quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Psiquiatria
BEM-ESTAR A ciência comprovou: os otimistas mantêm a autoestima em dia e são mais seguros
Parte considerável da população, no entanto, não precisa de remédios. Cursos, terapias e tratamentos alternativos podem resolver a insegurança constante. A Programação Neurolinguística (PNL), técnica baseada na ideia de que a verbalização condiciona o cérebro, tem sido uma das saídas mais procuradas. A Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística oferece há 25 anos um curso voltado para o aperfeiçoamento da autoestima. "A cada ano cresce 20% o número de alunos", afirma o psicólogo Alexandre Bortoletto. Por meio de exercícios, há uma mudança na linguagem repleta de afirmações negativas que a pessoa faz para si mesma. Linhas tradicionais também conseguem resultados significativos. Na terapia cognitivacomportamental, é possível modificar padrões de comportamento reeducando os pensamentos de forma direcionada por psicólogos. O que incomoda o indivíduo é relembrado e discutido, até ele conseguir dar um novo sentido aos fatos. Já a terapia em grupo reúne pessoas que enfrentam problemas semelhantes para compartilhar suas histórias.
Quem puder se dedicar a mais de um caminho para readquirir o bemestar, acelera o processo de melhora.
CAMINHOS Os médicos e psicólogos têm apostado em tratamentos multidisciplinares
"O resgate da confiança com um tratamento multidisciplinar é muito eficiente", diz o psiquiatra Leonardo Gama Filho, chefe do serviço de psiquiatria do Hospital Municipal Lourenço Jorge, no Rio de Janeiro. "A medicina não pode mais se distanciar de uma visão holística do ser humano." Gama Filho prescreve os métodos ortodoxos aos pacientes acompanhados de recomendações como uma hora de banho de sol por dia e momentos de lazer. As terapias corporais também ajudam. Dores pelo corpo e posturas que indiquem insegurança (como ombros retraídos) podem ser reflexo de baixa autoestima.
Técnicas como a bioenergética (exercícios corporais vinculados aos de respiração) e a reeducação postural global (RPG) auxiliam. Massagens, aromaterapia, florais e ioga são algumas opções. Estudos comprovam que esses métodos baixam a quantidade de cortisol - o hormônio do stress - no organismo.
Alimentação balanceada e atividade física mantêm o corpo resistente e o cérebro ágil. O humor melhora graças à liberação de neurotransmissores ligados ao bem-estar durante os exercícios. Em contrapartida, uma dieta pobre em carboidratos e rica em proteínas pode deprimir. A espiritualidade entra como um coadjuvante que pode fazer toda a diferença. "Ter fé, independentemente da religião, e relacionamentos positivos ajudam a conservar a autoestima", afirma o psicólogo Julio Peres, doutor em neurociências e comportamento pela Universidade de São Paulo (USP). Essa série de alternativas prova que a conquista da autoestima é possível.
Mas é necessário dedicação.
domingo, 24 de outubro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
Intrigas do Estado
Intrigas de estado
Diálogos entre autoridades revelam que o Ministério da Justiça, o mais antigo e tradicional da República, recebeu e rechaçou pedidos de produção de dossiês contra adversários
RELAÇÕES PERIGOSAS: As conversas às quais VEJA teve acesso mostram que o braço direito do presidente Lula, Gilberto Carvalho, e a candidata à Presidência Dilma Rousseff tentaram usar o Ministério da Justiça para executar “tarefas absurdas” (Montagem Sambaphoto/Folhapress)
Estamos a menos de uma semana das eleições e, como escreveu o correspondente Stuart Grudgings, da agência noticiosa Reuters, políticos e jornalistas correrão às bancas mais próximas para ver se será esta a edição de VEJA que vai abalar a liderança de Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais. Embora a análise do funcionário da Reuters demonstre um total desconhecimento do que seja jornalismo, atividade em que os fatos fazem as notícias e não o contrário, ele acertou em seu diagnóstico a respeito da ansiedade que as capas de VEJA provocam no meio político. A reportagem que se vai ler a seguir não foge à regra. Ela revela, talvez da maneira mais clara até hoje, o tipo de governo produzido pela mentalidade petista de se apossar do estado, aparelhá-lo e usá-lo em seu benefício partidário. VEJA já havia demonstrado nas reportagens “O polvo no poder” e “A alegria do polvo” como a Casa Civil fora transformada em um balcão de negócios, em que maços de dinheiro vivo apareciam nas gavetas de escritórios a poucos metros da sala do presidente da República. A presente reportagem relata as tentativas ousadas de petistas de alto coturno de conspurcar um dos mais antigos e venerandos ministérios da República, o da Justiça.
