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quarta-feira, 27 de agosto de 2014
23 anos depois, vemos que tudo estava combinado...
Em entrevista exibida pela Globo News em 2009,
Luiz Felipe Lampreia, ex-ministro das Relações Exteriores, diagnosticava:
“O que explica a confusão da América
Latina é o Foro de São Paulo”. E ele tinha razão!
O Foro de São Paulo é uma organização que
reúne, de maneira promíscua, partidos políticos legais, organizações
terroristas e grupos narcotraficantes.
Ele foi fundado em 1990 por Lula e Fidel
Castro, que prometiam reconquistar na América Latina o que
se havia perdido no Leste Europeu.
Seu objetivo era traçar estratégias comuns e
lançar “novos esforços de intercâmbio e de unidade de ação como alicerces
de uma América Latina livre, justa e soberana”.
A unidade estratégica dessas organizações visava
tomar o poder em todo o continente, criando uma frente de governos
socialistas em oposição aos Estados Unidos.
Hoje, duas décadas depois, o Foro de São Paulo governa 16 países, nos
quais aplica a mesma agenda de aparelhamento do Estado, de limitação das
liberdades civis, de relaxamento no combate ao narcotráfico, de
perseguição à oposição e à imprensa livre.
O “Plan de Acción” aprovado e publicado nas atas
do seu 19.º Encontro, ocorrido em São Paulo no começo deste mês, confirma
e reforça o pacto estratégico e o compromisso solidário estabelecidos 23
anos atrás.
Os efeitos práticos dessa
solidariedade política ficam claros quando observamos a submissão do
governo petista às diretrizes do Foro, em detrimento dos interesses
nacionais, como ilustram alguns casos da nossa política
recente.
Em 2005, o
representante das Farc no Brasil, Olivério Medina, foi preso numa ação conjunta entre a Polícia
Federal e a Interpol. Medina era procurado na Colômbia por diversos crimes
– homicídio, sequestro e contrabando de armas – e o governo colombiano
pediu sua extradição.
O presidente Lula
não apenas lhe negou o pedido como concedeu ao terrorista o status de
refugiado político. Logo depois, a esposa de Medina, Angela Maria Slongo,
foi ocupar um cargo de confiança no Ministério da Pesca, a pedido de Dilma Rousseff, então ministra da Casa
Civil.
Em maio
de 2006, Evo Morales estatizou duas refinarias da Petrobras na
Bolívia, depois de ocupadas e tomadas pelo exército boliviano. O
governo brasileiro respondeu com um afago e, dois anos depois, Lula anunciava um empréstimo
de US$ 332 milhões a Morales, para a construção de uma
rodovia.
Em 2011, Dilma Rousseff anunciou mudanças no Tratado de Itaipu,
atendendo a um pedido de Fernando Lugo, presidente do Paraguai e membro do
Foro de São Paulo.
A senadora Gleisi Hoffmann, do PT, foi a relatora da matéria no Senado e
defendeu a aprovação das alterações, que
fizeram triplicar a taxa anual paga pelo Brasil ao Paraguai pela energia
não usada da Usina de Itaipu, saltando de US$ 120 milhões para US$ 360
milhões.
A decisão do governo federal
de trazer médicos cubanos ao Brasil é apenas uma manobra do Foro de São
Paulo para financiar a indústria de “missões humanitárias” de
Havana.
Segundo dados levantados pela jornalista Graça Salgueiro, mais de 20 países recebem
serviços médicos de Cuba. Os países-clientes pagam pelo serviço ao governo
cubano, que repassa apenas uma pequena parte do dinheiro aos médicos.
Raúl Castro arrecada nada menos que
US$ 6 bilhões anuais com o envio de médicos ao exterior.
Calcula-se que o Brasil enviará centenas de milhões de dólares
aos cofres cubanos com a importação dos médicos. O dinheiro que poderia
ser investido no sistema público de saúde brasileiro vai financiar uma
ditadura comunista.
Quando o filósofo Olavo de Carvalho começou a
denunciar o Foro de São Paulo, políticos, empresários e jornalistas
preferiram ignorá-lo, acreditando que o bicho era manso. Mas o bicho era
bravo e agora cresceu formidavelmente; já não sabemos se ainda é possível
derrotá-lo.
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