Agora vai. A CPI do Cachoeira já encontrou a sua primeira polêmica.
Alguma fraude em licitação pública milionária? Envolvimento de uma alta
autoridade do governo? Alguma coisa escandalosa? Nada disso: o principal
problema da CPI atualmente é a sala secreta no Senado onde ficarão
guardados os documentos sigilosos que foram entregues ao Congresso pelo
Supremo Tribunal Federal. Os poucos parlamentares que se deram ao
trabalho de estar cedo em Brasília em plena segunda-feira para ter
acesso aos documento desfiaram um verdadeiro rosário de queixas sobre o
tamanho da sala e os cuidados determinados pelo presidente da comissão,
senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que obriga que os integrantes da CPI
assinem termo de compromisso e deixem do lado de fora celulares e
câmeras fotográficas.
O problema é que todo esse cuidado é em vão. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) foi direto ao ponto. Afirmou com convicção, depois de consultar os documentos, nada ter visto que já não tivesse sido publicado pela imprensa, De fato, praticamente todo o inquérito já é de domínio público, inclusive os diálogos comprometedores que desmascaram, por exemplo, o papel de mocinho que fazia o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), o outrora paladino da moralidade e do combate à corrupção no Congresso.
É nesse clima que a CPI vai começar de fato esta semana, com depoimentos de delegados e procuradores, que devem ser secretos. Márcio Tomáz Bastos, advogado de Carlinhos Cachoeira, cujo depoimento está previsto para a semana que vem, já adiantou ter orientado seu cliente a nada dizer na CPI. Vai ser um tal de “reservo-me o direito de ficar calado para cá”, “reservo-me o direito de ficar calado para lá”, e nada vai andar. A CPI começa onde a Polícia Federal já passou faz tempo. Ficará difícil se continuar assim. Só para lembrar: as eleições de prefeitos, futuros cabos eleitorais de deputados e senadores, já estão quase dobrando a esquina.
O problema é que todo esse cuidado é em vão. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) foi direto ao ponto. Afirmou com convicção, depois de consultar os documentos, nada ter visto que já não tivesse sido publicado pela imprensa, De fato, praticamente todo o inquérito já é de domínio público, inclusive os diálogos comprometedores que desmascaram, por exemplo, o papel de mocinho que fazia o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), o outrora paladino da moralidade e do combate à corrupção no Congresso.
É nesse clima que a CPI vai começar de fato esta semana, com depoimentos de delegados e procuradores, que devem ser secretos. Márcio Tomáz Bastos, advogado de Carlinhos Cachoeira, cujo depoimento está previsto para a semana que vem, já adiantou ter orientado seu cliente a nada dizer na CPI. Vai ser um tal de “reservo-me o direito de ficar calado para cá”, “reservo-me o direito de ficar calado para lá”, e nada vai andar. A CPI começa onde a Polícia Federal já passou faz tempo. Ficará difícil se continuar assim. Só para lembrar: as eleições de prefeitos, futuros cabos eleitorais de deputados e senadores, já estão quase dobrando a esquina.