A presidente Dilma Rousseff é do PT. O vice-presidente Michel Temer é
do PMDB. Os dois partidos são os principais envolvidos nas graves
denúncias que jorram sobre a Petrobras.
Se o grande orgulho da companhia era o pré-sal em águas profundas, a sua administração se transformou em um mar de lama.
Se o grande orgulho da companhia era o pré-sal em águas profundas, a sua administração se transformou em um mar de lama.
Os depoimentos do ex-diretor de Abastecimento e
Refino Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef são
devastadores. Até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aquele
que nada sabia, nada viu, é citado no depoimento de Youssef. Ele
aceitou a pressão para nomear Costa para a direção da maior empresa
brasileira.
Se Lula nada sabia, nada viu, a presidente Dilma Rousseff, então ministra de Minas e Energia, no mínimo pecou por omissão. Ou por absoluta incompetência, contrariando a fama de “gerentona” que angariou no governo e que, inclusive, a levou para a chefia da Casa Civil e fez Lula torná-la a sua candidata à Presidência da República em 2010. É que como ministra à época, Dilma era também a presidente do Conselho de Administração da Petrobras. E não foi capaz de perceber o escândalo dessas proporções que atingia a empresa que já foi orgulho nacional.
Em seu acordo de delação premiada, Paulo
Roberto Costa foi obrigado a devolver nada menos que R$ 70 milhões,
incluindo US$ 23 milhões (cerca de R$ 57 milhões em valores atuais) que
foram depositados em uma conta secreta na Suíça. Se apenas um dos
envolvidos recebeu tanto dinheiro, imagine o quanto mais escorreu pelos
ralos das diversas diretorias envolvidas.
O depoimento do doleiro
Alberto Youssef vai direto ao ponto. E é devastador para o PT e o PMDB.
Sabe com quem ele tratava das propinas? Com o tesoureiro petista João
Vaccari Neto. Logo com o tesoureiro do partido? Muito apropriado.
Definitivamente, o Brasil é o país da piada pronta. Piada de mau gosto.