A briga pela Prefeitura de São Paulo promete ser “sangrenta”. Pelo
menos, é esta a expectativa dos tucanos. Eles esperam que o governo
federal entre com toda a força na disputa, jogando com todas as armas a
que tiver direito para eleger Fernando Haddad (PT). Mas avisam, por
outro lado, que José Serra está preparado para a guerra e que já
acumulou um grande arsenal para o contra-ataque. A principal munição
será o julgamento do escândalo do mensalão no Supremo Tribunal Federal
(STF). Mas a caixa de ferramentas tucana tem armamento escondido para
levar a campanha até o nível do último degrau se for necessário. Afinal,
Serra sabe que, se perder, será sua última eleição.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
A outra face pra bater
“Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater
na face direita, oferece-lhe também a outra.” O versículo do Evangelho
de São Mateus não serve para as eleições deste ano. Pelo menos, para a
presidente Dilma Rousseff. Com a presença do vice-presidente da
República, Michel Temer, licenciado do comando nacional do PMDB, o
candidato Gabriel Chalita (PMDB) acertou o apoio a Fernando Haddad (PT)
na disputa pelo segundo turno na briga pela Prefeitura de São Paulo. Com
direito até a um documento assinado, em que propostas do programa de
governo peemedebista serão incorporadas às de Haddad. É tudo para inglês
ver. Na guerra paulistana, PT e PMDB já tinham combinado oferecer a
face um ao outro no segundo turno.
O mesmo, no entanto, não aconteceu em Salvador. O peemedebista Geddel Vieira Lima, que é vice-presidente da Caixa Econômica Federal, ofereceu a outra face à candidatura do deputado ACM Neto (DEM-BA), que ficou em primeiro lugar no primeiro turno. Brigado com o governador Jaques Wagner (PT), que sustenta a candidatura de Nelson Pellegrino (PT), Geddel se recusou a seguir o preceito religioso. Virou a cara e foi para a oposição ao governo do qual faz parte. No jogo político, os ensinamentos bíblicos nem sempre são seguidos à risca.
Tanto que a única candidatura que não é do PT a ser prestigiada pela presidente Dilma Rousseff é a da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que disputa o segundo turno em Manaus. Tem explicação. Do outro lado, está o ex-senador Artur Virgílio (PSDB-AM), que, no Congresso, era arqui-inimigo do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem atazanava o tempo todo, tanto em plenário quanto nas comissões parlamentares de inquérito (CPIs), inclusive na dos Correios, que desvendou o escândalo do mensalão. Dilma, por lá, não vai oferecer a outra face. Vai partir para o ataque com toda a munição que tiver.
O mesmo, no entanto, não aconteceu em Salvador. O peemedebista Geddel Vieira Lima, que é vice-presidente da Caixa Econômica Federal, ofereceu a outra face à candidatura do deputado ACM Neto (DEM-BA), que ficou em primeiro lugar no primeiro turno. Brigado com o governador Jaques Wagner (PT), que sustenta a candidatura de Nelson Pellegrino (PT), Geddel se recusou a seguir o preceito religioso. Virou a cara e foi para a oposição ao governo do qual faz parte. No jogo político, os ensinamentos bíblicos nem sempre são seguidos à risca.
Tanto que a única candidatura que não é do PT a ser prestigiada pela presidente Dilma Rousseff é a da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que disputa o segundo turno em Manaus. Tem explicação. Do outro lado, está o ex-senador Artur Virgílio (PSDB-AM), que, no Congresso, era arqui-inimigo do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem atazanava o tempo todo, tanto em plenário quanto nas comissões parlamentares de inquérito (CPIs), inclusive na dos Correios, que desvendou o escândalo do mensalão. Dilma, por lá, não vai oferecer a outra face. Vai partir para o ataque com toda a munição que tiver.
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