Nossa sociedade paga duas vezes por cada crime cometido. No caso Lindemberg Alves, que voltou à mídia, avalio que esse custo chegue a milhões de reais por causa do uso de uma infraestrutura policial e judicial enorme. O valor de manutenção de um criminoso é muito maior do que o de um doente em hospital. Infelizmente, a nossa sociedade dá mais importância a um criminoso do que a desempregados, doentes e famintos. Estamos investindo mais em política e segurança (porém, muito mal!) do que em educação e saúde. Vamos criar instituições corretivas em que os criminosos possam restituir à sociedade o seu custo.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Golpe do Tweetter
Durou 12 dias o perfil falso do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), no Twitter. Ontem a página saiu do ar por determinação da Justiça. O governo paulista não comentou o caso. O site usava a mesma foto de Alckmin em sua página oficial no microblog e um nome que enganava o seguidor. No lugar do L do sobrenome do governador havia um I maiúsculo. Apesar das postagens absurdas, muita gente chegou a acreditar que se tratava de perfil oficial, entre eles a cantora Claudia Leitte. Alckmin não é o primeiro a ser vítima no Twitter. O governador Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, já teve perfil falso com milhares de seguidores.
Vê se acerta agora, Serra!
Alguns podem até ficar surpresos, mas é crônica de uma decisão anunciada. Depois de muito titubear – e ainda pode voltar atrás, não custa nada – o ex-governador de São Paulo José Serra emite sinais de que pode, sim, disputar a prefeitura paulistana. A frase vem do presidente municipal do PSDB, Júlio Semeghini: “Há chance concreta”. Em se tratando de Serra, isso significa que ele mandou recados sinalizando a possibilidade de concorrer à sucessão de Gilberto Kassab. E embolar a disputa. Kassab estava com um pé na candidatura do ex-ministro das Educação Fernando Haddad (PT). Se o tucano for candidato, ele estará com os dois pés em seu palanque. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) faz forfait, mas é pura provocação. Ou melhor, está despistando. Diz que se Serra quiser mesmo ser candidato, terá que disputar as prévias do partido. É para inglês, ou melhor, para paulistano ver.
Bom, e daí? Essa é a pergunta que o leitor mineiro deve estar se fazendo. O que tenho eu a ver com a eleição de São Paulo? O fato é que se Serra aceitar disputar a prefeitura ele estará capitulando e admitindo que sua vez na sucessão presidencial já passou. É só acompanhar as pistas. O primeiro a falar claramente foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Depois, o próprio Serra deu sinais contraditórios sobre o que faria, praticamente no mesmo dia, a dois interlocutores. Agora, ele já apresenta suas condições para disputar a prefeitura.
É enredo previsível. O paulista sabe que não há chance de disputar com Aécio Neves dentro do partido. O mineiro estará no meio do mandato de senador, é novidade – e é por isso que as pesquisas mostram que ele é pouco conhecido do eleitorado nacional – e não tem a fadiga de Serra para enfrentar um governo que estará completando 12 anos, ou seja, também estará fadigado.
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