Primeiro ele invadiu a sala, onde o conserto da TV subiu 5,44%, passou pela cozinha e pelos quartos, que guardam roupas infantis 10,9% mais caras, chegou à garagem, com aumento de 13,3% no preço do combustível, até estourar no condomínio e outras taxas (9,23%).
A constatação está numa seleção de 61 itens comuns numa casa com poder de compra coberto pelo IPCA,que mostra como é possível calcular o avanço do dragão por cômodos. Na ponta do lápis, a inflação média de uma casa na Grande BH, assim como em outras capitais, em 2011 foi de 6,1% e superou a média no país, de 5,4%.Quem se lembra da antiga canção do poeta Vinicius de Moraes. A casa não vai sentir saudades de 2011. Ao contrário do imóvel descrito pelo poetinha, “era uma casa muito engraçada/não tinha teto, não tinha nada”, o lar acolhedor e repleto dos equipamentos modernos custou muito caro.
A manutenção do lar, que inclui aluguel, condomínio, taxa de água e esgoto, energia elétrica, reparos (ferragens, tinta, material elétrico, entre outros gastos) e empregado doméstico, foi a campeã das altas de preços, com 9,23%, em média, frente a 7,54% no país. A garagem ficou na vice-liderança, com elevação de 6,41%, alçada pela correção dos combustíveis. A média brasileira no item ficou em 3,84%.
COMBUSTÍVEL Na garagem, o reajuste principal de preços veio dos combustíveis, que saltaram 13,38% entre 2010 e 2011. A gasolina acumulou alta de 14% no ano, enquanto o álcool chegou a 18%. A queda na produção de etanol dificultou o suprimento da demanda interna, levando a Petrobras a importar o produto.
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