Passado o turbilhão das prisões dos envolvidos no escândalo do mensalão
em pleno feriado da Proclamação da República, na sexta-feira passada,
duas questões passaram a dominar o noticiário sobre o caso. E são
completamente diferentes. A primeira delas é a saúde do ex-presidente do
PT José Genoino. A outra envolve Henrique Pizzolatto, o único réu que
fugiu. Ele se valeu de dupla cidadania (e das desumanas prisões brasileiras!) e se mandou para a Itália. A fuga
do ex-diretor do Banco do Brasil já começa a gerar crise diplomática
entre o governo brasileiro e o italiano. Ainda mais que há o precedente
do caso Cesare Battisti, que o ex-presidente Lula, com uma canetada,
salvou de ser deportado para ser julgado em seu país por acusações de
terrorismo.
No caso de Genoino, há dois aspectos. Um é humanitário sem vergonha. Suas condições de saúde, de fato, são precárias. Tanto que ele disse que passou mal e foi levado ontem a um hospital. No Supremo Tribunal Federal (STF) já havia pressão para que o presidente Joaquim Barbosa tomasse uma decisão rápida sobre o pedido de prisão domiciliar. E foi o que ele fez ontem, autorizando o tratamento em casa ou hospitalar.
Já na Câmara dos Deputados, as manobras são regimentais, mas nem por isso merecem aplauso da sociedade. Dois deputados do PT, integrantes da mesa diretora, pediram vista do pedido de abertura de processo de cassação de Genoino. Ganham tempo para apressar a sua aposentadoria. Caso Genoino seja aposentado, o processo de cassação perde o objeto.
Não custa lembrar, enfim, que novamente se estabelece um conflito entre os poderes Judiciário e Legislativo. O Supremo pediu a cassação imediata dos parlamentares condenados. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), optou por seguir os trâmites normais, que começam no Conselho de Ética até chegar à votação em plenário. Votação, pelo menos por enquanto, secreta. Não custa lembrar.
No caso de Genoino, há dois aspectos. Um é humanitário sem vergonha. Suas condições de saúde, de fato, são precárias. Tanto que ele disse que passou mal e foi levado ontem a um hospital. No Supremo Tribunal Federal (STF) já havia pressão para que o presidente Joaquim Barbosa tomasse uma decisão rápida sobre o pedido de prisão domiciliar. E foi o que ele fez ontem, autorizando o tratamento em casa ou hospitalar.
Já na Câmara dos Deputados, as manobras são regimentais, mas nem por isso merecem aplauso da sociedade. Dois deputados do PT, integrantes da mesa diretora, pediram vista do pedido de abertura de processo de cassação de Genoino. Ganham tempo para apressar a sua aposentadoria. Caso Genoino seja aposentado, o processo de cassação perde o objeto.
Não custa lembrar, enfim, que novamente se estabelece um conflito entre os poderes Judiciário e Legislativo. O Supremo pediu a cassação imediata dos parlamentares condenados. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), optou por seguir os trâmites normais, que começam no Conselho de Ética até chegar à votação em plenário. Votação, pelo menos por enquanto, secreta. Não custa lembrar.