Jose Cruz/Abril
“Não aguento mais receber pedidos da Dilma e do Gilberto Carvalho para fazer dossiês. (...) Eu quase fui preso como um dos aloprados.” Pedro Abramovay, atual secretário nacional de Justiça, em conversa com seu antecessor, Romeu Tuma Júnior
É conhecido o desprezo que o PT nutre pelas instituições republicanas, mas o que se tentou no Ministério da Justiça, criado em 1822 por dom Pedro I, ultrapassa todas as fronteiras da decência. Em quase 200 anos de história, o ministério foi chefiado por homens da estatura de Rui Barbosa, Tancredo Neves e quatro futuros presidentes da República. O PT viu na tradicional instituição apenas mais um aparelho a serviço de seu projeto de poder. Como ensina Franklin Martins, ministro da Supressão da Verdade, “às favas com a ética” quando ela interfere nos interesses po-líticos e partidários dos atuais donos do poder. VEJA teve acesso a conversas entre autoridades da pasta que revelam a dimensão do desprezo petista pelas instituições. Os diálogos mostram essas autoridades incomodadas com a natureza dos pedidos que vinham recebendo do Palácio do Planalto. Pelo que é falado, não se pode deduzir que o Ministério da Justiça, ao qual se subordina a Polícia Federal, cedeu integralmente às descabidas investidas palacianas. “Não aguento mais receber pedidos da Dilma e do Gilberto Carvalho para fazer dos-siês. (...) Eu quase fui preso como um dos aloprados”, disse Pedro Abramovay, secretário nacional de Justiça, em conversa com seu antecessor, Romeu Tuma Júnior. Abramovay é considerado um servidor público exemplar, um “diamante da República”, como a ele se referiu um ex-ministro. Aos 30 anos, chegou ao Ministério da Justiça no início do governo Lula pelas mãos do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos. A frase dele pode confirmar essa boa reputação, caso sua “canseira” tenha se limitado a receber pedidos e não a atender a eles. De toda forma, deveria ter denunciado as ordens impertinentes e nada republicanas de “produzir dossiês”.
Mesmo um alto funcionário com excelente imagem não pode ficar ao mesmo tempo com a esmola e o santo. Em algumas passagens da conversa, Abramovay se mostra assustado diante das pressões externas e diz que pensa em deixar o governo. Não deixou. Existem momentos em que é preciso escolher. Antes de chegar ao ministério, ele trabalhou no gabinete da ex-prefeita Marta Suplicy, na liderança do PT no Senado e com o senador Aloizio Mercadante. Vem dessa etapa da carreira a explicação para a parte da frase em que ele diz “quase fui preso como um dos aloprados”. A frase nos leva de volta à campanha eleitoral de 2006, quando petistas foram presos em um hotel ao tentar comprar um dossiê falso contra José Serra. A seu interlocutor, Abramovay sugere ter participado do episódio e se arrependido, a ponto de temer pedidos semelhantes vindos agora do Palácio do Planalto. Ele disse que quase foi preso na época do escândalo e que, por isso, teve de se esconder para evitar problemas. “Deu ‘bolo’ a história do dossiê”, comenta. Em pelo menos três ocasiões, Abramovay afirma que não está disposto a novamente agir de forma oficiosa. E justificou: “...os caras são irresponsáveis”.
Dida Sampaio/AE
“O Pedro reclamou várias vezes que estava preocupado com as missões que recebia do Planalto. Ele realmente me disse que recebia pedidos da Dilma e do Gilberto para levantar coisas contra quem atravessava o caminho do governo.” Romeu Tuma Junior, ex-secretário nacional de Justiça
Os diálogos aos quais a reportagem teve acesso foram gravados legalmente e periciados para afastar a hipótese de manipulação. As ordens emanam do coração do governo — do chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, e da candidata a presidente, Dilma Rousseff. A conversa mais longa durou cinquenta minutos e aconteceu em janeiro deste ano, no gabinete do então secretário nacional de Justiça e antecessor de Abramovay no cargo, Romeu Tuma Júnior. Os interlocutores discutem a sucessão do ex-ministro Tarso Genro. Ao comentar sobre o próprio futuro, Abramovay revela o desejo de trabalhar na ONU. Em tom de desabafo, o advogado afirmava que já não conseguia conviver com a pressão. Segundo ele, a situação só ia piorar com a nomeação para o cargo de Luiz Paulo Barreto, então secretário executivo, pela falta de força política do novo ministro, funcionário de carreira da pasta, em que também angariou excelente reputação. “Isso (o cargo de ministro) é maior que o Luiz Paulo. (...) Agora eles vão pedir... para mim... pedir para a Polícia (Federal)”, desabafou.
