Nos eventos públicos em sua viagem à Bulgária e outros países da Europa, a presidente Dilma Rousseff esteve sempre acompanhada dos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Só que, quando dá entrevistas, Dilma costuma balançar a cabeça de um lado para o outro. Democraticamente, ora escondia o mineiro, ora a vez era de o paulista ficar encoberto. Se fosse uma guerra de papagaio de pirata, seria uma batalha em uma gangorra.
domingo, 9 de outubro de 2011
O tempo e os vencedores
Jogada malandra da presidente Dilma Rousseff: durante a visita sentimental à terra de sua família na Bulgária, conseguiu do presidente do Senado e, portanto, do Congresso, José Sarney (PMDB-AP Cruz-credo!), o adiamento da votação do veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à divisão entre todos os estados dos royalties do petróleo. Nesta semana de feriadão - viva! - vai ganhar ainda mais tempo para tentar encontrar uma solução negociada para o impasse entre estados produtores e não produtores e entre municípios, estados e a União sobre o dinheiro da exploração do petróleo. Afinal, ninguém quer abrir mão de dar um reforço no caixa. Se for a voto, os estados que não recebem royalties vencem.
Dilma foi espertinha politicamente porque vai ganhar mais uma semana para negociar em busca de um acordo. Com o feriado na quarta-feira, os deputados e senadores chegam a Brasília amanhã, provavelmente no fim da tarde, e vão embora na terça-feira com o nosso dinheiro no bolso, certamente também no fim da tarde. Não haverá sessão do Congresso para apreciar o veto, mas os calhordas vão ganhar. Até porque Sarney só vai convocá-la quando a presidente autorizar. E isso só deve acontecer quando houver um acordo. No voto, o governo federal sabe que perde. Que deputado ou senador vai votar contra o interesse de seu próprio estado?
Os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que, aliás, anda em baixa com o Planalto, e do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), que divulgou vídeo no site oficial falando sobre a “grave ameaça que paira sob o nosso estado”, vão acabar sozinhos. Por mais que insistam, que reclamem, que façam bico, não vão conseguir levar um puto. Também a União terá que ceder parte do que pretendia arrecadar. Em toda essa briga política, só uma coisa é certa. Os poços do fundo do mar vão jorrar nos cofres estaduais. Por bem ou no voto no Congresso.
A safada indústria das multas
Aviso aos navegantes: perda de tempo recorrer de multas no trânsito. Eu reitero o aviso, porque é a pura verdade. Nunca ouvi dizer que alguém ganhou essa parada. Por mais que se esforce em provar, por meio de fotos, documentos, texto explicativo etc, não adianta. Isso ocorreu comigo. Acaba se tornando mais caro recorrer, se levar em consideração as despesas, a perda de tempo e o dissabor em tentar provar que você não agiu errado.
O negócio dessa gente é um "negócio" como qualquer outro - a indústria da multa! Fui multado por estacionar o veículo em frente à minha casa, simplesmente porque houve uma festa nas redondezas e o trânsito foi desviado para minha rua. Fui premiado ciente de que o melhor recurso é pagar, levar pontos na carteira e ainda achar tudo isso bom. Não me admira saber que, além de mim, há centenas de pessoas engordando os cofres públicos por puro capricho ou despreparo dos agentes encarregados de multar.
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