Dá para fazer o resumo da ópera A atual situação econômica brasileira na capa de um jornal? Dá, pois foi exatamente o que fez ontem à tarde o site em.com.br, trazendo as seguintes manchetes: a principal “Em um ano, 2,5 milhões de pessoas entraram na fila do desemprego”. Em seguida, três submanchetes: “Desemprego atinge 9% no trimestre até outubro de 2015”, “Desemprego é preocupação do governo, diz Dilma Rousseff” e, finalmente, “Prévia do PIB tem nona queda seguida no mês de novembro”.
“A grande preocupação do governo é o desemprego. É o que nós olhamos todos os dias, é aquilo que requer atenção do governo. Olhamos setores por setores.” Palavras da presidente Dilma em café da manhã – o segundo da semana – com jornalistas, desta vez, os que cobrem o Palácio
do Planalto.
É, a presidente precisa mesmo olhar todos os dias para os 9,1 milhões de pessoas que procuraram e não conseguiram emprego no trimestre encerrado em outubro do ano passado. E nem dá para ela falar em estimativas. São dados oficiais, do próprio governo, coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pelo nono mês consecutivo, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou queda, desta vez, de 0,52% em novembro de 2015 em comparação com outubro. E, diante destas notícias, não poderia ser diferente. A bolsa de valores continua em quedas sucessivas e o dólar se mantém nas alturas. Toma mais um cafezinho, para acalmar, porque tem mais. E não é na economia, é na política, mas também envolve dinheiro.
Mais especificamente estamos falando de R$ 819 milhões para os partidos. É, isso mesmo. Está na Lei Orçamentária deste ano que ela sancionou sem vetos. Só para lembrar, na proposta enviada ao Congresso, o governo destinava “apenas” R$ 311 milhões para financiar os partidos. O valor quase triplicou.