Teoricamente, democracia é um regime político em que o povo diz o que
gostaria que o governo fizesse em seu favor, envolvendo basicamente a
harmonia entre as liberdades individuais e as coletivas, o
desenvolvimento social e o econômico e, principalmente, o controle do
poder. Mas, na prática, seus transitórios dirigentes consideram-se com
um direito superior que, aliado à fragilidade das sociedades, criou e
ainda cria esses quadros de degradação social em vários países que, no
passado, geraram os comunistas de Stalin, os nazistas de Hitler, os
fascistas de Mussolini, os socialistas de Fidel Castro e outros como
alguns atuais democratas ditatoriais. E mesmo com vários institutos
internacionais como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em
realidade, ainda estamos muito distantes das verdadeiras democracias.
sábado, 8 de dezembro de 2012
A competição entre os poderosos
Pode ter sido apenas uma coincidência, mas não deixa de trazer uma fina
ironia. A Câmara dos Deputados prestou homenagem, na quinta-feira, aos
173 deputados que foram cassados pelo regime militar. Foi uma devolução
simbólica dos mandatos aos parlamentares que defenderam a democracia
depois do golpe de 1964. Se não é coincidência, mais parece um recado.
Por motivos nada nobres como lutar pela liberdade, a Câmara bate o pé em
relação aos deputados que estão sentados no banco dos réus do
julgamento do escândalo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF).
Já a fina ironia vem do fato de, na mesma tarde de quinta, os ministros da mais alta Corte do país estarem discutindo se os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara; Valdemar da Costa Neto (PR-SP), o que está em todas as falcatruas, e Pedro Henry (PP-MT) terão seus mandatos cassados pelo próprio Supremo ou se será necessário que a decisão passe também pelo Poder Legislativo. É uma questão polêmica e envolve interpretação da Constituição. Sendo assim, cada um lê da forma que melhor convém.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já encomendou pareceres jurídicos e deixou claro em público que, em sua opinião é claro, a última palavra cabe ao plenário. Aí, o risco de corporativismo é muito grande e o voto é secreto. Ninguém precisa assinar embaixo da reação da opinião pública. O placar das entrevistas apontará cassação fácil, mesmo que o placar eletrônico da Câmara mostre exatamente o contrário.
A semana que vem promete fortes emoções. Haverá uma guerra entre os poderes da República. O fato é que as penas de João Paulo, Valdemar e Pedro Henry são superiores a sete anos de reclusão. A do petista chega a nove anos de cana, para usar a expressão popular e deixar de lado o jargão jurídico.
O jogo está empatado: Joaquim Barbosa 1 x 1 Ricardo Lewandowski. Desempate sem cobrança de pênaltis na segunda-feira.
Já a fina ironia vem do fato de, na mesma tarde de quinta, os ministros da mais alta Corte do país estarem discutindo se os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara; Valdemar da Costa Neto (PR-SP), o que está em todas as falcatruas, e Pedro Henry (PP-MT) terão seus mandatos cassados pelo próprio Supremo ou se será necessário que a decisão passe também pelo Poder Legislativo. É uma questão polêmica e envolve interpretação da Constituição. Sendo assim, cada um lê da forma que melhor convém.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já encomendou pareceres jurídicos e deixou claro em público que, em sua opinião é claro, a última palavra cabe ao plenário. Aí, o risco de corporativismo é muito grande e o voto é secreto. Ninguém precisa assinar embaixo da reação da opinião pública. O placar das entrevistas apontará cassação fácil, mesmo que o placar eletrônico da Câmara mostre exatamente o contrário.
A semana que vem promete fortes emoções. Haverá uma guerra entre os poderes da República. O fato é que as penas de João Paulo, Valdemar e Pedro Henry são superiores a sete anos de reclusão. A do petista chega a nove anos de cana, para usar a expressão popular e deixar de lado o jargão jurídico.
O jogo está empatado: Joaquim Barbosa 1 x 1 Ricardo Lewandowski. Desempate sem cobrança de pênaltis na segunda-feira.
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