Maldade que corre no Congresso em tom de piada sobre as mudanças feitas pela presidente Dilma Rousseff (PT) em sua liderança no Senado. Ela mandou chamar Renan Calheiros (PMDB-AL) e, assim que ele chegou, foi logo avisando: “Você está demitido do cargo de líder”. Ao que Renan retrucou: “Mas eu sou líder do PMDB”. Dilma, então, teria perguntado: “E quem é o líder do governo?” Informada por Renan de que era Romero Jucá (PMDB-RR), Dilma não pestanejou: “Então manda ele embora”.
quinta-feira, 15 de março de 2012
Vindo de Requião só pode dar merda
Em abril do ano passado, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) dava entrevista a um repórter de rádio quando foi perguntado se abriria mão de sua aposentadoria como ex-governador do Paraná. Irritado, ele não se fez de rogado. Dizendo estar com vontade de “dar um safanão num moleque”, o senador arrancou o gravador das mãos do jornalista e o levou embora. Para não deixar nenhuma dúvida sobre a sua postura, o parlamentar paranaense postou a sua própria versão no Twitter: “Acabo de ficar com o gravador de um provocador engraçadinho. Numa boa, vou deletá-lo”. E foi o que fez. Pois é. Roberto Requião é o autor do projeto que regulamenta o direito de resposta que foi aprovado, em caráter terminativo, se não houver recurso em plenário subscrito por pelo menos oito senadores na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
Só para se ter uma ideia, o texto aprovado prevê que não apenas o órgão de imprensa que publicar a matéria terá responsabilidade em relação ao direito de resposta. Os veículos que reproduzirem a reportagem – todos eles, é bom ressaltar – também estarão sujeitos a publicar a retratação. Já imaginou? Uma denúncia de um grande veículo que for reproduzida pelo jornal de Santa Maria do Fim do Mundo será motivo para punir também a pequena publicação. Se não é draconiano, mudou de nome.
O melhor são as justificativas dos nobres senadores. Relator da proposta na CCJ, Pedro Tasques (PDT-MT), que vem do Ministério Público, fechou questão: “Não se trata de censurar a imprensa. A imprensa é livre. Agora, a liberdade rima com responsabilidade”. Já o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), tentou tucanar: “O projeto é absolutamente necessário e valoriza a liberdade de imprensa ao assegurar o direito ao contraditório”. Como se diz, então tá!
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