Alea jacta est, e a sorte está lançada com a eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara. Falam alguns entendidos que foi vitória do establishment. Ao pesquisar a sinonímia desse termo, veremos que ela mostra algumas definições: 'uma manutenção de certa ordem econômica, social e política de um Estado', ou em outro patamar, de forma talvez depreciativa, diz que 'é um grupo de indivíduos com maior poder de fogo nas atividades gerais'.
Na verdade, o que assistimos foi a uma grande vitória de três eixos: direita, centro e esquerda inteligente e moderada. Os deputados também se cansaram de tantas anomalias do partido falido e agora, à mercê, juntamente com seus aliados, das decisões nacionais. Vimos também, sob outro prisma, a prova cabal do fim dos tempos destes picaretas que assaltaram o país em todos os níveis e sob todas as formas.
Passo a passo, vão se explodindo tal qual bombas juninas. O país agora caminhará mais leve, na união fortalecida entre a Câmara, com seu presidente jovem, agregador, dinâmico e inteligente, e o governo Temer. Há pouco o que temer, tudo indica. Falta apenas o Senado romper com sua linhagem espúria e medíocre. A frase que abre esta carta refere-se à Julio César, imperador romano, ao tomar a decisão de cruzar o Rio Rubicão com suas legiões, em 49 a.C. César parecia indeciso ao se aproximar do rio e, segundo ele, ao sentir uma aparição sobrenatural decide que a sorte estaria então lançada.
A Câmara está em novas mãos, nada de sobrenatural, apenas a vitória de uma esperança de tempos novos. Quem precisa agora de algo positivo e sobrenatural é o indigesto comando do Senado.