No início de 2009, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrava
no penúltimo ano do segundo mandato. Olhou para um lado, para o outro e
deve ter pensado com seus botões: quem lançar como candidato na disputa
pela minha sucessão? Alguns petistas mais atrevidos chegaram a cogitar a
hipótese de alterar a Constituição e permitir um terceiro mandato.
Afinal, argumentavam, não foi isso o que fez Fernando Henrique Cardoso
(PSDB) com a reeleição quando estava no poder? A sabedoria política de
Lula, no entanto, não permitiu. Ele sabe que o Brasil não é uma
Venezuela e que ele próprio não tem vocação para ser um Hugo Chávez.
Ali, bem pertinho de seu gabinete no Palácio do Planalto, no entanto, estava a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Nunca havia disputado uma eleição, mas coordenava o doce de coco de seu governo, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Como faltava mais de um ano para o pleito, nada impedia que Lula a pusesse a tiracolo, visitando as obras que já haviam começado, lançando a pedra fundamental das que estavam só no papel. Era garantia de imagens na TV e de fotos na capa dos jornais. Deu certo.
Agora, é a vez de a política provocar as suas ironias. Se há uma eleição que é questão de honra para o ex-presidente Lula vencer é a disputa pela Prefeitura de São Paulo. Mais uma vez, quis inovar. Hoje ministra da Cultura (já tinha chefiado a pasta de Turismo e foi na época do apagão aéreo), a senadora Marta Suplicy (PT) era o nome natural. Lula impôs Fernando Haddad, ex-ministro da Educação. Acreditava que ele poderia fazer na eleição paulistana o mesmo papel que Dilma fez na disputa presidencial de 2010. Haddad ainda briga com José Serra (PSDB) para ver quem vai para o segundo turno. Aí vem a ironia do destino: quem é convocada para fazer a diferença na reta final? A presidente Dilma Rousseff sobe amanhã no palanque de Haddad. A criatura a serviço do criador.
Ali, bem pertinho de seu gabinete no Palácio do Planalto, no entanto, estava a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Nunca havia disputado uma eleição, mas coordenava o doce de coco de seu governo, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Como faltava mais de um ano para o pleito, nada impedia que Lula a pusesse a tiracolo, visitando as obras que já haviam começado, lançando a pedra fundamental das que estavam só no papel. Era garantia de imagens na TV e de fotos na capa dos jornais. Deu certo.
Agora, é a vez de a política provocar as suas ironias. Se há uma eleição que é questão de honra para o ex-presidente Lula vencer é a disputa pela Prefeitura de São Paulo. Mais uma vez, quis inovar. Hoje ministra da Cultura (já tinha chefiado a pasta de Turismo e foi na época do apagão aéreo), a senadora Marta Suplicy (PT) era o nome natural. Lula impôs Fernando Haddad, ex-ministro da Educação. Acreditava que ele poderia fazer na eleição paulistana o mesmo papel que Dilma fez na disputa presidencial de 2010. Haddad ainda briga com José Serra (PSDB) para ver quem vai para o segundo turno. Aí vem a ironia do destino: quem é convocada para fazer a diferença na reta final? A presidente Dilma Rousseff sobe amanhã no palanque de Haddad. A criatura a serviço do criador.