Procurado por VEJA, Abramovay disse: “Nunca recebi pedido algum para fazer dossiês, nunca participei de nenhum suposto grupo de inteligência da campanha da candidata Dilma Rousseff e nunca tive de me esconder — ao contrário, desde 2003 sempre exerci funções públicas”. Romeu Tuma Júnior, seu interlocutor, porém, confirmou integralmente o teor das conversas: “O Pedro reclamou várias vezes que estava preocupado com as missões que recebia do Planalto. Ele me disse que recebia pedidos de Dilma e do Gilberto para levantar coisas contra quem atravessava o caminho do governo”. Acrescentou Tuma: “Há um jogo pesado de interesses escusos. Para atingir determinados alvos, lança-se mão, inclusive, de métodos ilegais de investigação. Ou você faz o que lhe é pedido sem questionar, ou passa a ser perseguido. Foi o que aconteceu comigo”, afirma o ex-secretário, que deixou a pasta em junho, depois que vieram a público denúncias de que teria relacionamento com a máfia chinesa. Tuma Júnior atribui a investigação contra si — formalmente arquivada por falta de provas — a uma tentativa de intimidação por parte de pessoas que tiveram seus interesses contrariados. Ele não quis revelar quais seriam esses interesses: “Mas posso assegurar que está tudo devidamente documentado”.
Sergio Lima/Folhapress
Para o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, o diretor da PF, Luiz Fernando Corrêa (à dir.), se valeu do aparato policial para monitorar autoridades. O ministro suspeitou que ele próprio houvesse sido vítima de grampos ilegais e que até o presidente Lula tivesse sido constrangido por Corrêa.
O clima de desconfiança no Ministério da Justiça contaminou até o mais alto escalão. A certa altura das conversas, o chefe da pasta, Luiz Paulo Barreto, manifesta suspeita de que seu subordinado Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Polícia Federal, o espione. Em inúmeras ocasiões, Barreto revelou a seus assessores não ter ascendência sobre Corrêa. O ministro chega a expressar em voz alta sua desconfiança de que o diretor da PF tem tanto poder que se dá ao luxo de decidir sobre inquéritos envolvendo pessoas da antessala do presidente da República. Um desses casos é relatado por Barreto em conversa no seu próprio gabinete, ocorrida em meados de maio. À sua chefe de gabinete, Gláucia de Paula, Barreto fala sobre o possível indiciamento de Gilberto Carvalho, braço direito do presidente Lula. Em 2008, a PF interceptou telefonemas em que o chefe de gabinete da Presidência conversava com o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, um dos investigados na Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas.
Fotomontagem
Em um dos diálogos, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto (à esq.), sua chefe de gabinete, Gláucia de Paula, e o então secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior conversam sobre a origem do poder do diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa — que teria conseguido, entre outras coisas, evitar o indiciamento de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula.
Gláucia de Paula O Gilberto (Carvalho, chefe de gabinete da Presidência) foi indiciado? Ministro Luiz Paulo Barreto O processo foi travado. Deu m... (...) O negócio do grampo. O Luiz Fernando falou pra não se preocupar. Gláucia de Paula Tem certeza disso? Ministro Luiz Paulo Barreto O ministro Márcio (Thomaz Bastos) que me contou isso. O Gilberto (Carvalho) me contou isso. Tuma Esse cara tem alguma coisa, não é possível (...).
O ministro, que diz ter tido conhecimento do indiciamento pelo próprio Gilberto Carvalho, revela que o diretor da PF promoveu uma encenação para iludi-lo, numa manobra para mostrar que seu poder emanava de fora da hierarquia do Ministério da Justiça. A conversa toma um rumo inesperado. Um dos interlocutores fica curioso para saber a fonte real de poder de Luiz Fernando, que lhe dá cobertura até para desafiar seu próprio chefe sem temor de represálias. “Ele deve ter alguma coisa...”, afirma. Procurado, Luiz Paulo Barreto informou que não comentaria nada antes de ter acesso ao áudio da conversa. Gilberto Carvalho negou que já tenha feito algum pedido a Pedro Abramovay, a mesma resposta de Dilma Rousseff. As conversas e sua vinda a público funcionam como o poder de limpeza da luz do sol sobre os porões. Elas são reveladoras da triste realidade vivida por instituições respeitadas quando passam a ser aparelhadas por integrantes de um projeto de poder.
