Dizem que o peixe morre pela boca. Pelo jeito, o mesmo pode acontecer
com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Ele ia bem no
depoimento ao Conselho de Ética até que foi perguntado sobre o rádio
Nextel que ganhou e tinha as contas pagas pelo bicheiro Carlinhos
Cachoeira. E Demóstenes abriu a boca: “Recebi um rádio que foi utilizado
para a minha comodidade. Afirmam que o rádio era sigiloso. Nunca tive
essa informação. Se era sigiloso, como foi grampeado?” Realmente, seria
muito cômodo trocar os celulares comuns que os demais parlamentares usam
por um rádio. A troco de quê? Ah, porque “afirmam que o rádio era
sigiloso”. Mas Demóstenes garante: “Nunca tive essa informação”. Ah,
bom! Era comodidade mesmo. E ele ainda pergunta: “Se era sigiloso, como
foi grampeado?”
Bem, já que o senador está perguntando é melhor responder. De fato, havia uma falsa impressão de que o Nextel fosse mesmo à prova de grampo. Por isso, Cachoeira fez questão de distribuir aparelhos para outros integrantes de sua quadrilha. Mas para Demóstenes Torres foi apenas um presente, viu? De fato, como outras operadoras, a rede Nextel, usando o sistema SIM (subscriber identity module) ou módulo identificador do assinante, criptografa o que é falado, que é embaralhado para evitar escutas. Só que, além de o sistema não ser infalível, a empresa cumpre as determinações judiciais que autorizam o grampo. Foi nessa armadilha que caiu o grupo de Cachoeira. Foi aí que Demóstenes apareceu nas conversas.
Depois de cinco horas de depoimento, Cachoeira se diz traído pelo antes amigo do peito Cachoeira. Durante o tempo, tentou rebater as acusações que lhe foram feitas. Negou ter participado de negócios com o bicheiro ou de ter atuado em favor dele. Mas só foi sincero uma vez: “Enfrento o pior momento de minha vida”.
Bem, já que o senador está perguntando é melhor responder. De fato, havia uma falsa impressão de que o Nextel fosse mesmo à prova de grampo. Por isso, Cachoeira fez questão de distribuir aparelhos para outros integrantes de sua quadrilha. Mas para Demóstenes Torres foi apenas um presente, viu? De fato, como outras operadoras, a rede Nextel, usando o sistema SIM (subscriber identity module) ou módulo identificador do assinante, criptografa o que é falado, que é embaralhado para evitar escutas. Só que, além de o sistema não ser infalível, a empresa cumpre as determinações judiciais que autorizam o grampo. Foi nessa armadilha que caiu o grupo de Cachoeira. Foi aí que Demóstenes apareceu nas conversas.
Depois de cinco horas de depoimento, Cachoeira se diz traído pelo antes amigo do peito Cachoeira. Durante o tempo, tentou rebater as acusações que lhe foram feitas. Negou ter participado de negócios com o bicheiro ou de ter atuado em favor dele. Mas só foi sincero uma vez: “Enfrento o pior momento de minha vida”.