Você sabia que, no mundo;
• Cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto;
• 1 bilhão de analfabetos;
• 1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas, 630 milhões são extremamente pobres, com renda per capta anual bem menor que 275 dólares;
• 1,5 bilhão de pessoas sem água potável;
• 1 bilhão de pessoas passando fome;
• 150 milhões de crianças subnutridas com menos de 5 anos (uma para cada três no mundo);
• 12,9 milhões de crianças morrem a cada ano antes dos seus 5 anos de vida;
E que no No Brasil, os 10% mais ricos detêm quase toda a renda nacional?
Yvone Bezerra de Mello, fundadora do Projeto Uerê (http://projetouere.org.br/) sabe bem o que é isso. Localizado na Favela da Maré, bem próximo ao extraordinário (e põe ordinário nisso!) Aeroporto Antônio Carlos Jobim/Rio, seu projeto atende 430 crianças que recebem atenção individual para enfrentar múltiplos problemas de aprendizado e bloqueios na cognição em função da violência. Os estudantes de até 18 anos, deixam o Projeto depois de se alimentarem de comida farta e balanceada.
Dá pra entender porque a fila da fome da “Tia Yvone” só cresce?
• Cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto;
• 1 bilhão de analfabetos;
• 1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas, 630 milhões são extremamente pobres, com renda per capta anual bem menor que 275 dólares;
• 1,5 bilhão de pessoas sem água potável;
• 1 bilhão de pessoas passando fome;
• 150 milhões de crianças subnutridas com menos de 5 anos (uma para cada três no mundo);
• 12,9 milhões de crianças morrem a cada ano antes dos seus 5 anos de vida;
E que no No Brasil, os 10% mais ricos detêm quase toda a renda nacional?
Yvone Bezerra de Mello |
Mas, a socióloga está enfrentando um sério problema – uma bola de neve! Os inúmeros pedidos já não se restringem somente a uma bolsa escolar. Agora, são crianças e mães atrás de um prato de comida: “só um prato dona Yvone, estou com muita fome”... foi a frase que mais escutei durante uma visita aos “Uerês”, na entrada da imensa sala de almoço, que aos poucos faz surgir uma longa fila de famintos.
Yvone bravamente, devagar e sempre, vai conseguindo equilibrar cultura e alimentação como poucos sabem fazer e no fim todos saem “comidos”!
Yvone, é mais uma brasileira que chama pra si uma responsabilidade que diz respeito somente ao Estado e não a ela, mas assim mesmo faz com recursos próprios e com muita vontade de acertar.
Estudos do Projeto Uerê mostram que as conseqüências imediatas da fome são a perda de peso nos adultos e o aparecimento de problemas no desenvolvimento das crianças. A desnutrição, principalmente devido a falta de alimentos energéticos e proteínas, aumentam nas populações afetadas e faz crescer a taxa de mortalidade, em parte, pela fome e, também, pela perda da capacidade de combater as infecções.
Alterar essa situação significa alterar a vida da sociedade, o que pode não ser desejável, pois iria contrariar os interesses e os privilégios em que se assentam os grupos dominantes. É mais cômodo e mais seguro responsabilizar o crescimento populacional, a preguiça do pobre ou ainda as adversidades do meio natural como causas da miséria e da fome no Terceiro Mundo.
O Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial, ocupando metade da área do continente sul-americano. Há cerca de 20 anos, aumentaram o fornecimento de energia elétrica e o número de estradas pavimentadas, além de um enorme crescimento industrial. Nada disso, entretanto, serviu para combater a pobreza, a má nutrição e as doenças endêmicas. Pelo contrário a coisa só aumenta...
Em 1987, no Brasil, quase 40% da população (50 milhões de pessoas) vivia em extrema pobreza. Nos dias de hoje, um terço da população é mal nutrido, 9% das crianças morrem antes de completar um ano de vida e 37% do total são trabalhadores rurais sem terras.
Dá pra entender porque a fila da fome da “Tia Yvone” só cresce?