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Quem será o vice de Marina, Cristovam Buarque? |
Embora todos os presidenciáveis façam questão de negar, o jogo
sucessório de 2014 já começou. E vai esquentar nos próximos meses. O PT,
por exemplo, inventou as comemorações de seus 10 anos no poder e vai
pôr o ex-presidente Lula em caravana pelo país afora nas festividades. A
presidente Dilma Rousseff deve ser mais discreta, mas participará das
mais importantes. Não é saudade das caravanas da cidadania do passado
petista. É campanha eleitoral mesmo.
Na oposição, os movimentos,
também velados, já começaram. Pelo menos um telefonema do governador de
Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), para o presidente do PDT, Carlos Lupi,
teve testemunhas. Ouviram o que o pedetista dizia, não o que o
presidente do PSB falava. Mas não era difícil decifrar o que Campos
pretendia: manter uma porta aberta para o PDT em eventual aliança.
Só
que o senador Aécio Neves (PSDB-MG), com uma providencial mãozinha e
uma caneta do governador Antonio Anastasia (PSDB) também se mexe. O
deputado José Silva foi alçado ao cargo de secretário de Estado de
Trabalho e Emprego, abrindo vaga para o deputado Mário Heringer
(PDT-MG), primeiro suplente, assumir na Câmara. Silva é Brizola Neto, o
ministro do Trabalho que fez questão de comparecer em sua posse.
Heringer é Lupi. E também Aécio roxo.
O senador mineiro costura a
paz em seu PSDB, de olho nas inserções de 30 segundos que o partido
terá neste semestre, no próximo e no primeiro de 2014. É caminho para se
tornar mais conhecido no país. Esteve com José Serra em São Paulo, o
que pouca gente ficou sabendo. A conversa foi amistosa e avançou.
Dilma
garantiu o PMDB com a sucessão no Congresso. Afastou Campos, que queria
ser vice. O pernambucano está com as asinhas de fora. Aécio cumpre o
seu cronograma. E a novidade é Marina Silva, com a também nova legenda. A
corrida começa embolada, apesar de as pesquisas apontarem grande
favoritismo para os petistas.