Há mais de 13 anos, nos surpreendemos com as administrações do PT. Não fogem da memória escândalos recorrentes produzidos por gestores que, agarrados aos poderes, fazem do público o privado.
Posam de vítimas e não sabem de nada, e a nação paga a festa. Contudo, de um modo geral, a forma como os governantes (principalmente os do PT) regem suas administrações não faz muita diferença, no que tange aos aspectos de acomodações e infraestruturais, que são suas bandeiras utópicas, para se elegerem.
Chama a atenção o cuidado que esses governantes têm com a vida dos outros. Soa falso quando se percebe que o que querem é que entendamos que suas atitudes são provas de sua honestidade. Se for contratado pelo Estado, recebo meus proventos e cabe a mim, com ele, fazer o que der na telha.
Convenhamos: é prudente e necessário fiscalizar? É. O que estranha, é considerar todos como iguais, no que tange ao quesito falcatruas, influências e recebimento de propinas. Por outro lado, vê-se o país desprestigiado internacionalmente por causa de políticas econômicas desastrosas, perpetradas por integrantes do Partido dos Trabalhadores há 13 anos. Para consertar erros, não precisa penalizar colaboradores.
Nada contra a declaração de bens exigida quando da admissibilidade no serviço público, o que se repudia é a vigília pretensa com o fito de moralizar o espectro administrativo, que deixa a desejar. O que a norma elenca, como forma de investigar, é uma invasão sem precedentes; regimes totalitários fazem isso.
São essas atitudes que amargaremos, até que chegue 2018. Se o objetivo é sanar a corrupção nos meandros palacianos, que sejam contratadas pessoas idôneas, de comprovada competência laborativa, e se faça uma ‘cirurgia na máquina’, retirando os que, pendurados no governo, sugam, sem nenhum compromisso, a dinâmica administrativa.