Só se o santo das causas impossíveis for muito forte e de grande devoção
da presidente Dilma Rousseff. É muito pequena a possibilidade de o
plenário da Câmara dos Deputados aprovar a Medida Provisória dos Portos,
como ela pediu ontem, durante a posse do ministro Afif Domingos na
Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Como não poderia deixar de ser, o
presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
resolveu atender o apelo feito por Dilma e marcou sessão na
segunda-feira às 18h para votar a MP. A pressa, neste caso, não é
inimiga da perfeição. É amiga da necessidade. A medida provisória caduca
na quinta-feira e ainda precisa ser aprovada pelo Senado. Até o tempo
joga contra os interesses do Palácio do Planalto.
A turma envolvida em matar a MP dos Portos ou, pelo menos, descaracterizá-la completamente não é fácil de ser convencida. Começa com o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), e pelo líder do PR, Anthony Garotinho (RJ), o orador do discurso que derrubou a sessão na quarta-feira. Para piorar a situação, a medida provisória recebeu nada menos que 28 destaques de votação em separado, que promovem mudanças radicais nas regras propostas pelo governo. Vieram do PMDB, é claro, mas também de outros partidos, como PSB, PDT e DEM. Isso significa, na prática, que, sem acordo, a MP não passa.
Até porque o deputado Anthony Garotinho pôs lenha na fogueira. Afirmou da tribuna, com todas as letras, que a medida virou um balcão de negócios. E repetiu mesmo depois de ter sido ameaçado pelos colegas de processo no Conselho de Ética da Casa. A frase do presidente Henrique Eduardo Alves ao decidir encerrar a sessão diz tudo: “Não quero que esta Casa se exponha mais. Está encerrada a sessão”. Dilma pode até insistir em expor a Câmara dos Deputados a um novo vexame, mas atingir o seu objetivo de aprovar a medida provisória é sonho numa noite de outono em plena segunda-feira.
A turma envolvida em matar a MP dos Portos ou, pelo menos, descaracterizá-la completamente não é fácil de ser convencida. Começa com o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), e pelo líder do PR, Anthony Garotinho (RJ), o orador do discurso que derrubou a sessão na quarta-feira. Para piorar a situação, a medida provisória recebeu nada menos que 28 destaques de votação em separado, que promovem mudanças radicais nas regras propostas pelo governo. Vieram do PMDB, é claro, mas também de outros partidos, como PSB, PDT e DEM. Isso significa, na prática, que, sem acordo, a MP não passa.
Até porque o deputado Anthony Garotinho pôs lenha na fogueira. Afirmou da tribuna, com todas as letras, que a medida virou um balcão de negócios. E repetiu mesmo depois de ter sido ameaçado pelos colegas de processo no Conselho de Ética da Casa. A frase do presidente Henrique Eduardo Alves ao decidir encerrar a sessão diz tudo: “Não quero que esta Casa se exponha mais. Está encerrada a sessão”. Dilma pode até insistir em expor a Câmara dos Deputados a um novo vexame, mas atingir o seu objetivo de aprovar a medida provisória é sonho numa noite de outono em plena segunda-feira.