O ano de 2011 não terminou, mas 2012 promete. Com a inflação brasileira ultrapassando o centro e a borda superior da meta batendo na casa dos 6%, os movimentos sindicais estão ficando indóceis. O exemplo da austeridade deveria vir dos poderes constituídos. Mas Judiciário e Legislativo em seus mais altos escalões jogam lenha numa fogueira que pode queimar nosso bolso. Na Câmara dos Deputados a discussão sobre as verbas de gabinete expõe a falta de visão do parlamento brasileiro quando se trata de temas de importância nacional. Pressionado pelo governo, Marco Maia (PT-RS) admite não insistir em reajuste para o funcionalismo. Mas, quando se trata das verbas de gabinete, diz que não pode garantir nada.
Li hoje que em Belo Horizonte os vereadores lançam a moda e concedem para si mesmos um aumento de 68%. Se esse vírus pega, os atuais R$ 240 milhões que os cofres públicos pagam para os vereadores do estado saltariam para R$ 637 milhões.
Esses reajustes de fim de ano têm por efeito pautar os movimentos sociais do próximo. Se Legislativo e Judiciário, poderes mais bem remunerados, conseguem esses reajustes, imaginem quanto pedirão os funcionários do Executivo. Se esta febre transbordar para a iniciativa privada, a temperatura vai subir e muito.
Ontem, uma manifestação de servidores levou à interrupção dos trabalhos da Comissão Mista do Orçamento. O deputado Paulinho da Força Sindical (PDT-SP) já elevou o tom e pediu para a presidente Dilma Rousseff (PT) negociar pessoalmente com os setores sociais os aumentos salariais.
Num período em que, apesar do fôlego da economia brasileira, o cenário externo é pleno de incertezas, a maré vazante poderá trazer um tsunami de movimentos grevistas para o próximo ano. Se a economia estiver aquecida, será possível fazer frente às reivindicações e contemplar gregos e troianos. Isso em caso de moderação de pedidos de aumentos ou reajustes. Mas se o vírus, digo, parâmetro dos aumentos for a Câmara Municipal de Belo Horizonte...
Li hoje que em Belo Horizonte os vereadores lançam a moda e concedem para si mesmos um aumento de 68%. Se esse vírus pega, os atuais R$ 240 milhões que os cofres públicos pagam para os vereadores do estado saltariam para R$ 637 milhões.
Esses reajustes de fim de ano têm por efeito pautar os movimentos sociais do próximo. Se Legislativo e Judiciário, poderes mais bem remunerados, conseguem esses reajustes, imaginem quanto pedirão os funcionários do Executivo. Se esta febre transbordar para a iniciativa privada, a temperatura vai subir e muito.
Ontem, uma manifestação de servidores levou à interrupção dos trabalhos da Comissão Mista do Orçamento. O deputado Paulinho da Força Sindical (PDT-SP) já elevou o tom e pediu para a presidente Dilma Rousseff (PT) negociar pessoalmente com os setores sociais os aumentos salariais.
Num período em que, apesar do fôlego da economia brasileira, o cenário externo é pleno de incertezas, a maré vazante poderá trazer um tsunami de movimentos grevistas para o próximo ano. Se a economia estiver aquecida, será possível fazer frente às reivindicações e contemplar gregos e troianos. Isso em caso de moderação de pedidos de aumentos ou reajustes. Mas se o vírus, digo, parâmetro dos aumentos for a Câmara Municipal de Belo Horizonte...