Ora, ora, quem diria? A voz das ruas foi ouvida no Congresso. Os nobres
deputados trabalharam até tarde na terça-feira – claro que com medo dos
protestos de ontem. Mas fizeram prevalecer o desejo dos manifestantes
que se espalham por todo o país. Enterraram a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) 37, que tirava do Ministério Público o poder de
investigação. E, de quebra, destinaram os royalties do petróleo para a
educação e para a saúde, na proporção de 75% para 25%. Já é alguma
coisa. O melhor, no entanto, foi logo no começo da sessão. Tratava-se da
medida provisória (MP) para o combate à seca. No meio dela, um
contrabando: R$ 37 milhões para financiar algumas firulas da Fifa para a
Copa do Mundo. Os deputados perceberam e derrubaram o jabuti no tapete
do plenário.
Para não dormir no ponto, os nobres deputados resolveram acordar cedo. E agraciaram a população e os manifestantes com mais uma boa notícia. A voz das ruas voltou a falar mais alto e, em tempo recorde, menos de 10 minutos, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a admissibilidade da proposta de emenda constitucional (PEC) que acaba com o voto secreto nas votações de cassação de mandatos parlamentares por quebra de decoro ou por sentença transitada em julgado na Justiça. Agora, quem quiser assar a pizza recheada de aliche com corporativismo e muçarela terá que mostrar a cara e pôr o voto no painel e nas listas espalhadas pelo país afora. Bem, ainda faltam a tal comissão especial e o plenário. Será que a CCJ é só de mentirinha, só para acalmar as manifestações?
Para não dizer que não falei das flores nem do Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte do país determinou a prisão imediata do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), condenado em 2010 por peculato e formação de quadrilha. Informação importante: é a primeira vez que o Supremo determina a prisão de parlamentar por ele condenado desde a Constituição de 1988. Os envolvidos no mensalão que se cuidem. Para fechar com chave de ouro, o Senado aprovou o projeto que torna a corrupção crime hediondo. A voz das ruas fala mais alto que os longos discursos dos advogados. O novo Brasil que os manifestantes pedem será assim? A torcida para isso foi maior do que a do jogo do Brasil com o Uruguai ontem no Mineirão. Pena que manifestantes mal-intencionados tenham estragado a festa no entorno do estádio.
Para não dormir no ponto, os nobres deputados resolveram acordar cedo. E agraciaram a população e os manifestantes com mais uma boa notícia. A voz das ruas voltou a falar mais alto e, em tempo recorde, menos de 10 minutos, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a admissibilidade da proposta de emenda constitucional (PEC) que acaba com o voto secreto nas votações de cassação de mandatos parlamentares por quebra de decoro ou por sentença transitada em julgado na Justiça. Agora, quem quiser assar a pizza recheada de aliche com corporativismo e muçarela terá que mostrar a cara e pôr o voto no painel e nas listas espalhadas pelo país afora. Bem, ainda faltam a tal comissão especial e o plenário. Será que a CCJ é só de mentirinha, só para acalmar as manifestações?
Para não dizer que não falei das flores nem do Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte do país determinou a prisão imediata do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), condenado em 2010 por peculato e formação de quadrilha. Informação importante: é a primeira vez que o Supremo determina a prisão de parlamentar por ele condenado desde a Constituição de 1988. Os envolvidos no mensalão que se cuidem. Para fechar com chave de ouro, o Senado aprovou o projeto que torna a corrupção crime hediondo. A voz das ruas fala mais alto que os longos discursos dos advogados. O novo Brasil que os manifestantes pedem será assim? A torcida para isso foi maior do que a do jogo do Brasil com o Uruguai ontem no Mineirão. Pena que manifestantes mal-intencionados tenham estragado a festa no entorno do estádio.