O ministro Mantega anunciou a decisão do governo de não elevar o IPI dos
automóveis, o que estava previsto. Ele justificou a medida afirmando
que a indústria automobilística gera muitos empregos. Acho que tem
razão. Considerados o nível de educação da população e a qualidade das
estradas brasileiras, o aumento da produção de veículos provocará, sem
dúvida, aumento dos seguintes empregos: motorista de caminhão de
resgate, motorista de rabecão, motorista de guindaste para a remoção de
destroços, médico legista, carpinteiro para fábrica de caixões, coveiro,
padre para missa de sétimo dia, piloto de helicóptero de salvamento,
médico de pronto-socorro, psiquiatra para motoristas urbanos e psicólogo
para órfãos. A criação desses empregos será paga com vidas, mas e daí?
Emprego é emprego.
sexta-feira, 5 de abril de 2013
João Alberto Escobar de Andrade o mico da justiça do RS
O Conselho Seccional da OAB-RS decidiu, por unanimidade,
conceder desagravo público ao advogado Gilmar Canquerino (OAB-RS nº
35.241), que foi alvo de conduta desrespeitosa praticada, por escrito,
pelo oficial de justiça João Alberto Escobar de Andrade, da comarca de
Caxias do Sul.
O advogado Canquerino atua como defensor de três partes, numa ação que tramita na 1ª Vara Cível dali (proc. nº 11000114759). No feito ocorreram - via petições e certidão - divergências entre o advogado e o oficial. O profissional da Advocacia reclamou contra a demora nas citações e apontou falhas no agir do meirinho.
Numa passagem dos autos, o servidor lançou longa certidão redigida em mais de uma centena de versos, distribuídos ao longo de 15 estrofes, algumas com rimas homofônicas, outras com rimas brancas.
Em passagens da certidão, o oficial Escobar de Andrade discorre que...
"Neste mês primaveril e consultando os meus “botões”
Fui dando rédeas e cancha larga ao pensamento
E percebi que vai cruzando a galopito o tempo
E nós aqui “debulhando” mandados.
E nesta pressa, lembrei que neste Sul nunca me causou surpresa
Dar de cara com algum malino, xereta ou tramposo,
Desses tipos que ninguém ainda aparou o toso,
E muito menos conseguiu pôr-lhe um pé-de-amigo
Pra quebrar-lhe o ímpeto, o jeito e a arrogância.
Por essas e outras,
Sempre mantive o olho aberto e distância
De quem se finge de rengo e de amigo".
(...)
Mas uma coisa é certa e todos devem saber,
que sou gaúcho, sou missioneiro e sou serventuário
desta “Casa Grande” ou Fórum e do nosso Judiciário,
e sigo cabrestando meus destinos e meu fadário,
os anseios, as mágoas e a saudade vou levando por diante,
mas é a nostalgia que faz com que eu cante
e de ninguém costumo aceitar cambalacho,
sempre ando cruzando “antenado” e bem a cavalo, nunca levei rodada e nem pialo,
como também não me atinge o que vem debaixo".
Em processo administrativo na comarca de Caxias do Sul, o juiz Daniel Henrique Dumer aplicou ao oficial de justiça a pena de advertência por escrito. O magistrado apontou o uso de "expressões não condizentes com a função pública". Um mês depois, o servidor se aposentou.
No Conselho Seccional da OAB-RS, conforme o voto da relatora, conselheira Cristiane da Costa Nery, "palavras como ´malino, xereta e tramposo´ demonstram de forma inequívoca o desrespeito ao profissional da Advocacia".
O presidente da Ordem gaúcha, Marcelo Bertoluci, destacou "a importância de a entidade não abrir mão da defesa das prerrogativas, porque quando um advogado é ofendido no pleno exercício de sua profissão, a classe deve se assomar".
O dirigente salientou que "o exercício da Advocacia é condição essencial de sobrevivência de uma democracia, pois os advogados defendem os interesses da sociedade".
O desagravo público é uma medida analisada e em certos casos deferida pelo Conselho Pleno da OAB/RS, em favor de advogado que tenha sido ofendido no exercício da profissão ou em razão dela.
Com a decisão, caberá à diretoria da OAB-RS designar a data da solenidade de desagravo, fixando o local de sua realização: se em Caxias do Sul (comarca onde ocorreu a ofensa), ou em Alvorada - onde o advogado ofendido tem seu escritório. (Proc. nº 303640/12).
O advogado Canquerino atua como defensor de três partes, numa ação que tramita na 1ª Vara Cível dali (proc. nº 11000114759). No feito ocorreram - via petições e certidão - divergências entre o advogado e o oficial. O profissional da Advocacia reclamou contra a demora nas citações e apontou falhas no agir do meirinho.
Numa passagem dos autos, o servidor lançou longa certidão redigida em mais de uma centena de versos, distribuídos ao longo de 15 estrofes, algumas com rimas homofônicas, outras com rimas brancas.
Em passagens da certidão, o oficial Escobar de Andrade discorre que...
"Neste mês primaveril e consultando os meus “botões”
Fui dando rédeas e cancha larga ao pensamento
E percebi que vai cruzando a galopito o tempo
E nós aqui “debulhando” mandados.
