A solenidade era para anunciar o pacote de concessões do setor
aeroportuário, que, aliás, depois de um longo e tenebroso inverno,
inclui finalmente Confins na lista, na companhia do Galeão. E foi
suficiente para a presidente Dilma Rousseff, em rara animação, dar asas à
imaginação e voar nas turbinas do otimismo sobre a retomada do
crescimento econômico. E isso um dia depois de o ministro da Fazenda,
Guido Mantega, ter anunciado que o crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) não vai conseguir decolar, vai ficar, nas expectativas mais
otimistas, estacionado no hangar da esperança de que dias melhores
virão.
Dilma estava inspirada e foi buscar no passado a expressão para a grande promessa de 2013: “Teremos um 2013 de crescimento e avanço da nossa economia. Queremos um crescimento sustentável, que seja constante”. E foi além. A presidente previu um “pibão grandão” para o ano que vem.
O “pibão” entrou na política na disputa presidencial de 2010, mais especificamente em junho, quando a campanha começava a esquentar. Naquela época, os jornais anunciavam com destaque que a expectativa de crescimento do PIB chegaria a 9% no fim do ano, um índice inédito, de tão grande, em todas as disputas presidenciais desde a redemocratização do país.
Com uma locomotiva econômica dessa puxando vagões de votos, sem contar que o maquinista, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também tinha índices recordes de aprovação, a candidatura Dilma, uma neófita que nunca tinha disputado uma eleição e começava logo na disputa presidencial, ganhou querosene suficiente para voar em céu de brigadeiro. Ganhou as eleições.
Pois é, resta saber se a economia vai mesmo decolar no ano que vem. A equipe econômica vai manter as desonerações de alguns setores – com o chapéu alheio, como a redução do IPI compartilhada com os estados –, mas já fez isso este ano e o voo foi marcado mesmo pela grande quantidade de turbulências.
Dilma estava inspirada e foi buscar no passado a expressão para a grande promessa de 2013: “Teremos um 2013 de crescimento e avanço da nossa economia. Queremos um crescimento sustentável, que seja constante”. E foi além. A presidente previu um “pibão grandão” para o ano que vem.
O “pibão” entrou na política na disputa presidencial de 2010, mais especificamente em junho, quando a campanha começava a esquentar. Naquela época, os jornais anunciavam com destaque que a expectativa de crescimento do PIB chegaria a 9% no fim do ano, um índice inédito, de tão grande, em todas as disputas presidenciais desde a redemocratização do país.
Com uma locomotiva econômica dessa puxando vagões de votos, sem contar que o maquinista, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também tinha índices recordes de aprovação, a candidatura Dilma, uma neófita que nunca tinha disputado uma eleição e começava logo na disputa presidencial, ganhou querosene suficiente para voar em céu de brigadeiro. Ganhou as eleições.
Pois é, resta saber se a economia vai mesmo decolar no ano que vem. A equipe econômica vai manter as desonerações de alguns setores – com o chapéu alheio, como a redução do IPI compartilhada com os estados –, mas já fez isso este ano e o voo foi marcado mesmo pela grande quantidade de turbulências.