Pegou muito mal o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinar
lei que pretende conter a influência iraniana na América Latina. O
governo de Teerã entende a medida como ‘uma intervenção’ na região. Para
o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Ramin
Mehmanparast, os EUA ainda vivem na época da Guerra Fria e consideram a
AL seu quintal. Ele pede que haja respeito dos direitos das nações, e a
opinião pública mundial não aceita uma iniciativa intervencionista
semelhante. O Irã, submetido a sanções internacionais por seu programa
nuclear, abriu seis embaixadas na região desde 2005, passando a 11, além
de 17 centros culturais. A lei para enfrentar o Irã no Hemisfério
Ocidental, aprovada com amplo apoio dos congressistas republicanos e
democratas no início de 2012, estipula que o Departamento de Estado deve
desenvolver uma estratégia para enfrentar a crescente presença e
atividade hostil do Irã na região. Funcionários do governo e dos
serviços de inteligência norte-americanos se apressam em dizer que não
há indícios de atividades ilícitas do Irã na América Latina. Mas agora é
tarde, o estrago já está feito.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Cala boca, Garibaldi!
O ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, deveria ser mais
cuidadoso ao se referir a gastos do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) quanto às aposentadorias e pensões. Ao mesmo tempo em que fala
sobre os apertos da instituição, ele anuncia concessão de prêmio de
R$100 mil e pensão vitalícia para os jogadores de futebol campeões do
mundo pelo teto da Previdência, enquanto nós, que fomos obrigados a
contribuir durante 35 anos, recebemos hoje menos de três salários
mínimos, além de enfrentarmos uma defasagem superior a 90%.
A praga do lobby no Judiciário
Ministra Eliana Calmon - Contribuição inestimável |
Não há dúvida que a promoção de juízes por merecimento gera movimentos internos e externos de politicagem que escoam em favores que serão cobrados mais tarde dos beneficiários. Os tribunais estão infestados de lobistas, uma atuante classe profissional prestigiada e bem remunerada, que age com desenvoltura nos porões do Judiciário em prol de decisões, muitas vezes, contrárias ao bom Direito. O dinheiro envolvido em compra de sentenças, ao contrário do que muitos pensam, não representa a expressiva parcela de corrupção do Judiciário. Dinheiro deixa rastro. A moeda de troca que degrada a qualidade das decisões judiciais e prejudica o jurisdicionado vem no bojo do "pedido" do amigo lobista. Esta é a praga a ser combatida.
Omar Wanderley Prisco
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