relatório divulgado em março pelo Ministério da Saúde. A expansão
econômica e o aumento da frota de automóveis tornaram o trânsito
caótico. Diariamente, circulam nas ruas 265 carros novos, 100 a mais do
que há cinco anos. No transporte coletivo, as milícias armadas dos
bairros da Zona Oeste controlam com mão de ferro o sistema de vans. Sede
da última conferência da ONU sobre meio ambiente, a Rio+20, a capital
enfrenta sérias deficiências de saneamento básico. As lagoas da Barra da
Tijuca, em cujas margens serão erguidas as instalações olímpicas,
recebem, por exemplo, despejo de esgoto in natura até mesmo onde existe
rede de coleta disponível. Se não bastasse tudo isso, a prefeitura terá
ainda um apertado cronograma de obras para cumprir antes de quatro anos,
com margem zero para alterações ou improvisos. Como se vê, o atual ou o
novo ocupante do amplo gabinete localizado no 13º andar do Centro
Administrativo São Sebastião, na Cidade Nova, terá muito que fazer.
Tô pagando pra ver...
O perigo ronda as estradas
Aumentam nas estradas as ocorrências não ligadas ao trânsito,
como assaltos a motoristas e a estabelecimentos comerciais
Mais do que o cuidado com as condições do veículo e das rodovias e com a
imprudência de outros condutores, quem vai viajar no feriadão deste fim
de semana deve ficar atento com outro tipo de violência. Balanço da
Polícia Rodoviária Federal mostra que tem crescido o número de crimes
contra o patrimônio, como assaltos a carros, caminhões, restaurantes e
postos de gasolina e furtos de peças. Foram mais de 600 registros desses
delitos no primeiro semestre, o que representa média de mais de três
por dia. Já as ocorrências de trânsito passaram de 700, com destaque
para excesso de peso e embriaguez ao volante. De janeiro a setembro,
houve 147 roubos de cargas, contra 135 no mesmo período do ano passado. E
foram apreendidas 44 armas com motoristas, superando as 38 recolhidas
em 2011.
Imagina até a Copa?
Prefeitura de merda
O motorista do ônibus tem a obrigação de respeitar o sinal de parada dos
passageiros, uma vez que quem paga seus salários somos nós usuários do
transporte coletivo da região metropolitana e do Brasil.
Então, essa de
passar pela pista da esquerda a mil por hora e fingir que não viu o passageiro dando o
sinal de parada é ridículo. Muitas vezes estamos atrasados, seja para o
trabalho ou até mesmo para uma consulta médica.
Independemente do nosso
destino, seja até mesmo a passeio, os motoristas devem respeitar o sinal
de parada em todos os pontos, seja dia ou seja noite. Isso serve não só
para todas as linhas, que costumo usar, mas para todas as linhas de ônibus
da região.
Prefeito de merda, transporte de merda, sem fiscalização!
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