Fotomontagem
O quartel-general da pré-campanha de Dilma Rousseff foi usado para espionar adversários. A mando de Luiz Lanzetta (à esq.), o ex-jornalista Amaury Ribeiro Jr. (abaixo) comprou a quebra do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge (à dir.), e de aliados de José Serra
Outra demonstração disso surgiu na semana passada, quando a Polícia Federal forneceu a mais recente prova de quanto pode ser perniciosa a simbiose entre partido e governo. Na quarta-feira, depois de revelado que o ex-jornalista Amaury Ribeiro Jr., integrante do “grupo de inteligência” da campanha de Dilma, foi o responsável pela violação do sigilo fiscal de Eduardo Jorge e de outros integrantes do PSDB, o militante petista Lula, atualmente ocupando a Presidência da República, anunciou ao país que a PF faria revelações sobre o caso — antegozando o fato de que um delegado, devidamente brifado sobre o que deveria dizer, jogaria suspeitas das patifarias de Amaury Ribeiro sobre os ombros do PSDB. Mais uma vez, a feitiçaria dos petistas resultou em um tiro no próprio pé. Nunca aprendem que, uma vez aberta a caixa de Pandora, os fantasmas escapam e voam sem controle.
Em junho passado, VEJA revelou que o comitê de campanha de Dilma Rousseff arregimentou um grupo de arapongas para espionar o candidato José Serra, seus familiares e amigos. A tropa começou os trabalhos com o que considerava um grande trunfo, um dossiê intitulado “Operação Caribe”, produzido por Amaury e que narrava supostas transações financeiras de pessoas ligadas ao PSDB. As únicas peças do dossiê fajuto que não podiam ser lidas no Google haviam sido obtidas de forma preguiçosa e venal, compradas de bandidos com acesso a funcionários da Receita Federal — e pagas com dinheiro vivo. Os dados fiscais violados serviram de subsídio para o tal relatório que circulou no comitê de campanha. Como “previu” o militante petista que ora ocupa a Presidência da República, horas depois de sua entrevista apareceram as tais “novidades”. Um delegado anunciou que, com a identificação de Amaury, o caso estava encerrado, já que o ex-jornalista, ao violar o sigilo, ainda era funcionário do jornal O Estado de Minas, portanto não haveria nenhuma ligação com a campanha do PT. O delegado Alessandro Moretti foi o escolhido apenas para comunicar à nação as graves revelações obtidas pelo trabalho policial — formalmente ele não participou do inquérito. A lealdade no caso era mais vital do que o profissionalismo policial. Número dois na diretoria de Inteligência da PF, Moretti é produto direto do aparelhamento na Polícia Federal.
domingo, 10 de outubro de 2010
Juiz não pode agir motivado por notícias da imprensa
Conta salário bloqueada
sábado, 9 de outubro de 2010
O juiz Mauro Nicolau Jr. quer me calar - As duas faces do Judiciário
Eduardo Homem de Carvalho | Eduardo Homem | 03/10/2010 02h50
Como fui vítima da famigerada "penhora on-line" usei o meu próprio exemplo. Leia logo abaixo! A reação do leitor foi imediata. Dezenas de comentários foram postados a maioria ratificando minhas palavras. Entre os posts, apareceu o do próprio Juiz Mauro Nicolau Jr. (foto) que escreveu o seguinte: "SR. EDUARDO, A FORMA COMO ESCREVE NÃO PARECE SER DE UM JORNALISTA, COMO SE QUALIFICA. MAS, ISSO NÃO É PROBLEMA MEU POIS NÃO FUI EM QUE LHE DEU O DIPLOMA OU LHE EMPREGA. QUANTO AO QUE ESCREVEU, TEREI IMENSO PRAZER EM RECEBÊ-LO EM MEU GABINETE, ACOMPANHADO POR SEU ADVOGADO, É CLARO E SE HOUVER ALGUM ERRO EM MINHA DECISÃO PODE TER CERTEZA QUE SEREI O PRIMEIRO A CONSERTÁ-LO. AGUARDO SEU CONTATO. ATT. MAURO NICOLAU JUNIOR JUIZ DE DIREITO".
