Não podia ser mais apropriada a escolha da data para a divulgação da foto oficial da presidente Dilma Rousseff. De fato, ela ficou bem na foto. Tanto na oficial quanto em sua decisão de visitar pessoalmente os locais mais atingidos pela tragédia provocada pelas chuvas no Rio de Janeiro. Ao contrário de seu antecessor e padrinho político, o ex-presidente Lula, Dilma não teve medo de se expor no meio da lama na qual fez pós -graduação. Sobrevoo toda área, andou por alguns locais atingidos e ainda se arriscou em uma entrevista coletiva, mesmo não tendo uma carta na manga para fazer promessas. Se as eleições no Brasil fossem no dia 30 de janeiro, ela não seria presidente. Aliás, a foto oficial ficou bem boa mesmo, digna de entrar para a galeria com a primeira mulher na Presidência da República. Dentes lindos e brilhantes Dilma Vana tem...
Depois das chuvas, a tesoura afiada. Dilma fez a primeira reunião ministerial para avisar que é preciso cortar gastos, para não prejudicar os investimentos públicos. É uma equação difícil de fechar. Fazer economia no custeio do serviço público é tarefa das mais inglórias. O paquiderme não responde com facilidade. E o Brasil precisa manter a taxa de investimento público para não perder o ritmo do crescimento. Sem contar que o país ainda prescinde de infraestrutura capaz de permitir que a economia continue em alta, sem ficar presa em gargalos para o escoamento da produção, para as exportações, enfim, para pavimentar o caminho do desenvolvimento sustentável. Sái dessa, Dilma Vana!
Fazer mais com menos foi a frase usada pela ministra do Planejamento, viúva de Celso Daniel, Miriam Belchior, para sintetizar as intenções da presidente Dilma Rousseff. É tarefa como os 12 trabalhos de Hércules, uma missão quase impossível, se não houver uma radical mudança de mentalidade na administração pública. Pelo menos, é uma meta ousada. Se for alcançada, ainda que em parte, já terá sido um passo adiante.
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