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sábado, 1 de dezembro de 2012
Dilma foi injusta e má com a destribução dos royalties do petróleo
Cabral redescobre o Brasil
Mais de 500 anos depois, Cabral acaba de redescobrir o Brasil.
Ele agora começa no Rio de Janeiro, dá uma passadinha no Espírito Santo e
chega a São Paulo, mais especificamente à Baixada Santista. E só. O
novo redescobridor do Brasil é Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio
de Janeiro. O verdadeiro Pedro Álvares Cabral descobriu um país inteiro.
Tudo bem que por um bom tempo a Coroa Portuguesa subjugou o povo
brasileiro. Mas a inconformidade foi tomando força e um país uno e único
foi se formando. É este país que hoje é dividido, sem razão, pelos
vetos da presidente Dilma Rousseff à distribuição dos royalties do
petróleo no país. Por ano, só para ficar em um exemplo, as prefeituras
de Minas deixam de receber mais de R$ 670 milhões.
Logo
os mineiros, que se revoltaram contra o quinto do ouro da Coroa
Portuguesa, fizeram a Inconfidência Mineira, que culminou no
enforcamento de Tiradentes, mas abriu o caminho para a Independência do
Brasil, que viria poucos anos depois. É possível falar também dos
pernambucanos, que enfrentaram os holandeses que queriam um pedaço do
Brasil para eles. Podemos citar outros casos. Os gaúchos enfrentaram a
Guerra dos Farrapos. Na Bahia, a Conjuração Baiana, que também pedia a
independência do país.
Mas no século 21 o Brasil sofre
outra cisão. Como se o petróleo fosse patrimônio exclusivo dos cariocas,
capixabas e paulistas e não de todos os brasileiros. Os argumentos do
governo, de respeito a contratos e tudo o mais, não passam de cortina de
fumaça. Foi decisão política e politicamente será enfrentada. É só
esperar. No Congresso, já há um grupo de partidos e de bancadas
estaduais dispostos a obstruir a votação do projeto do Orçamento da
União para o ano que vem. Os parlamentares sabem que, sem pressão, o
presidente do Senado, José Sarney (PMDB-MA), não vai colocar o veto de
Dilma Rousseff em votação. Pelo menos, não sem muita pressão.
E
ela virá dos dois lados. A semente da discórdia já está lançada. Resta
saber se a chuva vai fazê-la frutificar e se os frutos serão
distribuídos com mais igualdade pelo país afora, ou se a seca vai matar a
árvore da esperança dos estados não produtores de petróleo, mas
integrantes da nação onde ele está, inclusive em alto-mar, que pertence a
todos, não a esse ou aquele estado. Os inconfidentes parlamentares
mineiros do século 21 prometem seguir as ladeiras de Ouro Preto em busca
de inspiração e de forças para tentar reverter o jogo e abrir caminho
para a independência federativa de um país chamado República Federativa
do Brasil.
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