O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, tem na ponta da língua a resposta para os companheiros que reclamam uma participação maior nas políticas municipais e estadual. Ele lembra que um dos principais programas do governo Dilma Rousseff está sob sua responsabilidade, o Plano Brasil Maior. E, se a chefe manda viajar ou tocar projetos importantes, ele é obrigado a obedecer. Por isso, às vezes ele fica sumido mesmo.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Zero a esquerda
No exercício do comando da Câmara dos Deputados, a vice-presidente Rose de Freitas (PMDB-ES) bem que poderia fazer uma graça com os colegas e colocar, por exemplo, o projeto do novo Código Florestal em pauta. Mas não fará nada disso. É a velha expectativa de poder. Apesar do acordo entre PT e PMDB em torno da candidatura de Henrique Eduardo Alves na sucessão de Marco Maia, Rose pode ter sido mordida pela mosca azul dos elogios que recebeu da presidente Dilma Rousseff nas comemorações do Dia da Mulher na Casa.
Em se plantando, tudo dá
Ainda resta uma esperança no país que conseguiu, por pura pressão da sociedade, tanto que o projeto foi de iniciativa popular, implantar a ficha limpa nas eleições. Nova vitória foi conquistada ontem na votação, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, da proposta que acaba com o 14º e o 15º salários no Congresso. É apenas um primeiro passo, muita água ainda terá de passar debaixo da ponte da moralidade, mas já é um bom começo. Por unanimidade, a CAE fez o projeto andar. Poderia, na prática, ter colocado uma pá de cal no assunto. Rejeitado, o assunto iria mofar nas gavetas das comissões do Senado até chegar ao arquivo morto.
É preciso ir devagar com o andor, porque o santo é de barro e ainda há um longo percurso a percorrer na procissão para acabar com os salários extras, curiosamente batizados de verba do paletó. Que ternos caros são esses? Bem, deixa para lá. O preço da democracia é a eterna vigilância e a sociedade precisa ficar atenta aos próximos passos. Que não serão poucos. A proposta precisa passar pelo plenário do Senado. Se aprovada, segue para a Câmara dos Deputados, onde seguirá o trâmite das comissões técnicas até chegar também ao plenário. É um caminho longo, mas possível de ser vencido.
A sociedade precisa ficar atenta também para as mesmas regalias que existem na porra do poder judiciário. O debate já está aberto graças ao CNJ, mas boa parte dos juizes preferem não firmar compromisso com o desejo da população. Mas a semente que foi plantada ontem na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, se for regada pelos eleitores e eleitoras, pode germinar e dar frutos pelo país afora. Quem sabe até se transformar numa verdadeira floresta amazônica em defesa da ética e transparência no poder público.
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