O desalento dos brasileiros com a política agora foi medido. Nada menos
que um terço deles – quase 30% – ainda não sabe em quem votar ou
respondem que vão anular ou deixar em branco o voto. Esse é o dado mais
intrigante da pesquisa Datafolha, que mostrou mais uma queda da
presidente Dilma Rousseff. Em fevereiro, ela tinha 44% das intenções de
votos. Hoje, 34%. Perdeu 10 pontos percentuais nos últimos quatro meses.
E teve programa em cadeia nacional de rádio e televisão ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Desde
1989, não havia um índice tão alto de eleitores sem candidato. Mas a
comparação não é boa de fazer. Naquela eleição, estavam os principais
caciques políticos brasileiros na cédula. Do velho caudilho Leonel
Brizola (PDT) ao principal líder do emergente PSDB, Mário Covas. Paulo
Maluf (PDS), que perdeu no colégio eleitoral para Tancredo Neves (PMDB),
tentava melhor sorte na primeira eleição direta depois do Golpe de
1964.
Havia ainda lideranças emergentes, como Afif Domingos (PL), que conseguiu se sair melhor que políticos da tradição de um Ulysses Guimarães (PMDB) ou de Aureliano Chaves (PFL). Ah! E um novo nome surgia no cenário eleitoral. O seu nome? O nome é Enéas (PRONA).
A disputa, no entanto, ficou entre um ex-governador de um pequeno estado, o Alagoas, que conseguiu sensibilizar o eleitorado assumindo o papel de caçador de marajás. Saiu pela porta dos fundos. Seu adversário no segundo turno foi o líder sindical e fundador do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que anos depois chegaria a subir a rampa do Palácio do Planalto duas vezes.
Como se vê, um quadro muito diferente. Com tantos líderes políticos na cédula, a indecisão tem explicação. Na composição atual, não resta dúvida. Um terço do eleitorado está mesmo é desiludido com a política.
Havia ainda lideranças emergentes, como Afif Domingos (PL), que conseguiu se sair melhor que políticos da tradição de um Ulysses Guimarães (PMDB) ou de Aureliano Chaves (PFL). Ah! E um novo nome surgia no cenário eleitoral. O seu nome? O nome é Enéas (PRONA).
A disputa, no entanto, ficou entre um ex-governador de um pequeno estado, o Alagoas, que conseguiu sensibilizar o eleitorado assumindo o papel de caçador de marajás. Saiu pela porta dos fundos. Seu adversário no segundo turno foi o líder sindical e fundador do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que anos depois chegaria a subir a rampa do Palácio do Planalto duas vezes.
Como se vê, um quadro muito diferente. Com tantos líderes políticos na cédula, a indecisão tem explicação. Na composição atual, não resta dúvida. Um terço do eleitorado está mesmo é desiludido com a política.