Ela não está em casa, não atende o telefone, seu BMW 2009 preto está parado na garagem com dois dedos de poeira, enfim a ex-juíza e ex-deputada federal Denise Frossard escafedeu-se. Alguém me disse que ela estaria internada numa clínica de repouso em Minas, é possível. Mas eu acho mesmo que ela está em campanha para o senado. Não o senado brasileiro, mas o senado italiano. Em 2008, a ex-magistrada recebeu da vice-consulesa da Itália, Caterina Sorrone, sua cidadania italiana (foto). Dias depois, ela foi procurada por um graduado agente do serviço secreto italiano, em nome do Senatore Sergio Di Gregorio, representante do partido Degli Italiane nel Mondo (partido aliado a Berlusconi, e que representa os italianos que vivem fora da Itália) para se candidatar as eleições de 2008. Di Gregori e Frossard se falaram por telefone, com ajuda de um intérprete, mas ela declinou o convite, prometendo estudar a língua e estar pronta para as próximas eleições. Di Gregório colocou a disposição da ex-deputada um milhão de euros além de jatinho particular e cinco assessores para sua campanha, com a ressalva de que o trabalho deveria ser mais intenso nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo. O salário de uma "senatrice italiana" é de dez mil euros mensais, além dos extras – nesse caso... é pegar ou largar!
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Interesse nosso
A aprovação da reforma eleitoral é uma tentativa dos deputados reagirem às interferências do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foi só por isso que ela andou.
Farra dos saláros
O Supremo Tribunal Federal liberou a divulgação na internet dos salários dos servidores públicos de São Paulo. Tem gente no Congresso com o cabelo em pé por causa da decisão.
Criador e criação
O presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, bem que tentou capitalizar a filiação do delegado Protógenes Queiroz, da Polícia Federal, ao partido. Mas foi o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, quem capitaneou a entrada do polêmico policial na legenda. Lupi anda animado. Tem dito aos deputados pedetistas que a bancada vai dobrar no ano que vem, chegando a 50 na Câmara. A conferir.
Ou dá ou desce
Nada como uma base governista fragilizada. A oposição conseguiu arrancar dos articuladores políticos do Palácio do Planalto e da equipe econômica alguns pontos importantes na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Até mesmo a Lei Kandir está prevista no texto. Oficialmente, a LDO não trata de valores, que é feito no projeto de Orçamento. Mas a jogada foi prever valor mínimo igual ao deste ano, R$ 5,4 bilhões, para serem repassados aos estados. Detalhe: também foi previsto o pagamento de R$ 1,7 bilhão que o governo deve desde 2007.
Farinha pouca, meu pirão primeiro
A maioria dos deputados não estava nem aí para a questão da campanha na internet, na votação da reforma eleitoral. A grande preocupação, principalmente do baixo clero, era garantir a proibição do uso dos outdoors. Os veteranos montaram o time de seniores para derrubar os grandes murais. É que assim atrapalhavam as campanhas dos novatos, pouco conhecidos, que tentassem invadir suas bases. Melhor para as cidades que já se livraram dos outdoors.
Grana no pedaço
Nada como uma base governista fragilizada. A oposição conseguiu arrancar dos articuladores políticos do Palácio do Planalto e da equipe econômica alguns pontos importantes na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Até mesmo a Lei Kandir está prevista no texto. Oficialmente, a LDO não trata de valores, que é feito no projeto de Orçamento. Mas a jogada foi prever valor mínimo igual ao deste ano, R$ 5,4 bilhões, para serem repassados aos estados. Detalhe: também foi previsto o pagamento de R$ 1,7 bilhão que o governo deve desde 2007.
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