O juiz de Direito Aldo de
Albuquerque Mello, da 7ª vara Cível de Aracaju/SE, manteve decisão de não
permitir o lançamento do livro "Lampião Mata Sete", que defende a
tese de que Virgulino Ferreira da Silva, o famoso cangaceiro, era homossexual,
e que sua esposa Maria Bonita era infiel. Casal porreta! A ação foi ajuizada
por Expedita Ferreira Nunes, filha do casal. Liminar de novembro do ano passado
suspendeu o lançamento.
Ao justificar a publicação da
obra, o autor Pedro de Moraes alega nos autos que "o objetivo é demonstrar
que o cangaceiro Lampião não era justiceiro, não era general, não era
estrategista, nem tático, e sim, que era um covarde, um homem mal, violento,
quase sempre a serviço dos poderosos e nunca um defensor dos fracos e
oprimidos."
O magistrado considerou que
"para provar a sua tese de que Lampião era um homem covarde e violento,
não precisa o requerido imputar ao mesmo a conduta homossexual, uma suposta impotência
sexual ou ainda as supostas traições de sua companheira Maria Bonita, bastava o
requerido investigar e narrar os vários fatos públicos e notórios, que são
imputados a Lampião e Maria Bonita, fatos estes que dizem respeito à prática de
diversos crimes e a partir daí traçar um perfil de Lampião e de Maria
Bonita".
Processo : 201110701579