Será que o Juiz Mauro Nicolau partiu para o pessoal, ou é mesmo desconhecimento total?
Do deputado federal Sérgio Moraes (PTB-RS), relator no Conselho de Ética do processo contra o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG), o dono do castelo de R$ 25 milhões no interior de Minas.
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O blogueiro indignou-se, e usando da liberdade de expressão contou sua história no blog, que não é um caso de segredo de justiça, cumprindo, exclusivamente, com um serviço de utilidade pública de informar aos leitores seus direitos.
Insatisfeito por ver o seu nome na internet, o juiz Nicolau, da 48ª Vara Cível d TJRJ, mandou um email para a direção do SRZD (site que hospeda o blog do jornalista) literalmente “intimidando” o jornalista Sidney Rezende, pedindo providências urgentes contra o que ele chamou de “difamação”, e, a queima roupa, solicitou a retirada do texto do blog, senão “tomaria as medidas judiciais cabíveis!”. Ao mesmo tempo, o Dr. Nicolau, educadamente, convida o blogueiro para um encontro em seu gabinete para saber do problema. Como o blogueiro não foi, passou a receber postagens de ameaça, de outro juiz, que tentou desqualificar o blogueiro da forma mais covarde possível.
Ainda se mostrando insatisfeito pelo fato de o blogueiro ter exercido seu direito a liberdade de expressão, o Dr. Nicolau oficiou, ontem, a Receita Federal, sem o pedido do exeqüente, que mande para ele os dez últimos exercícios do imposto de renda do blogueiro. Dez anos, Dr. Nicolau? No máximo V.Exa. deveria se restringir a data da citação do feito em 2008, para a caracterização de uma eventual fraude – se é isso que se passa na cabeça de V.Exa., mas dez anos???
O que V.Exa. fez foi dar trabalho para a Receita Federal, aumentar a carga de trabalho do judiciário e aumentar a morosidade dos processos judiciais, prejudicando exeqüente e executado. Isso vai demorar Dr. Nicolau, porque há 10 anos o sistema da Receita ainda não era informatizado. Sem contar que o Congresso Nacional está trabalhando há três anos para agilizar a lei processual, inclusive reduzindo a quantidade de recursos, que segundo a maioria dos juristas, retarda os processos. Mas ao que tudo indica essa não é a preocupação de V.Exa. É por isso é que a justiça, em minha opinião, se torna muitas vezes morosa – por questões pessoais entre juízes e partes.
Lendo o artigo 135 do CPC sinto uma parcialidade do juiz Nicolau, porque na verdade depois de toda essa polêmica, V.Exa., já deveria, data vênia, ter se dado por suspeito de ofício. Não vá me dizer que o senhor pediu a Receita Federalas minhas dez últimas declarações porque V.Exa. quer o melhor para o blogueiro? Com os advogados e juízes que conversei, TODOS, foram unânimes em me dizer que isso não é uma atitude de rotina dentro do TJRJ.
Quero lembrar ao nobre magistrado que postei recentemente uma critica a um livro do ex-presidente do TJRJ, desembargador Sérgio Cavalieri filho, a pedido de um colega seu, e que, a crítica, foi respeitada integralmente. Em momento algum o nobre magistrado nos intimidou, ou nos enviou um email partindo de sua caixa postal particular, numa manhã de sábado ensolarado, como foi o seu caso. Pelo contrário, respeitou não só a matéria, como todos os comentários postados.
A minha vida de jornalista tem sido pautada em acompanhar vários casos do judiciário, com o intuito até de melhorar os serviços prestados por V.Exas. A maioria sempre me agradeceu, e fiz, inclusive, grandes amigos (e também inimigos!) no TJRJ, mas... isso faz parte!
No TJRJ tem um juiz que ameaça a imprensa com emails falsos: Dr. João Batista Damasceno
Conversei bastante com o nobre Desembargador Luís Felipe Francisco, da Corregedoria do TJ, e passei toda a história para ele. Ele sim, um juiz que só engrandece a magistratura, e sabe que estava sendo sincero.
Ao saber que o blogueiro descobriu que o Dr. João Batista Danasceno era o autor das postagens, ele "surtou". Ontem, fazendo-se de bobo, o Dr. Damasceno ligou para o juiz Mauro Nicolau, para sondar o colega, saber novidades e, como não conseguiu saber nada, certamente, passou a noite em claro.
Ratificando: o nome desse juiz psicopata é João Batista Damasceno, de Nova Iguaçu.