Ministro Dias Tófolli... nana-nenê! |
O julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) teve ontem
seu momento de feriadão. A rima é pobre, mas é fato que não houve
sessão na sexta-feira. Afinal, os ministros e ministras não são de ferro
e as sessões são realmente cansativas. Eles trabalham em média 6 horas por dia, tem amplos gabinetes, carros com motorista, um infindável número de mazelas - uma vida realmente sofrida!
Só que,
mesmo no feriadão, os ministros tomaram uma decisão importante e
conseguiram, pelo menos por ora, encerrar uma polêmica entre o relator,
Joaquim Barbosa, e o revisor, Ricardo Lewandovski. Barbosa quer julgar
os réus por tipos de crime. Lewandovski preferia fazer o julgamento em
bloco no final das alegações do relator. Prevaleceu a tese de Barbosa.
Já
na quinta-feira, Lewandovski tinha admitido que seria voto vencido. Ele
e Barbosa têm feito uma guerra jurídica surda desde o início dos
trabalhos do Supremo nesse caso. Até com cenas que, no mínimo, fazem
estranhar os mais acostumados aos ritos jurídicos na mais alta corte do
país. Mas deixa para lá, a gente tá acostumado com baixaria até mesmo na Suprema Côrte do pais. Os embates, pelo menos, servem para animar um
pouco as discussões e tirar um pouco do sono da plateia.
Ao
participar da cerimônia de posse de procuradores federais que vão
reforçar a Advocacia Geral da União, o presidente do Supremo, ministro
Ayres de Britto, confirmou que será seguido o rito sugerido pelo relator
Joaquim Barbosa. “Vai ser fatiado, de acordo com a metodologia adotada
pelo ministro Joaquim Barbosa quando do recebimento da denúncia. Mesmo
método, por capítulos”, explicou Ayres de Britto.
Como prevaleceu o voto
por bloco, os ministros bem que deveriam ter aproveitado e comido
também um bom bolo de chocolate. Devidamente fatiado, é claro. É
importante salientar que estamos falando de bolo de chocolate, que fique
bem entendido. Afinal, fatiado como será o julgamento, algum gaiato
poderia dizer que era uma pizza. Tudo indica até agora que não será.