Julian Assange - O cara! |
Julian Assange se tornou sinônimo de segredos violados. O homem que expôs os telegramas do Departamento de Estado norte-americano e provocou um escândalo mundial também é foragido da Justiça. O ex-hacker australiano é acusado de estupro, assédio sexual e coerção ilegal. Será verdade, ou golpe pra denegrí-lo? Nem por isso se mantém isolado. O fundador do polêmico site WikiLeaks participou de um chat (bate-papo) pela internet, a convite do jornal britânico The Guardian. Assange respondeu a 15 perguntas dos internautas e destacou, ainda que em tom misterioso, a importância das fontes para as denúncias. "Nos últimos quatro anos, uma de nossas metas tem sido endeusar a fonte, que leva os riscos reais em quase todas as divulgações jornalísticas. Sem esses esforços, os jornalistas não seriam nada", comentou. "Se realmente for o caso, como o alegado pelo Pentágono, de que o jovem soldado Bradley Manning está por trás de nossas recentes revelações, então ele, sem dúvida, é um herói sem paralelos."
O fundador do WikiLeaks foi questionado por outro internauta sobre se não divulgaria a identidade de informantes. A resposta foi evasiva. De acordo com Assange, o site tem uma história de quatro anos de publicações. "Durante esse tempo, não houve qualquer alegação crível, mesmo por parte do Pentágono, de que uma única pessoa tenha sofrido danos como resultado de nossas atividades", garantiu, afirmando não esperar nenhuma mudança nesse sentido.
Assange reconhece o impacto global de seu site. Ele começou a ter essa percepção em 2007, quando os dados divulgados por sua equipe provocaram uma reviravolta nas eleições gerais do Quênia. "Eu sempre acreditei que o WikiLeaks, enquanto um conceito, realizaria um papel global. Imaginei que levaria dois anos, em vez de quatro, para sermos reconhecidos por outros", escreveu o ex-hacker, admitindo que o site cumpre com pequeno atraso o cronograma esperado. Ele também confirmou ter recebido ameaças de morte. "As ameaças contra nossas vidas são uma questão de registro público; entretanto, estamos tomando as precauções apropriadas, enquanto lidamos com uma superpotência."
Para preservar os 250 mil documentos secretos da diplomacia americana, Assange explicou que, desde 2007, o WikiLeaks tem deliberadamente colocado alguns de seus servidores em jurisdições nas quais haja suspeita de déficit de liberdade de expressão. O objetivo, segundo ele, é separar a retórica da realidade. "A Amazon foi um desses casos", contou, ao se referir ao site de comércio eletrônico. Ontem, o WikiLeaks voltou a funcionar em novo endereço, baseado na Suíça – wikileaks.ch – seis horas depois de o domínio original (wikileaks.org) ter sido tirado do ar pelo provedor norte-americano EveryDNS.net.
O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, disse ontem que os documentos revelados por Assange mostram o "cinismo" da política externa norte-americana. "Não somos paranóicos. Não atrelamos as relações Rússia-EUA a nenhum vazamento (de dados)", declarou o chefe de Estado. "Elas (as informações) mostram a extensão do cinismo dessas avaliações, desses julgamentos, que prevalecem sobre vários aspectos da política externa do governo – e, neste caso, estou falando do Estados Unidos."
Será que Assenge tá sabendo que rumo levou Erê?
Eu acho que a politica externa norte americana tem prejudicado muito dente faz muita tempo
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