Do mensalão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não sabia.
Do petrolão, a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT),
tomou conhecimento. Foi devidamente informada que, na maior empresa
brasileira, havia indícios de graves irregularidades. E Dilma tomou
providências. Acionou a Controladoria-Geral da União (CGU) e determinou
que apurasse o caso. A CGU pouco fez. Apenas pediu à Petrobras
informações sobre superfaturamento apontado pelo Tribunal de Contas da
União (TCU) nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Isso aconteceu em 2009. Em janeiro deste ano, de acordo com o jornal O Globo, o processo foi simplesmente arquivado e ninguém foi punido. A presidente Dilma Rousseff, com toda a sua fama de gerentona, de quem toma conta do governo, especialmente de obras tão caras como a refinaria em Pernambuco, nada cobrou, nem informações sobre as investigações pediu.
A presidente Dilma já tinha informações de graves irregularidades do Tribunal de Contas da União (TCU), mas agora alega que precisa das informações da delação premiada do ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa para adotar medidas administrativas.
Depois do leite derramado, pouco vai adiantar “adotar medidas administrativas”.
Ou melhor, Dilma deveria ter
tomado medidas administrativas na Controladoria-Geral da União. Quem
sabe, por exemplo, um reforço no número de servidores. Sabe por quê?
Porque a alegação do órgão para não ter investigado como deveria é que
só tinha três funcionários, inclusive o chefe que tomou a decisão, para
investigar a Petrobras e outros órgãos afins.
A presidente Dilma não tomou as medidas administrativas, e agora não adianta reclamar. Ainda mais que o doleiro Alberto Yousseff pode jogar mais petróleo na fogueira que já queima em grandes proporções na Petrobras.