Reza o ditado que o que começa mal termina mal. A Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) do Cachoeira conseguiu ir além. Começou mal e vai
terminar pior ainda. Virou um circo de horrores políticos. O início da
sessão da manhã de ontem foi de envergonhar o Poder Legislativo
brasileiro. Composta por deputados e senadores, a CPI durou uns poucos
minutos, até ser suspensa pelo seu presidente, senador Vital do Rego
(PMDB-PB), para que todos os seus integrantes recebessem avulsos com o
resumo do relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG). No embate entre a
oposição e a base governista, perdeu o cidadão brasileiro, que ganhou
motivo de ficar envergonhado com seus representantes no Congresso.
Desde o início, antes mesmo da coleta de assinaturas para sua instalação, o Palácio do Planalto era contra a CPI. Em quatro paredes, a presidente Dilma Rousseff repetia a velha máxima: CPI sabe-se como começa, não como termina. Só que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de olho na briga pela Prefeitura de São Paulo, acreditava que a Delta Construções iria acertar em cheio o seu adversário tucano, José Serra. O alvo não foi atingido. Fernando Haddad (PT) ganhou a eleição sem precisar da estratégia bélica de Lula.
Como a Delta tem também contratos com o governo federal, as investigações ficaram limitadas, basicamente, a Goiás, terra do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Por isso, a única vítima de peso no relatório final da CPI é o governador Marconi Perillo (PSDB), daí a irritação dos tucanos com o respaldo de outros integrantes da oposição.
Para coroar o malfeito, o relator incluiu referências a jornalistas que não agradam o governo e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, algoz dos petistas no julgamento do escândalo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Foi a gota que faltava para o parecer de Odair Cunha fazer água de vez. Gurgel e jornalistas ficaram de fora. A CPI entrou para o rol de fiascos do Congresso.
Desde o início, antes mesmo da coleta de assinaturas para sua instalação, o Palácio do Planalto era contra a CPI. Em quatro paredes, a presidente Dilma Rousseff repetia a velha máxima: CPI sabe-se como começa, não como termina. Só que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de olho na briga pela Prefeitura de São Paulo, acreditava que a Delta Construções iria acertar em cheio o seu adversário tucano, José Serra. O alvo não foi atingido. Fernando Haddad (PT) ganhou a eleição sem precisar da estratégia bélica de Lula.
Como a Delta tem também contratos com o governo federal, as investigações ficaram limitadas, basicamente, a Goiás, terra do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Por isso, a única vítima de peso no relatório final da CPI é o governador Marconi Perillo (PSDB), daí a irritação dos tucanos com o respaldo de outros integrantes da oposição.
Para coroar o malfeito, o relator incluiu referências a jornalistas que não agradam o governo e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, algoz dos petistas no julgamento do escândalo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Foi a gota que faltava para o parecer de Odair Cunha fazer água de vez. Gurgel e jornalistas ficaram de fora. A CPI entrou para o rol de fiascos do Congresso.