É sintomática a declaração do governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), ao ser perguntado sobre o anúncio do ex-governador José Serra (PSDB) de que não pretende disputar a Prefeitura de São Paulo em outubro. “Vamos aguardar. A decisão é só em março. Tem tempo”, disse Alckmin. É, pode ser. Mas será coincidência o encontro que tiveram, na véspera, o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o próprio Alckmin? A reunião virou motivo de intrigas no ninho tucano. O governador paulista ficou irritado com o tom de conspiração que o encontro ganhou.
O PSDB está numa encruzilhada e não sabe o que fazer. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), namora o PT e ensaia apoio à candidatura do ainda ministro da Educação, Fernando Haddad, à sua sucessão. Esteve com Lula e pôs a pulga atrás da orelha dos tucanos. O único jeito de ter garantia que Kassab não apoiará o petista é ter Serra como candidato. Nesse caso, o prefeito fica com os tucanos – ele é cria de Serra.
O maior eleitor em São Paulo é o ex-presidente Lula, indicam as pesquisas. Se entrar de cabeça na campanha, ele já dará muito trabalho aos tucanos para manter a hegemonia no estado. Com Kassab, Fernando Haddad, apesar de neófito nas eleições, fica ainda mais forte. Serra é o único nome tucano em condições de enfrentar o PT e de puxar o prefeito para o seu lado. Só que Serra bate o pé e insiste em disputar a Presidência da República em 2014. E já fez chegar a alguns ouvidos da cúpula tucana que, se for necessário, pode até mudar de partido. O PSDB pode estar cavando a própria sepultura, tanto em São Paulo quanto na briga pela Palácio do Planalto na sucessão de Dilma. Se os tucanos não se entenderem, podem sair de 2014 menor do que são hoje, tanto nacionalmente quanto nos estados.
O PSDB está numa encruzilhada e não sabe o que fazer. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), namora o PT e ensaia apoio à candidatura do ainda ministro da Educação, Fernando Haddad, à sua sucessão. Esteve com Lula e pôs a pulga atrás da orelha dos tucanos. O único jeito de ter garantia que Kassab não apoiará o petista é ter Serra como candidato. Nesse caso, o prefeito fica com os tucanos – ele é cria de Serra.
O maior eleitor em São Paulo é o ex-presidente Lula, indicam as pesquisas. Se entrar de cabeça na campanha, ele já dará muito trabalho aos tucanos para manter a hegemonia no estado. Com Kassab, Fernando Haddad, apesar de neófito nas eleições, fica ainda mais forte. Serra é o único nome tucano em condições de enfrentar o PT e de puxar o prefeito para o seu lado. Só que Serra bate o pé e insiste em disputar a Presidência da República em 2014. E já fez chegar a alguns ouvidos da cúpula tucana que, se for necessário, pode até mudar de partido. O PSDB pode estar cavando a própria sepultura, tanto em São Paulo quanto na briga pela Palácio do Planalto na sucessão de Dilma. Se os tucanos não se entenderem, podem sair de 2014 menor do que são hoje, tanto nacionalmente quanto nos estados.