A data é 2012, talvez início de 2013, depois das eleições municipais, se os fatos não atropelarem o calendário. Mas estão avançadas as articulações para fusão do PSDB com o DEM e o PPS, o que é novidade. Tucanos, democratas e ex-comunistas avaliam o quadro atual, principalmente o esvaziamento do DEM, mas a ideia é tentar manter o calendário preestabelecido. O raciocínio é que os democratas têm ainda musculatura para enfrentar as eleições municipais do ano que vem e que são fortes na briga pelas prefeituras em vários estados. Conversas na semana passada, no entanto, avaliaram se vale a pena antecipar o processo para agora, na carona da criação do PSD, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que está abrindo as portas para insatisfeito da oposição.
Um dos motivos de a hipótese ser aventada é a situação em Santa Catarina. Derrotado na briga interna do partido, o presidente de honra da legenda, ex-senador Jorge Bornhausen (SC), está tirando o seu grupo, a conta-gotas e na surdina, do DEM. O governador catarinense, Raimundo Colombo, seria o motivo. Ele tem sido pressionado por Bornhausen a deixar o partido, mas tem resistido. Prefere o projeto de fusão das siglas oposicionistas mais à frente. Gente com influência e trânsito no DEM, no entanto, tem dito que, pelo jeito, a saída de Colombo foi estancada. Mas não dá para cravar.
Esse é o problema que pode antecipar o processo de fusão dos partidos de oposição. E é tudo o que eles não queriam. Afinal, 2012 ou início de 2013 está mais perto da sucessão de 2014 do que do início do governo este ano. E o quadro pode ser outro. Quem sabe com a fusão ampliada até com o PP, presidido pelo senador Francisco Dornelles (RJ).