E nesta pressa, lembrei que neste Sul nunca me causou surpresa
Dar de cara com algum malino, xereta ou tramposo,
Desses tipos que ninguém ainda aparou o toso,
E muito menos conseguiu pôr-lhe um pé-de-amigo
Pra quebrar-lhe o ímpeto, o jeito e a arrogância.
Por essas e outras,
Sempre mantive o olho aberto e distância
De quem se finge de rengo e de amigo".
(...)
Mas uma coisa é certa e todos devem saber,
que sou gaúcho, sou missioneiro e sou serventuário
desta “Casa Grande” ou Fórum e do nosso Judiciário,
e sigo cabrestando meus destinos e meu fadário,
os anseios, as mágoas e a saudade vou levando por diante,
mas é a nostalgia que faz com que eu cante
e de ninguém costumo aceitar cambalacho,
sempre ando cruzando “antenado” e bem a cavalo, nunca levei rodada e nem pialo,
como também não me atinge o que vem debaixo".
Em processo administrativo na comarca de Caxias do Sul, o juiz Daniel Henrique Dumer aplicou ao oficial de justiça a pena de advertência por escrito. O magistrado apontou o uso de "expressões não condizentes com a função pública". Um mês depois, o servidor se aposentou.
No Conselho Seccional da OAB-RS, conforme o voto da relatora, conselheira Cristiane da Costa Nery, "palavras como ´malino, xereta e tramposo´ demonstram de forma inequívoca o desrespeito ao profissional da Advocacia".
O presidente da Ordem gaúcha, Marcelo Bertoluci, destacou "a importância de a entidade não abrir mão da defesa das prerrogativas, porque quando um advogado é ofendido no pleno exercício de sua profissão, a classe deve se assomar".
O dirigente salientou que "o exercício da Advocacia é condição essencial de sobrevivência de uma democracia, pois os advogados defendem os interesses da sociedade".
O desagravo público é uma medida analisada e em certos casos deferida pelo Conselho Pleno da OAB/RS, em favor de advogado que tenha sido ofendido no exercício da profissão ou em razão dela.
Com a decisão, caberá à diretoria da OAB-RS designar a data da solenidade de desagravo, fixando o local de sua realização: se em Caxias do Sul (comarca onde ocorreu a ofensa), ou em Alvorada - onde o advogado ofendido tem seu escritório. (Proc. nº 303640/12).
Fonte: www.espacovital.com.br
Vem troco?
Os deputados e senadores do PR já não tinham ficado satisfeitos com a
escolha da presidente Dilma Rousseff. Preferiam voltar ao governo com um
deputado no comando do poderoso Ministério dos Transportes. O escolhido
foi o ex-governador da Bahia César Borges, que ocupava uma
vice-presidência no Banco do Brasil. Mesmo assim, compareceram em peso à
solenidade de posse do novo ministro. Quem sabe para passar a ideia de
que ele está prestigiado entre seus pares. Aí veio o discurso da
presidente Dilma Rousseff. Entre os elogios de praxe e a certeza da
fidelidade dos republicanos nesta volta ao primeiro escalão, Dilma
reservou uma surpresa em sua fala. Nada agradável aos ouvidos dos nobres
parlamentares presentes.
A presidente Dilma avisou com todas as letras que o Ministério dos Transportes não será entregue a César Borges de porteira fechada. Tradução simultânea: ficam de fora as verdadeiras joias da coroa da pasta: o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Valec, a empresa de construção de ferrovias. Não soou como música aos ouvidos republicanos o anúncio de que os dois órgãos continuarão com seus respectivos comandantes. Mudanças, só se a própria presidente achar necessário.
Não é à toa que, à boca miúda no Congresso, os deputados e alguns senadores do PR não garantiam, mesmo tendo voltado ao primeiro escalão do governo, compromisso com a chapa de reeleição da presidente Dilma Rousseff no ano que vem. Na hora agá, vão colocar o passe à venda. Quem dá mais?
Dilma manteve o seu estilo. Queria o PR de volta, mas não desejava por nada deste mundo repetir os problemas que teve com o presidente da legenda, o senador Alfredo Nascimento (PR-AM), quando ele comandou o Ministério dos Transportes. Fez sua escolha pessoal. Mesmo os republicanos mais rebeldes tiveram que engolir. Vem troco?
A presidente Dilma avisou com todas as letras que o Ministério dos Transportes não será entregue a César Borges de porteira fechada. Tradução simultânea: ficam de fora as verdadeiras joias da coroa da pasta: o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Valec, a empresa de construção de ferrovias. Não soou como música aos ouvidos republicanos o anúncio de que os dois órgãos continuarão com seus respectivos comandantes. Mudanças, só se a própria presidente achar necessário.
Não é à toa que, à boca miúda no Congresso, os deputados e alguns senadores do PR não garantiam, mesmo tendo voltado ao primeiro escalão do governo, compromisso com a chapa de reeleição da presidente Dilma Rousseff no ano que vem. Na hora agá, vão colocar o passe à venda. Quem dá mais?
Dilma manteve o seu estilo. Queria o PR de volta, mas não desejava por nada deste mundo repetir os problemas que teve com o presidente da legenda, o senador Alfredo Nascimento (PR-AM), quando ele comandou o Ministério dos Transportes. Fez sua escolha pessoal. Mesmo os republicanos mais rebeldes tiveram que engolir. Vem troco?
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