Aposentados ficam sem aumento real em 2012. Ao sancionar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano que vem, a presidente Dilma Rousseff vetou, entre mais de 30 artigos, o que assegurava recursos para garantir ganhos acima da inflação às aposentadorias e pensões do INSS superiores a um salário mínimo. A decisão causou indignação entre dirigentes de entidades representativas dos inativos, que prometem manifestações contra a medida. Segundo a Associação Brasileira de Aposentados e Pensionistas, o veto restringirá o poder de compra de 9 milhões de brasileiros.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Haja emendas e empregos
Problemas não faltam. O cenário econômico externo se deteriora. No plano interno já se fala que crescimento na casa dos 3% seria uma vitória ao fim do ano. O governo se movimenta, sem êxito, para integrar a população carente ao mercado. Tenta manter os recém-chegados à classe média no seu lugar, amenizando os efeitos da crise externa pela via do mercado interno aquecido. Essa arquitetura é complicada. Incentivos geram gastos ou diminuição de receitas e as contas do governo há muito já são uma equação explosiva.
O Legislativo tem o seu mundo. A dissociação da realidade é assustadora. Ali Dilma Rousseff vive o seu inferno astral. Na semana passada, a base aliada, descontente com as emendas não liberadas e com as nomeações adiadas do segundo escalão, fez o Congresso parar. Mais do que isso, faz eco nas vozes oposicionistas que tentam pegar carona nas operações da Polícia Federal e instalar uma CPI para emparedar o governo. Trafegando na sua terceira crise ministerial antes de completar oito meses de presidência, Dilma sabe que tudo que não precisa é de uma CPI. A sua lua de mel com a imprensa já se encerrou e ela só dispõe da opinião pública. Esta, pelo momento, se mantém: apesar de oscilações para baixo, um contingente de aproximadamente 46% a 48% avalia positivamente o governo. Com essa musculatura, a presidente tenta atravessar o seu primeiro ano.
Mas o Congresso vive a sua lógica. Aos deputados e senadores, pouco importa a conjuntura internacional. Menos ainda se o governo deve ou não cortar gastos. Querem recursos para a sua base eleitoral, quando não para si. E querem cargos. Dilma reluta, mas sabe que uma hora terá de ceder. Na política brasileira, uma maioria se constitui com cargos e emendas. Durante certo tempo, enquanto as pesquisas medirem um alto apoio, é possível governar desconsiderando parcialmente esses pedidos. Mas, se a maré mudar, os congressistas serão os primeiros a abandonar o barco. Aliás, quando o barco está afundando os ratos pulam fora!
Dilma sabe que tudo é uma questão de geração de empregos. Para que a opinião pública mantenha o Executivo fora do alcance do Legislativo, a economia precisa avançar. Com a economia a favor pode dar certo, mas se a crise baixar... haja emenda e haja cargo.
O Legislativo tem o seu mundo. A dissociação da realidade é assustadora. Ali Dilma Rousseff vive o seu inferno astral. Na semana passada, a base aliada, descontente com as emendas não liberadas e com as nomeações adiadas do segundo escalão, fez o Congresso parar. Mais do que isso, faz eco nas vozes oposicionistas que tentam pegar carona nas operações da Polícia Federal e instalar uma CPI para emparedar o governo. Trafegando na sua terceira crise ministerial antes de completar oito meses de presidência, Dilma sabe que tudo que não precisa é de uma CPI. A sua lua de mel com a imprensa já se encerrou e ela só dispõe da opinião pública. Esta, pelo momento, se mantém: apesar de oscilações para baixo, um contingente de aproximadamente 46% a 48% avalia positivamente o governo. Com essa musculatura, a presidente tenta atravessar o seu primeiro ano.
Mas o Congresso vive a sua lógica. Aos deputados e senadores, pouco importa a conjuntura internacional. Menos ainda se o governo deve ou não cortar gastos. Querem recursos para a sua base eleitoral, quando não para si. E querem cargos. Dilma reluta, mas sabe que uma hora terá de ceder. Na política brasileira, uma maioria se constitui com cargos e emendas. Durante certo tempo, enquanto as pesquisas medirem um alto apoio, é possível governar desconsiderando parcialmente esses pedidos. Mas, se a maré mudar, os congressistas serão os primeiros a abandonar o barco. Aliás, quando o barco está afundando os ratos pulam fora!
