Um homem, mesmo casado, mantinha relacionamento com duas outras mulheres que, com sua morte, ingressaram na Justiça em busca de seus direitos : pensão na ordem de R$ 15 mil. O inusitado quadrilátero amoroso chamou a atenção e causou espécie entre os julgadores. A esposa oficial morreu no transcurso do processo, e as duas companheiras, ao comprovarem com farta documentação e depoimentos testemunhais a existência de suas respectivas uniões estáveis, foram beneficiadas com metade do valor da pensão. O desembargador Eládio Torret Rocha, da 4ª câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, afirmou que "os meandros folhetinescos desta história rivalizam, no mais das vezes, com as mais admiráveis e criativas obras de ficção da literatura, do teatro, da televisão e do cinema, demonstrando, uma vez mais, que a arte imita a vida - ou seria o contrário?". A sentença, que determinou a divisão da pensão entre as mulheres, foi mantida pela segunda instância.