Senão vejamos. Na minha opinião, tudo medido pelo IBOPE é suspeito. Mais da metade dos brasileiros consideram o governo da presidente Dilma Rousseff ótimo ou bom. Outros 34% acreditam que ele é regular. E 11% o consideram ruim ou péssimo. A aprovação de Dilma subiu desde a última pesquisa realizada pelo Ibope sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para os analistas, os dados indicam que a faxina do lixo deixado por Lula, produzida pela presidente, já que entre os dois levantamentos caíram os ministros da Agricultura, Wagner Rossi, e o do Turismo, Pedro Novais. A faxineira Dilma caiu nas graças da população. Não é à toa que tucanos e democratas evitaram, mesmo no auge da crise com os hoje ex-ministros, bater diretamente na presidente. Já sabiam instintivamente que a estratégia não daria certo. Por isso, miraram suas baterias no ex-presidente Lula, que deixou alguns ministros como herança para Dilma. Bater em Lula é chover no molhado. Bater em Dilma não adianta. Não é à toa que a oposição está sem rumo.
Duas outras coisas chamam a atenção na pesquisa CNI/Ibope. Itens sempre reclamados, como segurança, saúde e educação foram mais bem avaliados desta vez. Como? Basta ligar a TV pra ver que o brasileiro vive a mercê dos bandido, Nem o Rock in Rio escapou! Como a população tem um forte instinto de sobrevivência, na outra ponta, o medo de descontrole da inflação, a situação foi inversa. Em agosto, 38% aprovavam as ações do governo no combate à inflação. O índice se manteve, enquanto todos os demais melhoraram. Em março deste ano, três meses depois da posse, eram 48% os que aprovavam o desempenho do governo nesta área. Quando dói no bolso, a reação é imediata.
O ex-presidente Lula era o rei do Nordeste. Dilma, até a última pesquisa, era a rainha. Agora, a Região Sul desbancou os estados nordestinos. É lá que a presidente Dilma tem a melhor avaliação. Curiosamente, era lá que Lula tinha seus maiores problemas. O Sul ficava sempre abaixo do resto do país. Bem, Dilma é mineira mas fez carreira política no Sul. Será só isso, ou será mais uma vontade do IBOPE de manipular os dados?