Primeiro ato. Chama o Caetano Veloso. A música é Haiti. Na letra, referência à chacina do Carandiru, o presídio paulista que foi demolido “depois de tanta vergonha causar. E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo/ Diante da chacina de 111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos/Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres/E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos.” O compositor fez uma letra irada, mas o refrão traz o debate para os dias atuais: “Pense no Haiti, reze pelo Haiti/O Haiti é aqui/O Haiti não é aqui”. Afinal, onde fica o Haiti?
Segundo ato. Chama o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Ele fala sobre a imigração ilegal de haitianos para o Brasil. Palavras do chanceler: “Não dá para se tornar a sexta economia do mundo impunemente. Normalmente, as pessoas saíam do Brasil. O Brasil ficou melhor agora. As pessoas querem entrar no Brasil. Naturalmente teremos que estudar como agir diante dessa nova situação. Não são apenas haitianos, mas brasileiros que estão voltando”. Amorim lembrou que o Brasil está no Haiti com as Forças de Paz, mas o governo anunciou que vai restringir a emissão de vistos permanentes para os haitianos que entram ilegalmente no país.
Ato final. O Haiti não é aqui quando anos seguidos de crescimento econômico diminuem a pobreza e formam uma nova classe média, embora o governo ainda tenha que bancar o programa Bolsa-Família. Não é aqui quando presta, como destacou o ministro Celso Amorim, um belo trabalho humanitário com as Forças de Paz. O Haiti é aqui porque ainda há brasileiros passando fome. É aqui quando são divulgadas as estatísticas da violência, o número de homicídios, as mortes no trânsito e tantas outras mazelas. Quem tem razão? Caetano ou Amorim?
Segundo ato. Chama o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Ele fala sobre a imigração ilegal de haitianos para o Brasil. Palavras do chanceler: “Não dá para se tornar a sexta economia do mundo impunemente. Normalmente, as pessoas saíam do Brasil. O Brasil ficou melhor agora. As pessoas querem entrar no Brasil. Naturalmente teremos que estudar como agir diante dessa nova situação. Não são apenas haitianos, mas brasileiros que estão voltando”. Amorim lembrou que o Brasil está no Haiti com as Forças de Paz, mas o governo anunciou que vai restringir a emissão de vistos permanentes para os haitianos que entram ilegalmente no país.
Ato final. O Haiti não é aqui quando anos seguidos de crescimento econômico diminuem a pobreza e formam uma nova classe média, embora o governo ainda tenha que bancar o programa Bolsa-Família. Não é aqui quando presta, como destacou o ministro Celso Amorim, um belo trabalho humanitário com as Forças de Paz. O Haiti é aqui porque ainda há brasileiros passando fome. É aqui quando são divulgadas as estatísticas da violência, o número de homicídios, as mortes no trânsito e tantas outras mazelas. Quem tem razão? Caetano ou Amorim?