A argumentação da direção de hospitais públicos para a falta de médicos
plantonistas e mesmo de atendimento diário normal foi que em janeiro os
médicos saem de férias e houve muitas demissões, sendo que as
reposições demandam dias para sua efetivação. Além de ser um
autoatestado de incompetência, isso é o resultado do processo de
nepotismo nas entidades públicas, pois um hospital, ou qualquer outro
órgão que exerça atividades profissionais contínuas, sejam de qualquer
natureza, necessita ter seus quadros técnico-administrativos capacitados
a elaborar um planejamento de férias distribuídas no curso de cada ano,
análise de rotatividade de pessoal, controle de absenteísmo, isso na
área de pessoal; fora as demais áreas, como suprimento, contabilidade,
administração financeira.
O país está precisando de uma limpeza, a
começar do Executivo, nas diversas esferas: federal, estadual e
municipal. O Legislativo idem, passando pelo Judiciário, transitando
pelos ministérios e secretarias, pelas direções dos órgãos públicos,
pelas administrações de repartições e terminando no pessoal da faxina e
do cafezinho. Porque em país que falta comida em hospital as pessoas se
vendem por R$ 70, prefeituras estão sendo iluminadas por lamparinas e
mata-se por R$ 7. Está tudo errado.