Trouxas! |
A Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista do Cachoeira está praticamente
moribunda. Amanhã, tem reunião administrativa. São mais de 300
requerimentos à espera de votação. O que será aprovado? Bem, pode ser
que as convocações de Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, e
de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor-geral da Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (Dnit), sejam aprovadas. Só que a presença
deles na comissão vai ficar para depois, muito depois.
Eles serão
substituídos na semana que vem pelos deputados Sandes Júnior (PP-GO) e
Rubens Otoni (PT-GO) e ainda Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO), o que
parece mais enrolado. A convocação deles também deve ser aprovada amanhã
e esconde uma estratégia realmente maquiavélica. Não é à toa que o
senador Pedro Taques (PDT-MS) já havia reclamado: “Esta CPI já ouviu o
senador Demóstenes Torres, já ouviu os governadores e os investigados
pela Polícia Federal. Mas até agora nenhum deputado federal foi ouvido.
Daqui a pouco vai virar a CPI do Senado”. O desejo de Taques será
atendido. Os três deputados serão ouvidos. Quando? Na terça-feira que
vem. Depois, o Congresso entra em recesso e o depoimento deles ficará
perdido no tempo. Aliás, no tempo certinho para assar como pizza no
forno.
A CPI está moribunda porque só vai retomar as reuniões em
agosto, quando terá ainda mais concorrência do que a campanha eleitoral,
que já estará esquentando. O julgamento do mensalão começa em 2 de
agosto. Quem é Cachoeira para concorrer com José Dirceu, Delúbio Soares e
tantas outras estrelas petistas processadas no Supremo Tribunal Federal
(STF)? É uma concorrência desleal. Por isso a CPI praticamente já
morreu.