Dilma sabe que tudo é uma questão de geração de empregos. Para que a opinião pública mantenha o Executivo fora do alcance do Legislativo, a economia precisa avançar. Com a economia a favor pode dar certo, mas se a crise baixar... haja emenda e haja cargo.
O Jatinho da sacanagem
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e um de seus cinco filhos, o deputado estadual Baleia Rossi (PMDB-SP), utilizam um jatinho pertencente à Ourofino Agronegócios para viagens particulares. A empresa de Ribeirão Preto (SP) – cidade onde moram o ministro e a família – tem recebido autorizações do governo no ramo de patentes e registrou crescimento de 81% devido à sua inserção na campanha de vacinação da pasta contra a febre aftosa, iniciada em novembro passado. Em outubro, Rossi liberou a Ourofino para comercializar a vacina, tornando a companhia pioneira no setor, um mercado que movimenta R$ 1 bilhão ao ano e, até então, era dominado por firmas estrangeiras.
O trânsito de Rossi e de seu filho no jato da empresa é conhecido no Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto. Funcionários relatam que o ministro e o deputado estadual sempre são vistos desembarcando do Embraer modelo Phenom, avaliado em US$ 7 milhões.
Um dos sócios do grupo Ourofino é Ricardo Saud, assessor especial do ministro. Amigo de Rossi, o mineiro de Uberaba é diretor da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura. O nome de Saud consta na certidão de fundação da Ethika Suplementos e Bem-Estar, subsidiária do Grupo Ourofino, como sócio responsável por “agir de forma a legalizar a sociedade junto aos órgãos municipais, estaduais, federais e autarquias” e para atuar “junto à Universidade de Uberaba, para representação dos interesses e do objeto social da Ethika”. Registro na Junta Comercial de Minas Gerais, datado de 10 de fevereiro de 2009, atribui a Saud 15% da subsidiária da Ourofino Agronegócios.
Em setembro de 2007, à época em que era secretário de Desenvolvimento Econômico em Uberaba, Saud autorizou doação de terreno de 226 mil metros quadrados para a Ourofino instalar unidade industrial. De acordo com despacho municipal assinado por Saud, a Ourofino também seria beneficiada com isenção de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) por 10 anos.
Amigo pessoal do ministro, Saud é conhecido em Minas Gerais por sua polivalência. Ele atua na área da educação, como diretor de marketing da Universidade de Uberaba (Uniube), é presidente do PP no município e cônsul honorário do Paraguai por Minas Gerais.
O trânsito de Rossi e de seu filho no jato da empresa é conhecido no Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto. Funcionários relatam que o ministro e o deputado estadual sempre são vistos desembarcando do Embraer modelo Phenom, avaliado em US$ 7 milhões.
Um dos sócios do grupo Ourofino é Ricardo Saud, assessor especial do ministro. Amigo de Rossi, o mineiro de Uberaba é diretor da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura. O nome de Saud consta na certidão de fundação da Ethika Suplementos e Bem-Estar, subsidiária do Grupo Ourofino, como sócio responsável por “agir de forma a legalizar a sociedade junto aos órgãos municipais, estaduais, federais e autarquias” e para atuar “junto à Universidade de Uberaba, para representação dos interesses e do objeto social da Ethika”. Registro na Junta Comercial de Minas Gerais, datado de 10 de fevereiro de 2009, atribui a Saud 15% da subsidiária da Ourofino Agronegócios.
Em setembro de 2007, à época em que era secretário de Desenvolvimento Econômico em Uberaba, Saud autorizou doação de terreno de 226 mil metros quadrados para a Ourofino instalar unidade industrial. De acordo com despacho municipal assinado por Saud, a Ourofino também seria beneficiada com isenção de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) por 10 anos.
Amigo pessoal do ministro, Saud é conhecido em Minas Gerais por sua polivalência. Ele atua na área da educação, como diretor de marketing da Universidade de Uberaba (Uniube), é presidente do PP no município e cônsul honorário do Paraguai por Minas Gerais.
Transportes no RJ
Confira parte da entrevista que fiz com o Secretário Municipal de Transportes do Rio de Janeiro, Alexandre Sansão Pontes
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