Ministro Cezar Peluso, como é bom constatar que nesta época de
turbulência moral, de incompetentes designados para fazer aquilo a que
ainda não estão habilitados, de tantos mandantes desonestos; ouvir do
senhor sua despedida do Supremo Tribunal Federal, com muito mérito
aposentar-se. Digo, é bom ouvir porque o ministro soube honrar e cumprir
com extrema competência a sua missão de membro da Suprema Corte
brasileira. Além de desempenhar exemplarmente sua nobre missão, ainda
serviu como um professor a muitos da sua área jurídica, moral e cívica. O
Brasil precisa muito de homens do seu naipe. Infelizmente, sua vaga
será muito difícil de ser preenchida por outro de tal competência e a
saudade será marcante.
domingo, 2 de setembro de 2012
Tem que registrar as promessas em cartório
Sugiro aos candidatos que realmente se propõem ao exercício da atividade
a que pleiteiam, voltados a realizar uma gestão ética, moral e
objetivando atender as reais necessidades da população e do município,
que registrem em cartório o seu projeto de governo, no caso dos
candidatos a cargo Executivo, revelando o seu projeto de gestão para as
área de educação, saúde, segurança e das obras municipais. Indicando
onde obter os recursos financeiros para a realização desses projetos. E
no caso dos que se candidatam a cargo parlamentar, um documento
igualmente registrado em cartório, mencionando as verbas de gabinete que
pretendem reduzir ou abrir mão delas, o número de funcionários de
gabinete, e uma relação de projetos de leis que pretendem apresentar
constituídos de propostas para melhorias do município e que atendam os
anseios da população. Vão tornar mais proveitoso e agradável o horário
da propaganda política na TV, em vez de ficarem falando abobrinhas e
recitando versinhos. E, em lugar de ficar distribuindo santinhos pelas
ruas, distribuam cópias do seu compromisso registrado em cartório, que
certamente o eleitor vai guardar para conferir em vez de jogá-los pelo
chão sujando a cidade.
A fonte secou. Bons tempos...
Os comitês eleitorais de candidatos a
prefeito pelo país afora estão apavorados. Depois da condenação do
ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP) pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão, a fonte secou.
Como os ministros consideraram como lavagem de dinheiro o que os réus
alegavam ser caixa 2, as grandes empresas estão avisando, sem direito a
réplica, que decidiram cancelar as doações que haviam programado para
este mês. O certo é que a maioria dos candidatos vai passar um aperto
danado na reta final da campanha.
Bilhete premiado
O brasileiro sonha com um bilhete premiado. E é com fé. Não chama “fazer
uma fezinha” à toa. Afinal, quem não quer um pé de meia de olho em um
futuro mais tranquilo ou mesmo para pôr a vida em dia, pagar as contas
atrasadas, sair do sufoco? No Palácio do Planalto, no entanto, aconteceu
exatamente o contrário. O bilhete nada tinha de premiado, a menos que
as ministras do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e a de Relações
Institucionais, Ideli Salvatti, sejam masoquistas. Como não são, foram
obrigadas a engolir o choro depois do pito que levaram da presidente
Dilma Rousseff, por causa das mudanças feitas pela Comissão Mista do
Congresso na medida provisória (MP) que tapa os buracos dos vetos
presidenciais ao novo Código Florestal.
“Por que (na verdade, no bilhete o porquê estava junto, talvez porque a presidente responde nele mesmo) os jornais estão dizendo que houve um acordo ontem no Congresso? Eu não sei de nada.” Em seguida, Dilma responde à própria pergunta: “Não houve acordo com o governo. A posição do governo era de defesa da MP, com foco especial na escadinha”. Para os leigos, a escadinha é a recomposição das áreas de beira de rio de acordo com o tamanho deles e das propriedades.
Pelo jeito, a pergunta de Dilma vai ficar sem resposta convincente. Izabella Teixeira foi evasiva: “Nós contamos com o diálogo no Congresso”. Antes, a ministra jogou para a plateia de uma pessoa só, a presidente: “Não foi o governo que cedeu. O acordo foi feito por parlamentares da base do governo, não pelo governo”. Então, não adianta chorar o leito do rio derramado. Qualquer negociação nessa área passa pela poderosa e numerosa bancada ruralista. E na hora do voto vai fazer prevalecer seu interesse. Além disso, cá para nós, a Rio+20 já passou e os parlamentares não serão diplomáticos.
“Por que (na verdade, no bilhete o porquê estava junto, talvez porque a presidente responde nele mesmo) os jornais estão dizendo que houve um acordo ontem no Congresso? Eu não sei de nada.” Em seguida, Dilma responde à própria pergunta: “Não houve acordo com o governo. A posição do governo era de defesa da MP, com foco especial na escadinha”. Para os leigos, a escadinha é a recomposição das áreas de beira de rio de acordo com o tamanho deles e das propriedades.
Pelo jeito, a pergunta de Dilma vai ficar sem resposta convincente. Izabella Teixeira foi evasiva: “Nós contamos com o diálogo no Congresso”. Antes, a ministra jogou para a plateia de uma pessoa só, a presidente: “Não foi o governo que cedeu. O acordo foi feito por parlamentares da base do governo, não pelo governo”. Então, não adianta chorar o leito do rio derramado. Qualquer negociação nessa área passa pela poderosa e numerosa bancada ruralista. E na hora do voto vai fazer prevalecer seu interesse. Além disso, cá para nós, a Rio+20 já passou e os parlamentares não serão diplomáticos.
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