A ficha caiu. A soberba não. No encontro do PT, na sexta-feira, o
assunto predominante foi o julgamento do escândalo do mensalão no
Supremo Tribunal Federal (STF). A pérola veio do secretário de
Comunicação do partido, deputado André Vargas (PR): “É claro que se não
houvesse o julgamento nós teríamos vencido muito mais”. Isso é que é
humildade. Deve ter sido porque o ex-todo-poderoso ministro da Casa
Civil José Dirceu se deu ao trabalho de ir a Brasília para a reunião,
mesmo depois de condenado pelos ministros do STF e correndo o risco de
passar um tempo na cadeia. Se a intenção era fazer um desagravo, não
funcionou.
André Vargas até que tentou despistar. E ressaltou: “Não somos hipócritas nem nos iludimos de que houve impacto”. É claro que os petistas tinham que encontrar o grande culpado pelas condenações. Não, não foi o rigor dos ministros do Supremo, que não acataram a tese do caixa dois de campanha. Foi a imprensa. A avaliação é de que a intensa cobertura dos meios de comunicação prejudicou o partido nas urnas, embora as pesquisas tenham revelado que o impacto não foi relevante para os resultados. Fosse assim, Fernando Haddad (PT) não teria vencido José Serra (PSDB) em São Paulo com tanta folga no segundo turno.
Para completar, o encontro petista insuflou a guerra entre os poderes. O diretório nacional defendeu que a cassação de João Paulo Cunha (PT-SP) seja definida pela Câmara dos Deputados, que ele presidiu, e não pelo Supremo Tribunal Federal. Para despistar, incluíram na lista os “companheiros” Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT).
Para finalizar, os petistas decidiram atracar no porto seguro da operação da Polícia Federal para sair em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aquele que disse em Berlim que “já sabia”. E com mais uma pérola de André Vargas: “Nenhum homem público pode ser responsável pelo que faz o seu assessor no exercício do mandato”. Uai, se não é o presidente que tem de zelar pela ética e pela probidade no trato do dinheiro público, quem será? Então, põe um delegado da PF no Palácio do Planalto.
André Vargas até que tentou despistar. E ressaltou: “Não somos hipócritas nem nos iludimos de que houve impacto”. É claro que os petistas tinham que encontrar o grande culpado pelas condenações. Não, não foi o rigor dos ministros do Supremo, que não acataram a tese do caixa dois de campanha. Foi a imprensa. A avaliação é de que a intensa cobertura dos meios de comunicação prejudicou o partido nas urnas, embora as pesquisas tenham revelado que o impacto não foi relevante para os resultados. Fosse assim, Fernando Haddad (PT) não teria vencido José Serra (PSDB) em São Paulo com tanta folga no segundo turno.
Para completar, o encontro petista insuflou a guerra entre os poderes. O diretório nacional defendeu que a cassação de João Paulo Cunha (PT-SP) seja definida pela Câmara dos Deputados, que ele presidiu, e não pelo Supremo Tribunal Federal. Para despistar, incluíram na lista os “companheiros” Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT).
Para finalizar, os petistas decidiram atracar no porto seguro da operação da Polícia Federal para sair em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aquele que disse em Berlim que “já sabia”. E com mais uma pérola de André Vargas: “Nenhum homem público pode ser responsável pelo que faz o seu assessor no exercício do mandato”. Uai, se não é o presidente que tem de zelar pela ética e pela probidade no trato do dinheiro público, quem será? Então, põe um delegado da PF no Palácio do Planalto.