Alain Touraine, grande sociólogo francês, politicamente de esquerda,
alertou há muito tempo para os efeitos nocivos do conflito eterno que
travavam o Partido Socialista e o Comunista Francês. Algumas das
principais lideranças do atual PSDB já foram de esquerda. José Serra foi
o último presidente da UNE e participou ativamente da luta pela
redemocratização do país. O ex-presidente FHC, que um dia já foi chamado
de o príncipe dos sociólogos, reconhece agora, tardiamente para seu
candidato a prefeito de São Paulo, que o conflito entre PT e PSDB já
cansou o eleitorado.
O papel de um bom sociólogo ou cientista político é enxergar antes o que os leigos e diletantes vão enxergar depois. Constatar durante a queda de Serra em São Paulo que o papel de bastião na luta contra o PT não confere aos tucanos vida longa é repetir algo que bons analistas vêm
dizendo faz anos.
Que petistas e tucanos paulistas eternizem esse conflito entre siglas parece compreensível. Afinal, a luta pela sobrevivência e o choque de egos obscurecem a racionalidade, especialmente na política. Estranho é ver a política mineira se arrastar para esse passado sem futuro. Independentemente do resultado da capital, o conflito iniciado em Belo Horizonte se espalha pelo interior. Inimigo de meu inimigo é meu amigo. Essa é a tônica de petistas e tucanos. As poucas exceções nenhum futuro possuem. Depois de aberta a porteira, quem conterá a manada?
Em São Paulo, os gladiadores geraram um candidato bem ao gosto dos novos tempos e daqueles da antiga UDN. No plano nacional, as perspectivas ainda não são tão sombrias, mas cuidado: os ovos são postos bem antes do nascimento. Vale lembrar que o atual herói das classes médias atende pelo nome de Joaquim Barbosa e seu dedo acusatório, digo, condenatório.
O papel de um bom sociólogo ou cientista político é enxergar antes o que os leigos e diletantes vão enxergar depois. Constatar durante a queda de Serra em São Paulo que o papel de bastião na luta contra o PT não confere aos tucanos vida longa é repetir algo que bons analistas vêm
dizendo faz anos.
Que petistas e tucanos paulistas eternizem esse conflito entre siglas parece compreensível. Afinal, a luta pela sobrevivência e o choque de egos obscurecem a racionalidade, especialmente na política. Estranho é ver a política mineira se arrastar para esse passado sem futuro. Independentemente do resultado da capital, o conflito iniciado em Belo Horizonte se espalha pelo interior. Inimigo de meu inimigo é meu amigo. Essa é a tônica de petistas e tucanos. As poucas exceções nenhum futuro possuem. Depois de aberta a porteira, quem conterá a manada?
Em São Paulo, os gladiadores geraram um candidato bem ao gosto dos novos tempos e daqueles da antiga UDN. No plano nacional, as perspectivas ainda não são tão sombrias, mas cuidado: os ovos são postos bem antes do nascimento. Vale lembrar que o atual herói das classes médias atende pelo nome de Joaquim Barbosa e seu dedo acusatório, digo, condenatório.