Com amigos assim, ninguém precisa de inimigos. A uma semana da disputa
em segundo turno pela Prefeitura de São Paulo contra o ex-ministro
Fernando Haddad (PT), que lidera as pesquisas com boa folga, José Serra
já é alvo de especulações dos próprios colegas. A articulação é que ele
poderia assumir a presidência nacional do PSDB. E é atribuída aos dois
maiores caciques do tucanato paulista: o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso e o governador Geraldo Alckmin. Já jogaram a toalha? Não dava
para esperar que os votos na urna eletrônica fossem contados?
Quem se aproveita é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E a cara não queima. Na capital paulista, defende Haddad como “o novo”. Tenta dar a ele a condição de candidato capaz de renovar a prefeitura, já que são altos os índices de rejeição do prefeito Gilberto Kassab (PSD), que apoia Serra. Não muito longe dali, no domingo, em palanque do candidato à reeleição em Diadema, Mário Reali, Lula fez exatamente o contrário. Alertou para o “novo” e defendeu a continuidade da gestão do PT, que já está há 12 anos no comando da cidade.
E ainda se esmerou, citando Fernando Collor de Mello, hoje senador pelo PTB e aliado ao Palácio do Planalto, para pedir que os eleitores não “troquem o certo pelo duvidoso” só porque o adversário na cidade seria uma novidade.
É esse o compromisso dos políticos quando sobem no palanque. Pelo voto e para vencer as eleições, vale deixar de lado e esquecer a coerência política, o debate de idéias, a apresentação de programas de governo e planos consistentes para melhorar a vida da população.
Pois é assim a eleição em São Paulo. De um lado, tucanos buscam alternativa para que Serra não fique no ostracismo. Do outro, os petistas ignoram os limites para ganhar ou continuar nas prefeituras. Coitado do eleitor.
Quem se aproveita é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E a cara não queima. Na capital paulista, defende Haddad como “o novo”. Tenta dar a ele a condição de candidato capaz de renovar a prefeitura, já que são altos os índices de rejeição do prefeito Gilberto Kassab (PSD), que apoia Serra. Não muito longe dali, no domingo, em palanque do candidato à reeleição em Diadema, Mário Reali, Lula fez exatamente o contrário. Alertou para o “novo” e defendeu a continuidade da gestão do PT, que já está há 12 anos no comando da cidade.
E ainda se esmerou, citando Fernando Collor de Mello, hoje senador pelo PTB e aliado ao Palácio do Planalto, para pedir que os eleitores não “troquem o certo pelo duvidoso” só porque o adversário na cidade seria uma novidade.
É esse o compromisso dos políticos quando sobem no palanque. Pelo voto e para vencer as eleições, vale deixar de lado e esquecer a coerência política, o debate de idéias, a apresentação de programas de governo e planos consistentes para melhorar a vida da população.
Pois é assim a eleição em São Paulo. De um lado, tucanos buscam alternativa para que Serra não fique no ostracismo. Do outro, os petistas ignoram os limites para ganhar ou continuar nas prefeituras. Coitado do eleitor.