Juiz João Batista Damasceno do TJRJ - anda armado a despeito do estatuto do desarmamento. |
O Juiz Damasceno, famoso por proteger Black Blocs e por sua aversão á PM, integrante do movimento “Juízes pela Democracia”, passou dos limites. Armado de uma pistola, ele e o Desembargador Walmir Silva, ex-corregedor do TJRJ, travaram um duelo digno de faroeste pastelão.
Enquanto
um tinha uma pistola, o outro se protegia atrás de seguranças e
ameaçava avançar sobre o seu desafeto, mas ia e voltava como um ioiô.
Cômico se não fosse o trágico retrato da justiça carioca, onde Juízes
desrespeitam a Lei Seca, andam armados a despeito do estatuto do
desarmamento, intimidam empresas para demitir seus desafetos por e-mail,
juntam como documento de identificação em suas ações, porte de arma,
mandam prender trabalhadores e trocam favores em polpudas ações
indenizatórias e por aí vai...
Na
verdade, está difícil distinguir quem é bandido ou mocinho no Tribunal
de Justiça do Rio de Janeiro, onde casos de corrupção são abafados e o
autoritarismo impera não só com a população em geral, mas entre eles
mesmos. É lobo comendo lobo. Sapo comendo cobra. A coisa está feia,
minha gente. Esse Desembargador, ex-corregedor, é da área criminal e o
outro que era de Vara de Família, foi recentemente alocado na 1ª Vara de
Órfãos e Sucessões da Capital. Antes disso tudo, ele vivia escondido na
comarca de Nova Iguaçu fazendo e comendo pizzas em sua residência.
Julgar que é bom...
Se
houver transparência no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, esses
dois Magistrados devem ser afastados preventivamente, julgados e, diante
das provas, serem afastados de suas atividades jurisdicionais. Como um
Desembargador criminal, terá moral para julgar um criminoso, diante do
crime por ele mesmo perpetrado? Como esse Juiz, conhecido insurgente,
pode empunhar uma arma dentro de um prédio público, ameaçando vidas e
ficar impune?
Esta
é a hora de se diferenciar os homens dos meninos, como se diz nos EUA. É
o primeiro desafio do novo presidente do Tribunal de Justiça carioca e
vamos acompanhar de perto a sua conduta em lidar com esses dois, que
sequer merecem serem chamados de Magistrados. São marginais mesmo. Mas
essa não seria a primeira vez. Já houve Desembargador dando cabeçada em
outro dentro do posto bancário do fórum central e tudo acabou em pizza
(não feita pelo Damasceno!).
Hoje
um deles comanda uma câmara cível e preside o Tribunal Eleitoral, tira
onda com óculos sem grau e cita Carnelutti em seus julgamentos,
criticando advogados que assumem o que ele chama de “ar professoral”. Na
verdade, ele critica advogados que sabem mais do que ele, pois se acha o
supra sumo dos Magistrados, quando sabemos que não chega ao dedo do pé
de muitos outros, que realmente tem vocação para julgar e não apego ao
poder. Não são políticos, são Juízes e sabem o seu lugar e importância
na sociedade.
O
desafio do novo presidente não será apenas logístico, mas o de
recuperar a imagem institucional do Poder Judiciário, que de tão suja e
esfarrapada, não mais impõe respeito a ninguém.
A
imagem do Juiz, antes impoluta, agora está associada a marginalidade.
Sabe-se que os concursos são manipulados, liminares e acórdãos vendidos,
distribuição manipulada, acordos são feitos com empresas notoriamente
problemáticas, como a Serasa e SPC, concessionárias e empresas que fazem
acordos, são beneficiadas com valores indenizatórios ínfimos, enfim, o
novo presidente do TJRJ terá que mostrar para que veio. Se para fechar
os olhos, dizendo que a justiça é cega (mas tem um olho para os ricos)
ou se vai trabalhar de verdade para moralizar a instituição. Essa é
hora, presidente.
Assistam o vexame!
/http://oglobo.globo.com/videos/t/todos-os-videos/v/juiz-grava-momento-em-que-saca-arma-durante-bate-boca-com-desembargador/3942177/