No dia seguinte à aprovação do salário mínimo de R$ 545 no Senado e ainda festejando a grande maioria de votos na Casa, depois de um tremendo troca-troca, o governo Dilma Rousseff anuncia que enviará ao Congresso, nos próximos dias, a medida provisória que reajusta a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em 4,5%. O anúncio foi feito pelo ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Luiz Sérgio. Promessa é dívida. Nas negociações pelo mínimo, a correção do IR entrou como contraponto para a classe média. O Palácio do Planalto vai cumprir o combinado. Por essas e por outras é que o juiz mineiro Edilson Rumbelsperger Rodrigues, disse que mulher é a desgraça do mundo. Que absurdo!
A oposição, por outro lado, quer o terceiro turno da votação do novo salário mínimo. Vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar barrar a possibilidade de o governo legislar via decreto no tema, o que foi incluído no projeto aprovado no Senado. Faz parte. Depois de terem sido literalmente arrasados em plenário, DEM e PSDB têm que procurar outro caminho para fazer barulho. Se vai dar certo, ninguém sabe. O efeito também não é tão ruim assim para o governo. Se não puder ser por decreto, que siga os trâmites normais. Maioria para isso, tanto entre deputados quanto com os senadores, a presidente Dilma já mostrou que tem. O decreto só iria facilitar a vida e evitar que descontentes tivessem oportunidade de mandar seus recados.
No primeiro grande embate no Congresso (grande? kkkkk!!!) a presidente Dilma mostrou força. Bateu o pé no salário mínimo menor, agradou ao empresariado com a decisão e sinalizou para o mercado que a prioridade é não deixar a inflação sair do controle. Não se rendeu à demagogia fácil de subir o mínimo mais um pouquinho para capitalizar politicamente.O juiz mineiro Edilson Rumbelsperger Rodrigues, aquele da Vara especial, não pode continuar achando que mulher é a desgraça do mundo, ela é esperta. Burro é vossa excelência...