Em tempos idos, até aproximadamente o fim dos anos de 1960, conseguíamos
adquirir produtos de expressiva qualidade. Mesmo não apresentando a
excelência daqueles comercializados nos países de Primeiro Mundo, eram
inegavelmente muito satisfatórios. Eu me lembro, por exemplo, do azeite
que eu consumia naquela época. Seu sabor inesquecível não se encontra
mais em nenhuma das marcas vendidas atualmente. Provavelmente, os
azeites importados produzidos criteriosamente estejam sendo alterados no
processo de engarrafamento, retirando-lhes todas as suas propriedades
qualitativas. Várias marcas são vendidas no mercado brasileiro, nenhuma
delas correspondendo ao que se conhece universalmente por azeite. As
pessoas pagam pelo produto, mas acabam levando uma embalagem contendo
uma substância estranha parecendo óleo de soja, de girassol, de milho,
ou óleo de freio, menos o azeite que pretendiam. Embora na minha idade
isso tenha pouca importância, eu sinto saudade do azeite de outrora. A
população não deve conhecer o verdadeiro azeite. Se conhecesse, todas as
marcas desse produto expostas nos supermercados permaneceriam lá para
sempre.
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